Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barcellos, Christiano da Silveira de
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Wender, Orlando Carlos Belmonte, Azambuja, Paulo C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/61548
Resumo: Objetivos: Realizou-se um ensaio clínico randomizado a fim de determinar se a utilização de glicose insulina e potássio (GIK) melhora o índice cardíaco (IC), reduz o uso de inotrópicos e a morbidade de diabéticos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Métodos: Diabéticos referenciados à CRM foram randomizados para receber GIK ou insulina subcutânea, desde a indução anestésica até a 12ª hora de pós-operatório (PO). O desfecho primário foi o IC e, os secundários, os demais parâmetros hemodinâmicos, uso de inotrópicos e vasodilatadores, controle glicêmico e morbidade PO. Resultados: Vinte e quatro pacientes foram randomizados. Não houve diferença significativa no IC (média de IC na 24ª hora no grupo GIK 3,49±0,94 e de controle 3,38±0,75; p=0,74). O grupo de intervenção apresentou glicemias significativamente menores (glicemia 12ª h GIK 195,6±68,25 /Controle 269,6±78,48; p=0,02), com menor ocorrência de hiperglicemias no GIK, dois (16%) contra oito (64%) no grupo de controle (RR 0,25; IC95% 0,07-0,94; p=0,03). Houve menor número de complicações por infecção PO no grupo GIK, três (25%), contra 10 (80%) no grupo de controle (RR 0,30; IC95% 0,11-0,83; p=0,01). Conclusão: Estudos têm demonstrado que a GIK melhora o desempenho hemodinâmico de pacientes diabéticos e não diabéticos submetidos à CRM, o que não foi confirmado neste trabalho. A utilização de GIK não determinou melhora do IC, nem reduziu a necessidade de inotrópicos, mas promoveu melhor controle glicêmico. O desfecho secundário composto por complicações por infecção foi mais freqüente no grupo de controle.
id UFRGS-2_856ce532091f94c8f659f0bcc63f397a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/61548
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Barcellos, Christiano da Silveira deWender, Orlando Carlos BelmonteAzambuja, Paulo C.2012-11-29T01:39:52Z20071678-9741http://hdl.handle.net/10183/61548000716169Objetivos: Realizou-se um ensaio clínico randomizado a fim de determinar se a utilização de glicose insulina e potássio (GIK) melhora o índice cardíaco (IC), reduz o uso de inotrópicos e a morbidade de diabéticos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Métodos: Diabéticos referenciados à CRM foram randomizados para receber GIK ou insulina subcutânea, desde a indução anestésica até a 12ª hora de pós-operatório (PO). O desfecho primário foi o IC e, os secundários, os demais parâmetros hemodinâmicos, uso de inotrópicos e vasodilatadores, controle glicêmico e morbidade PO. Resultados: Vinte e quatro pacientes foram randomizados. Não houve diferença significativa no IC (média de IC na 24ª hora no grupo GIK 3,49±0,94 e de controle 3,38±0,75; p=0,74). O grupo de intervenção apresentou glicemias significativamente menores (glicemia 12ª h GIK 195,6±68,25 /Controle 269,6±78,48; p=0,02), com menor ocorrência de hiperglicemias no GIK, dois (16%) contra oito (64%) no grupo de controle (RR 0,25; IC95% 0,07-0,94; p=0,03). Houve menor número de complicações por infecção PO no grupo GIK, três (25%), contra 10 (80%) no grupo de controle (RR 0,30; IC95% 0,11-0,83; p=0,01). Conclusão: Estudos têm demonstrado que a GIK melhora o desempenho hemodinâmico de pacientes diabéticos e não diabéticos submetidos à CRM, o que não foi confirmado neste trabalho. A utilização de GIK não determinou melhora do IC, nem reduziu a necessidade de inotrópicos, mas promoveu melhor controle glicêmico. O desfecho secundário composto por complicações por infecção foi mais freqüente no grupo de controle.Objective: This study was undertaken to determine whether GIK infusion improves hemodynamic performance by reducing the use of inotropic agents, as well as the morbidity of diabetic patients submitted to CABG. Methods: Patients with type 2 DM referred for CABG were randomized to receive GIK or subcutaneous insulin from anesthetic induction up to 12 hours postoperatively. The primary clinical outcome was the cardiac index (CI) and the secondary clinical outcomes were the remaining hemodynamic parameters; the use of inotropics and vasodilators, the glycemic control (maintenance of plasma glucose levels), and the postoperative morbidity. Hemodynamic and laboratory measurements were performed in the first 24 hours postoperatively, and the patients were followed up for 30 days to detect any surgery-related complications. Results: Twenty-four patients were randomly included in the study. IC did not show significant difference (mean cardiac index at 24 hours in both GIK group 3.49±0.94 and Control group 3.38±0.75; p=0.74). The GIK group revealed lower blood glucose levels in the infusion period (glucose at 12 hours GIK group 195.6±68.25 versus Control group 269.6±78.48; p=0.02), with a lower incidence of hyperglycemia in the GIK group, two (16%) against eight (64%) in the control group (RR 0.25; 95%CI 0.07-0.94; p=0.03). Postoperative infectious complications were less frequent in the GIK group than in Control group, three (25%) against 10 (80%), respectively (RR 0.30; 95%CI 0.11 - 0.83; p=0.01). Conclusions: Studies have proven that GIK improves hemodynamic performance of both patients with or without DM submitted to CABG, what was not confirmed in this study. The use of GIK neither improved the CI improvement nor reduced the use of inotropic drugs, but it provided better glucose control. Secondary clinical outcome, including postoperative infections, was