O historiador, o escritor, o indivíduo : tempo e história em A náusea (1938), de Jean-Paul Sartre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Portal, João Camilo Grazziotin
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/189519
Resumo: Este trabalho visa analisar o modo de representação da história no romance A náusea, publicado em 1938 por Jean-Paul Sartre. A partir de uma análise teórica, a narrativa histórica é contrastada com outros tipos de narrativas no que diz respeito à experiência passada. Dessa forma, o maior fio condutor do trabalho foi o conceito de temporalidade, empregado para perceber suas diferentes articulações ao longo do livro, que possui o formato de um diário íntimo. O livro conta a história do personagem Antoine Roquentin, um historiador francês que, não se reconhecendo na narrativa historiográfica, desiste de escrever seu livro de história. O trabalho, portanto, destina-se a um questionamento sobre os motivos da desistência historiográfica do personagem, analisando sua construção narrativa. Assim, no primeiro capítulo foi abordada uma relação entre a escrita do diário e a subjetividade do personagem. O segundo capítulo explora mais especificamente o conceito de temporalidade, fazendo uma oposição entre dois tempos: o tempo da náusea e o tempo da aventura. O tempo da náusea, assim, torna-se um problema, pois seus reflexos fazem com que a história não articule o tempo a partir de uma unidade. O terceiro capítulo insere o livro num contexto histórico de crise das ciências, fazendo uma reflexão sobre a estética do discurso histórico.
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