Preditores de resposta à terapia cognitivo-comportamental para transtorno de pânico : uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salvi, Flávia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/112091
Resumo: O transtorno de pânico (TP) caracteriza-se pela presença de ataques de ansiedade repentinos, acompanhados de sintomas físicos e afetivos. É uma condição crônica e recorrente que prejudica a qualidade de vida e o funcionamento psicossocial dos portadores. Atualmente, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um método de tratamento com eficácia comprovada, principalmente para a melhora dos sintomas de ansiedade antecipatória e a agorafobia. No entanto, muitos pacientes não respondem adequadamente a TCC. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre os preditores de resposta à TCC para TP. Foram consultadas as bases Pubmed, ISI Web of Science, Bireme, Scopus e SciELO, considerando os seguintes critérios de inclusão: período de 2004 a 2014; idiomas inglês, espanhol ou português; com delineamento de ensaio clínico e que abordassem os preditores de resposta à TCC para TP em pacientes maiores de 18 anos. Foram encontrados na primeira busca 126 resumos e, considerando o objetivo do estudo e os critérios de inclusão, foram selecionados 18 artigos para leitura na íntegra. Um total de sete artigos preencheu plenamente os critérios de inclusão para o aceite final, sendo quatro desses com delineamento de ensaio clínico randomizado. Os estudos encontraram que maior tempo de duração da doença, maior gravidade dos sintomas de TP e agorafobia relacionados com maiores níveis de prejuízo social e a presença de comorbidades (transtorno de personalidade de esquiva, transtorno de ansiedade de separação e outros transtornos que exacerbam os sintomas de TP) foram identificados como preditores de pior resposta a TCC. Em nenhum dos estudos incluídos o sexo e idade da amostra foram preditores de resposta. Um estudo identificou como preditor de melhor resposta à TCC os pacientes que classificaram a religião como fator muito importante. Os estudos incluídos apresentaram limitações, principalmente em relação à ausência de grupo controle em três estudos e o pequeno tamanho da amostra. Os resultados confirmaram a eficácia da TCC e apontam que ainda é controverso o impacto da presença de comorbidade com transtorno de humor e de personalidade na resposta a TCC para TP.
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