Epidemiologia do HIV/Aids em pessoas idosas de acordo com raça/cor no estado do Rio Grande do Sul – 2010 a 2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Maria Bernadete
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/184631
Resumo: A assistência à saúde do idoso tornou-se prioridade, tendo em vista o aumento progressivo da expectativa de vida observado nas últimas décadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que nas próximas décadas a população mundial com mais de 60 anos vai passar dos atuais 841 milhões para 2 bilhões até 2050, tornando as doenças crônicas e o bem estar da terceira idade novos desafios de saúde publica global. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença infecciosa e crônica, provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que compromete o sistema imunológico e deixa o organismo do indivíduo suscetível a diversos tipos de infecções. O aumento do número de idosos com HIV/AIDS no Brasil e em outros países é um problema de saúde pública. Mostra-se a importância e a necessidade do sistema de saúde ter um olhar ampliado, incluindo também a abordagem da saúde e sexualidade do idoso. No Brasil, a epidemia de HIV ainda afeta desproporcionalmente a população negra. Assim, a população negra e idosa torna-se ainda mais vulnerável porque sofre com as desigualdades geracionais e étnico-raciais. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) é uma resposta às desigualdades em saúde que acometem esta população e o reconhecimento de que suas condições de vida resultam das injustiças sociais, culturais e econômicas. O presente estudo tem como objetivo realizar um levantamento epidemiológico no período de 2010 a 2016 por meio de bases de dados secundários sobre o HIV/AIDS na população idosa, segundo raça/cor no do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com dados secundários provenientes do Censo Demográfico; estimativas populacionais (IBGE) e do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/SUS) e Sistema de informação de Mortalidade (SIM). A população de estudo foi constituída por pessoas com 60 anos ou mais, residente no Estado do Rio Grande do Sul (RS). As variáveis abordadas neste estudo foram as seguintes: sexo, idade e ano do diagnóstico. No período de 2010 a 2016 foram notificados no SINAN 16.096 casos de HIV/AIDS no Rio Grande do Sul, sendo que 642 casos (3,99%) foram em idosos. Quanto a sexo, observa-se que 56,36% são em homens e 43,74 % em mulheres. Levando em consideração a raça/cor, nota-se que o número de casos em idosos é maior na raça/cor branca (7,44%) comparando-se com os de raça/cor preta (5,30%) e parda (5,81%). No período de 2010-2016, 6,55% dos dados de raça/cor para HIV/AIDS no SINAN são ignorados. A taxa de mortalidade por AIDS em idosos no Estado do Rio Grande do Sul, entre os anos de 2010 e 2016, foi de 2,86 por 1000 óbitos. A faixa etária que apresentou a taxa de mortalidade mais elevada foi a de 60 a 69 anos (5,49/1000 óbitos). Sugere-se que ações e campanhas de conscientização sobre transmissão de DST direcionadas à população em estudo e capacitação aos profissionais de saúde referente à sexualidade dos idosos e quesito raça/cor sejam incorporadas tanto na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) com na Política Nacional de saúde da População Idosa (PNSPI), evitando as lacunas de comunicação e falta de informação que aumentam a vulnerabilidade desses idosos.
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