Uma abordagem imunogenética da Doença Inflamatória Intestinal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rinke, Raquel
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/275319
Resumo: A Doença Inflamatória Intestinal (IBD) caracteriza-se por causar alterações na mucosa do trato gastrointestinal. É uma doença multifatorial onde fatores genéticos parecem interferir na predisposição ao desenvolvimento de diferentes sintomas associados. Alguns genes relacionados ao sistema imune já foram indicados como alvos potenciais de terapia nesta doença por possivelmente influenciarem no desenvolvimento da IBD. O gene CCR5 é o principal alvo de nosso projeto, por estar relacionado com resposta imune e interferir na migração de células pró-inflamatórias, direcionando-as para os locais de lesão. Outro sistema que também está sendo estudado é o da molécula de HLA-G que apesar de apresentar distribuição tecido especifica e polimorfismo limitado comparado às moléculas de HLA clássicas de classe I, pode ser expressa diferencialmente durante processos de inflamações crônicas, vindo a favorecer respostas do tipo Th2. Até o momento foram recrutados no Hospital São Lucas da PUCRS 84 indivíduos portadores de IBD. Foi extraído DNA genômico desses indivíduos e esse material foi submetido à genotipagem do gene CCR5 - visando a identificação da variante CCR5delta32 - e do gene HLA-G - analisando-se a região 3' UTR referente a um polimorfismo inserção/deleção de 14pb no éxon 8. A frequência alélica (73 indivíduos) da variante CCR5delta32 no grupo com IBD foi comparada com a frequência do alelo em 102 indivíduos Euro-descendentes saudáveis, provenientes da população gaúcha. A frequência alélica (82 indivíduos) da variante HLA-G +14pb foi comparada com uma amostra de 137 indivíduos provenientes de um banco de sangue da cidade de Porto Alegre, através do teste de qui-quadrado. Apesar de existir uma pequena diferença entre a frequência da variante CCR5delta32 dos indivíduos com IBD (0,054) e do grupo controle (0,044), esta não foi estatisticamente significativa. Ao analisar as frequências genotípicas das variantes polimórficas do HLA-G, observou-se diferença significativa nos homozigotos para inserção, encontrados em menor frequência nas amostras de pacientes com IBD (p=0,033). Nossos resultados, até o presente momento, não indicam associação direta entre a variante CCRb5delta32 do receptor de quimiocinas CCR5 com o desenvolvimento de IBD na população gaúcha. O genótipo +14pb/+14pb de HLA-G parece estar contribuindo no processo de inflamação existente na IBD. É essencial tanto o aumento do número amostral quanto também a classificação dos pacientes de acordo com a forma clínica de IBD apresentada.
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