more frequent in the control group.application/pdfporRevista brasileira de cirurgia cardiovascular. São José do Rio Preto, SP. Vol. 22, n. 3 (2007), p. 275-284GlucoseInsulinaPotássioRevascularização miocárdicaDiabetes mellitusGlucoseInsulinPotassiumMyocardial revascularizationGlicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizadoClinical and hemodynamic outcome following coronary artery bypass surgery in diabetic patients using glucose-insulin-potassium (GIK) solution : a randomized clinical trialinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000716169.pdf.txt000716169.pdf.txtExtracted Texttext/plain45270http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/3/000716169.pdf.txtaff190ce9aa7bc6cff01032b066e5b6bMD53000716169-02.pdf.txt000716169-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain46081http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/4/000716169-02.pdf.txt7a86e40eddb1d0b0f377f04490c23aa1MD54ORIGINAL000716169.pdfTexto completoapplication/pdf58997http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/1/000716169.pdfd227fe1c4f1881f6b70cd59157b0f434MD51000716169-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf457965http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/2/000716169-02.pdfbf08814e4598ef1819dc3349f9638edfMD5210183/615482023-06-01 03:28:57.500796oai:www.lume.ufrgs.br:10183/61548Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2023-06-01T06:28:57Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Clinical and hemodynamic outcome following coronary artery bypass surgery in diabetic patients using glucose-insulin-potassium (GIK) solution : a randomized clinical trial
title Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
spellingShingle Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
Barcellos, Christiano da Silveira de
Glucose
Insulina
Potássio
Revascularização miocárdica
Diabetes mellitus
Glucose
Insulin
Potassium
Myocardial revascularization
title_short Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
title_full Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
title_fullStr Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
title_full_unstemmed Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
title_sort Glicose insulina e potássio (GIK) na revascularização do miocárdio de pacientes diabéticos : ensaio clínico randomizado
author Barcellos, Christiano da Silveira de
author_facet Barcellos, Christiano da Silveira de
Wender, Orlando Carlos Belmonte
Azambuja, Paulo C.
author_role author
author2 Wender, Orlando Carlos Belmonte
Azambuja, Paulo C.
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barcellos, Christiano da Silveira de
Wender, Orlando Carlos Belmonte
Azambuja, Paulo C.
dc.subject.por.fl_str_mv Glucose
Insulina
Potássio
Revascularização miocárdica
Diabetes mellitus
topic Glucose
Insulina
Potássio
Revascularização miocárdica
Diabetes mellitus
Glucose
Insulin
Potassium
Myocardial revascularization
dc.subject.eng.fl_str_mv Glucose
Insulin
Potassium
Myocardial revascularization
description Objetivos: Realizou-se um ensaio clínico randomizado a fim de determinar se a utilização de glicose insulina e potássio (GIK) melhora o índice cardíaco (IC), reduz o uso de inotrópicos e a morbidade de diabéticos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Métodos: Diabéticos referenciados à CRM foram randomizados para receber GIK ou insulina subcutânea, desde a indução anestésica até a 12ª hora de pós-operatório (PO). O desfecho primário foi o IC e, os secundários, os demais parâmetros hemodinâmicos, uso de inotrópicos e vasodilatadores, controle glicêmico e morbidade PO. Resultados: Vinte e quatro pacientes foram randomizados. Não houve diferença significativa no IC (média de IC na 24ª hora no grupo GIK 3,49±0,94 e de controle 3,38±0,75; p=0,74). O grupo de intervenção apresentou glicemias significativamente menores (glicemia 12ª h GIK 195,6±68,25 /Controle 269,6±78,48; p=0,02), com menor ocorrência de hiperglicemias no GIK, dois (16%) contra oito (64%) no grupo de controle (RR 0,25; IC95% 0,07-0,94; p=0,03). Houve menor número de complicações por infecção PO no grupo GIK, três (25%), contra 10 (80%) no grupo de controle (RR 0,30; IC95% 0,11-0,83; p=0,01). Conclusão: Estudos têm demonstrado que a GIK melhora o desempenho hemodinâmico de pacientes diabéticos e não diabéticos submetidos à CRM, o que não foi confirmado neste trabalho. A utilização de GIK não determinou melhora do IC, nem reduziu a necessidade de inotrópicos, mas promoveu melhor controle glicêmico. O desfecho secundário composto por complicações por infecção foi mais freqüente no grupo de controle.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-11-29T01:39:52Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/61548
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1678-9741
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000716169
identifier_str_mv 1678-9741
000716169
url http://hdl.handle.net/10183/61548
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de cirurgia cardiovascular. São José do Rio Preto, SP. Vol. 22, n. 3 (2007), p. 275-284
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/3/000716169.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/4/000716169-02.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/1/000716169.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61548/2/000716169-02.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv aff190ce9aa7bc6cff01032b066e5b6b
7a86e40eddb1d0b0f377f04490c23aa1
d227fe1c4f1881f6b70cd59157b0f434
bf08814e4598ef1819dc3349f9638edf
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br
_version_ 1817724867392307200