Biologia reprodutiva de Crinum americanum L. – Amaryllidaceae

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Becker, Rafael
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/180435
Resumo: A família Amaryllidaceae é uma das mais importantes em número de espécies dentro da ordem Asparagales, e inclui espécies com disposição das folhas alternas dísticas ou espiraladas com nervuras paralelinérvas, que despontam do nível do solo, a partir da base do caule ou surgindo diretamente do bulbo. As inflorescências são cimosas, sustentadas por um longo escapo, e geralmente são bastante vistosas, concedendo à família um alto potencial ornamental. As flores são bissexuadas, cálice e corola geralmente unidos. O Crinum americanum L., é uma espécie encontrada em áreas alagadas, banhados e margens de corpos d’água. Sua distribuição acontece desde o sul dos Estados Unidos até o sul da América do Sul, mais comumente nas regiões costeiras. No Brasil, a espécie ocorre em todos os domínios fitogeográficos do país. O estudo da biologia reprodutiva pode esclarecer a evolução de caracteres embriológicos relacionados ao rudimento seminal e o modo de dispersão da semente pela água. O presente trabalho tem como objetivo descrever a biologia reprodutiva de C. americanum L. levantando dados sobre as seguintes características: identificação do sistema reprodutivo, as etapas da fecundação e o desenvolvimento do fruto e das sementes. A biologia floral em C. americanum é compatível com a síndrome de polinização por esfingídeos. Apesar dos insetos polinizadores não terem sido encontrados durante o estudo, os resultados dos experimentos de polinização indicam que a espécie é autocompatível e que o vetor está presente na população. Apresenta saco embrionário tipo Polygonum, embrião cilíndrico e uma grande massa de endosperma. A semente é nua e possui as camadas externas impermeáveis, altamente adaptada para dispersão hidrocória. Estas características justificam o fato da espécie ser muito frequente em áreas com oscilações sazonais de alagamento.
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