Registros históricos e reanálises nas anomalias de precipitação do Rio Grande do Sul de 1901 a 1960

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valente, Pedro Teixeira
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Aquino, Francisco Eliseu
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/223091
Resumo: Este trabalho recuperou registros históricos de precipitação e eventos extremos em jornais nos primeiros 60 anos do século XX e comparou com séries de reanálises a fim de investigar quais eventos extremos históricos coincidem em data e intensidade com os extremos das reanálises, no Rio Grande do Sul (RS). A série histórica gerada foi construída a partir de notícias de inundação, enchentes, estiagens e secas nas notícias pesquisadas. As reanálises utilizadas provem da Universidade de Delaware (DLW) e consistem em uma grade de 0,5º x 0,5º disponíveis para o período 1900 - 2008. As séries anômalas foram dividas em três zonas (Campanha, Litoral e Planalto) para melhor detalhamento do comportamento espacial e analisadas nas fases: El Niño, Neutro e La Niña. Observou-se que as zonas Campanha e Planalto são mais suscetíveis às fases do El Niño – Oscilação Sule a zona Litoral demonstrou menor influência aparente. A análise das séries de anomalias DLW e de todos os aglomerados de notícias encontradas, coincidem com anomalias iguais ou superiores (inferiores) a 50 (-50 mm) mensais. Com exceção de um único evento na década de 1950 que não coincidiu com os episódios extremos de precipitação. Abril de 1959 teve a maior anomalia do período (200 mm, no valor mínimo para as três zonas) e a menor ocorreu em outubro de 1924 (-85 mm, no valor mínimo entre as três zonas). Conclui-se que esta comparação e os registros históricos possibilitaram determinar a ocorrência dos eventos extremos de precipitação e também identificar o número de dias chuvosos de cada episódio. A fase neutra demonstrou anomalias positivas (negativas) nos mesmos níveis das anomalias de El Niño e La Niña a partir de 1930, indicando que outros fatores e modos de variabilidade também devem influenciar na precipitação do RS.
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