O papel da aprendizagem baseada em problemas nas mudanças no ensino médico no Brasil
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/216936 |
Resumo: | A instituição do Sistema Único de Saúde no Brasil (SUS) acarretou mudanças no trabalho médico. Novas habilidades vêm sendo demandadas do médico atuante no SUS, gerando impacto sobre o ensino médico. Através da análise das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina é possível identificar algumas dessas repercussões, bem como abordagens propostas para a reestruturação do ensino. A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia ativa de ensino que vem sendo adotada em algumas Escolas Médicas do país. Constitui-se um trabalho de pequenos grupos, onde o aprendizado é centrado no aluno e não no professor, e os conhecimentos são adquiridos a partir de problemas clínicos. Essa abordagem exige uma estrutura física e organizacional complexa, treinamento adequado dos docentes e participação ativa dos discentes. Após busca não-sistemática por artigos relevantes sobre o tema, uma análise de alguns resultados obtidos a partir da experiência de países como os Estados Unidos e o Canadá sugere alguns pontos fortes do ensino através da ABP: comunicação social, trabalho em equipe multidisciplinar e aprender a aprender. Essas habilidades são consoantes com as características almejadas para o médico do SUS. Alguns aspectos são deficitários em relação ao método tradicional, como conhecimento de ciências biológicas básicas e fisiopatologia e desempenho na tomada de decisão terapêutica. Com isso, propõe-se uma reflexão sobre a pertinência da adoção da ABP como modelo didático no Brasil, sua relação com as propostas do SUS e das Diretrizes Curriculares e a factibilidade desse processo. |
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Moreira, Marina BeltramiManfroi, Waldomiro Carlos2020-12-29T04:11:22Z20110101-5575http://hdl.handle.net/10183/216936000829616A instituição do Sistema Único de Saúde no Brasil (SUS) acarretou mudanças no trabalho médico. Novas habilidades vêm sendo demandadas do médico atuante no SUS, gerando impacto sobre o ensino médico. Através da análise das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina é possível identificar algumas dessas repercussões, bem como abordagens propostas para a reestruturação do ensino. A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia ativa de ensino que vem sendo adotada em algumas Escolas Médicas do país. Constitui-se um trabalho de pequenos grupos, onde o aprendizado é centrado no aluno e não no professor, e os conhecimentos são adquiridos a partir de problemas clínicos. Essa abordagem exige uma estrutura física e organizacional complexa, treinamento adequado dos docentes e participação ativa dos discentes. Após busca não-sistemática por artigos relevantes sobre o tema, uma análise de alguns resultados obtidos a partir da experiência de países como os Estados Unidos e o Canadá sugere alguns pontos fortes do ensino através da ABP: comunicação social, trabalho em equipe multidisciplinar e aprender a aprender. Essas habilidades são consoantes com as características almejadas para o médico do SUS. Alguns aspectos são deficitários em relação ao método tradicional, como conhecimento de ciências biológicas básicas e fisiopatologia e desempenho na tomada de decisão terapêutica. Com isso, propõe-se uma reflexão sobre a pertinência da adoção da ABP como modelo didático no Brasil, sua relação com as propostas do SUS e das Diretrizes Curriculares e a factibilidade desse processo.The creation of the Unified Health System (UHS) in Brazil caused important modifications in medical practice, as new skills have been required from the physician working for the UHS, which had an impact on medical education. Analyzing the Brazilian Curriculum Guidelines for Undergraduate Programs in Medicine, it is possible to identify some of these changes, as well as some proposals for restructuring the educational process. Problem-based learning (PBL) is an active teaching method that has been implemented in many Brazilian medical schools. The work takes place in small groups of students, where learning is centered on the student and not on the professor and knowledge is built from a specially designed clinical problem. PBL approach requires a complex physical and organizational infrastructure, professors need to be well trained and active participation of students is mandatory. Systematic reviews identified through non-systematic search of the literature show the strengths of PBL, based on the analysis of results from experiences in countries like the United States and Canada: social interaction, multidisciplinary work and continuous active learning. These skills are in line with the desired characteristics for UHS physicians. Some aspects are deficient in comparison with the traditional teaching method: knowledge on basic biological sciences and physiopathology and performance in therapeutic decision making. Therefore, this study proposes a reflection on the adequacy of the implementation of PBL as a didactic model in Brazil, its relationship with proposals from the UHS and the Curriculum Guidelines, and the feasibility of this process.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 31, n. 4 (2011), p. 477-481Aprendizagem baseada em problemasEducação superiorProblem-based learningMedical educationUnified health systemO papel da aprendizagem baseada em problemas nas mudanças no ensino médico no BrasilThe role of problem-based learning in medical education changes in Brazil info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000829616.pdf.txt000829616.pdf.txtExtracted Texttext/plain26967http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/216936/2/000829616.pdf.txtc9d44f34294ed9dd035b3ec2b7be185bMD52ORIGINAL000829616.pdfTexto completoapplication/pdf204930http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/216936/1/000829616.pdfde29aea7495d61d343f6aa7a4353eb33MD5110183/2169362021-03-09 04:37:17.630655oai:www.lume.ufrgs.br:10183/216936Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-03-09T07:37:17Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A instituição do Sistema Único de Saúde no Brasil (SUS) acarretou mudanças no trabalho médico. Novas habilidades vêm sendo demandadas do médico atuante no SUS, gerando impacto sobre o ensino médico. Através da análise das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina é possível identificar algumas dessas repercussões, bem como abordagens propostas para a reestruturação do ensino. A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia ativa de ensino que vem sendo adotada em algumas Escolas Médicas do país. Constitui-se um trabalho de pequenos grupos, onde o aprendizado é centrado no aluno e não no professor, e os conhecimentos são adquiridos a partir de problemas clínicos. Essa abordagem exige uma estrutura física e organizacional complexa, treinamento adequado dos docentes e participação ativa dos discentes. Após busca não-sistemática por artigos relevantes sobre o tema, uma análise de alguns resultados obtidos a partir da experiência de países como os Estados Unidos e o Canadá sugere alguns pontos fortes do ensino através da ABP: comunicação social, trabalho em equipe multidisciplinar e aprender a aprender. Essas habilidades são consoantes com as características almejadas para o médico do SUS. Alguns aspectos são deficitários em relação ao método tradicional, como conhecimento de ciências biológicas básicas e fisiopatologia e desempenho na tomada de decisão terapêutica. Com isso, propõe-se uma reflexão sobre a pertinência da adoção da ABP como modelo didático no Brasil, sua relação com as propostas do SUS e das Diretrizes Curriculares e a factibilidade desse processo. |
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