Qualidade vocal em pacientes tratados com para carcinoma epidermoide glótico em estádios iniciais

• Autor(a) principal: Rodrigues, Eduardo Esteves de Alcântara Marques
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255115
• topic: Voz; Glote; Prega vocal; Procedimentos cirúrgicos operatórios; Carcinoma de células escamosas

Pacientes com carcinoma epidermóide de pregas vocais, em estádios iniciais I e II, podem ser tratados com cordectomia ou radioterapia, sendo que ambas as modalidades são semelhantes em termos de controle oncológico. O avanço da cordectomia a laser trouxe vantagens, tais como redução do tempo e custo de tratamento [15] e resguardo da radioterapia em casos de recidiva locorregional. Todavia, a qualidade vocal em paciente submetidos à cordectomia tende a piorar no pós-operatório imediato e melhorar com a cicatrização e adaptação fonatória do paciente [6][13][14]. Neste trabalho realizamos uma análise da qualidade vocal em todos pacientes tratados com cordectomia endoscópica a laser no Hospital de Clínicas de Porto Alegre de 2014 a 2021 nos estádios I e II. A análise foi realizada através de videolaringoscopia indireta e aplicação do questionário “Índice de Desvantagem Vocal - 10” (IDV-10), o qual avalia subjetivamente o impacto da qualidade vocal dentro das condições psicossociais de cada paciente. Nossa série de casos reuniu 10 pacientes no total, sendo 8 estadiados na classificação TNM como T1aN0M0 e 2 como T1bN0M0. As cordectomias realizadas variaram de acordo com a necessidade de margem oncológica estabelecida pelo cirurgião entre Cordectomia tipo 1 até cordectomias estendidas tipo VI. Observamos que em alguns casos a qualidade vocal é pior em pacientes com estadiamentos mais avançados e submetidos a cordectomias mais agressivas. Porém, o fator subjetivo altera com frequência a expectativa dessa relação. Ademais, mesmo em estadiamentos mais precoces, a inflamação reacional ao trauma cirúrgico pode piorar expressivamente a qualidade vocal e este fator parece ser individualizado e sem previsibilidade até o momento.