Distribuição de renda e o milagre econômico brasileiro (1968-1973)

• Autor(a) principal: Benitz, Leonardo de Noronha Dantas
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/193302
• topic: Distribuição da renda; Crescimento econômico

O período do “Milagre Econômico” ficou conhecido não somente pelas altas taxas de crescimento econômico, mas também pela acentuação da desigualdade. Nesse contexto, estabeleceram-se duas linhas diferentes que interpretavam, de maneiras distintas, a razão por trás da concentração de renda. De um lado, Albert Fishlow e Rodolfo Hoffmann ressaltavam que a concentração de renda se deu, em parte, devido ao PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) que, por meio da política econômica, seguida à época, fez com que o valor real do salário mínimo perdesse 20% do seu valor. De outro lado, Carlos Langoni, utilizando-se da teoria do capital humano, ressaltava que as expressivas taxas de crescimento econômico, durante o “Milagre” (1968-1973), traduziam-se em demanda por mão de obra qualificada, o que aumentava a renda dos profissionais qualificados e resultava em um aumento da concentração de renda. Esse trabalho pretende atualizar o debate, ocorrido à época, valendo-se da pesquisa, feita por Pedro Herculano de Souza, intitulada: “A desigualdade vista do topo: a concentração de renda entre os ricos no Brasil, 1926-2013”.