Comunidade que sustenta a agricultura (CSA) : representa uma tendência de transição do sistema agroalimentar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neta, Marina de Camargo Santos
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Schultz, Glauco, Souza, Marcelino de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235259
Resumo: A partir das discussões nos círculos acadêmicos, políticos e econômicos sobre o sistema produtivo existente nas últimas décadas, questiona-se a transição do sistema agroalimentar, pensando-se, nesse contexto, a comunidade que sustenta a agricultura (CSA), se esta poderia representar uma tendência dessa mudança. No sentido de ser um movimento internacional, que busca implementar uma rede comunitária alimentar periurbana, promovendo o fortalecimento da agricultura familiar por meio do financiamento prévio da produção, gerando uma estabilidade financeira ao agricultor. Por conseguinte, este artigo visa observar a CSA, de modo a descrever as características de produção, distribuição e desenvolvimento dessa comunidade no Distrito Federal. Nos resultados, pode-se observar que a transição do regime agroalimentar ocorre de forma regular, com surgimento de alguns movimentos que buscam minimizar os impactos ambientais, até mesmo com a grande indústria tendo que se adaptar aos protocolos internacionais, com condicionalidades. Ao mesmo tempo, com a população mais urbanizada, necessita-se de um mercado próximo para abastecer essa demanda, com consumidores mais ativos e preocupados com questões além da sua dieta. Logo, as CSAs acabam por atingir pequenos nichos que não têm o peso econômico ou o poder de produzir a transformação necessária do sistema agroalimentar, mas têm a possibilidade de se apresentar como um gérmen de uma mudança, ao propor um novo modelo de articulação entre produtores e consumidores, bem como disseminar e aumentar a influência sobre outros agentes para adotar tal modelo.
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