Bioativação superficial do PEUAPM com hidroxiapatita

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Bruna Gruber
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/24736
Resumo: A motivação do desenvolvimento do trabalho foi a melhora da fixação ao tecido ósseo do componente craniano de uma prótese de articulação temporomandibular. Esta peça é produzida em polietileno de ultra alto peso molecular (PEUAPM) devido as suas características tribológicas. Na prótese em questão, o PEUAPM faz par tribológico com um liga de cromo-cobalto, apresentando baixo coeficiente de atrito. Este trabalho tem o objetivo de desenvolver uma técnica de bioativação superficial de um material biotolerável. Através da aspersão térmica hipersônica de hidroxiapatita buscou-se melhorar as características de biocompatibilidade do PEUAPM. O substrato de PEUAPM foi aspergido com partículas de hidroxiapatita e o depósito foi avaliado por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia por dispersão de energia de raios-x (EDS). Obteve-se uma superfície com partículas de hidroxiapatita incrustadas. Foram observados dois comportamentos de fixação das partículas ao substrato devido aos diferentes tamanhos de partículas presentes no pó. Partículas pequenas, menores de 10 um, foram fundidas na chama e se aderiam ao substrato formando partículas esféricas. As partículas maiores, de aproximadamente 70 um, só foram fundidas externamente e se incrustaram ao substrato por deformação devido à alta energia de impacto. Devido à grande força de impulsão estas partículas sofreram fratura ao impactarem no substrato. A avaliação da biocompatibilidade foi feita com ensaio de imersão em fluido corporal simulado (SBF) por 48 horas. Nas amostras sem aspersão de hidroxiapatita não houve precipitação de apatita, demonstrando sua não bioatividade. As amostras que sofreram aspersão de hidroxiapatita tiveram um melhor desempenho em relação a bioatividade pois ocorreu precipitação de apatita na superfície. A técnica desenvolvida demonstrou ser aplicável no alcance do objetivo. É uma abordagem diferente no que diz respeito das características do revestimento. Não se buscou uma camada continua de hidroxiapatita, mas sim uma incrustação de partículas que fossem firmemente aderidas ao substrato. Mesmo sem formar uma camada contínua as partículas de hidroxiapatita presentes no PEUAPM melhoram a biocompatibilidade do implante.
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