Atividade sexual pós-infarto do miocárdio : tabu ou desinformação?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lunelli, Rosana Pinheiro
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Silva, Eneida Rejane Rabelo da, Stein, Ricardo, Goldmeier, Sílvia, Moraes, Maria Antonieta P.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/20319
Resumo: Fundamento: O retorno à atividade sexual após síndrome coronária aguda (SCA), apesar da importância clínica e social, é assunto pouco abordado pela equipe de saúde, e que tem recebido pouca ênfase durante a internação. A disfunção erétil tem sido uma queixa freqüente entre pacientes cardiopatas, aliada a dúvidas sobre a segurança no retorno à atividade sexual após evento cardiovascular. Objetivo: Descrever o conhecimento dos pacientes quanto ao infarto agudo do miocárdio (IAM) e às orientações recebidas para o retorno à atividade sexual. Métodos: Estudo transversal realizado entre junho e julho de 2005. Foram incluídos pacientes que se encontravam no sexto dia pós-IAM. Foi aplicado um instrumento relacionado ao conhecimento sobre o IAM, à freqüência e às expectativas de retorno à atividade sexual no período pós-alta hospitalar. Resultados: Foram incluídos 96 pacientes, dos quais 70% eram do sexo masculino, com média de idade de 59 ± 12 anos, e 80% eram vítimas de primeiro infarto agudo do miocárdio. Desses pacientes, 96% desconheciam as manifestações clínicas e as possíveis limitações provocadas pelo IAM, 63% relataram ter vida sexual ativa antes do evento, 60% tinham dúvidas quanto ao retorno à atividade sexual após a alta, e apenas 4% dos pacientes receberam orientações pelos profissionais de saúde durante o período de internação. Conclusão: Nossos achados indicam que as orientações dispensadas pela equipe aos pacientes durante a internação são subótimas, no que tange tanto ao IAM quanto ao retorno à atividade sexual. A atualização da equipe de saúde, principalmente dos enfermeiros que despendem mais tempo com os pacientes, são estratégias que podem melhorar esses resultados. (Arq Bras Cardiol 2008;90(3):172-176)
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Foi aplicado um instrumento relacionado ao conhecimento sobre o IAM, à freqüência e às expectativas de retorno à atividade sexual no período pós-alta hospitalar. Resultados: Foram incluídos 96 pacientes, dos quais 70% eram do sexo masculino, com média de idade de 59 ± 12 anos, e 80% eram vítimas de primeiro infarto agudo do miocárdio. Desses pacientes, 96% desconheciam as manifestações clínicas e as possíveis limitações provocadas pelo IAM, 63% relataram ter vida sexual ativa antes do evento, 60% tinham dúvidas quanto ao retorno à atividade sexual após a alta, e apenas 4% dos pacientes receberam orientações pelos profissionais de saúde durante o período de internação. Conclusão: Nossos achados indicam que as orientações dispensadas pela equipe aos pacientes durante a internação são subótimas, no que tange tanto ao IAM quanto ao retorno à atividade sexual. A atualização da equipe de saúde, principalmente dos enfermeiros que despendem mais tempo com os pacientes, são estratégias que podem melhorar esses resultados. (Arq Bras Cardiol 2008;90(3):172-176)Background: Despite its clinical and social relevance, resumption of sexual activity after an acute coronary syndrome (ACS) is a subject that is poorly addressed by healthcare providers and one that is given scant emphasis during hospitalization. Erectile dysfunction is a common complaint among cardiac patients, and these patients are in doubt regarding the safety of resuming sexual activity after a cardiovascular event. Objective: To describe how well informed patients are in regard to acute an myocardial infarction (AMI) and what sort of guidance they receive regarding resumption of sexual activity. Methods: A cross-sectional study was performed from June to July 2005 with patients on the sixth day of AMI. A questionnaire was applied to assess not only patients’ knowledge of AMI, but also their expectations regarding their resumption of sexual activity – and frequency of same – following hospital discharge. Results: Ninety-six patients were included in the study (mean age 59 ± 12); 70% of them were male and 80% had experienced their first AMI. Of these, 96% lacked any knowledge of AMI clinical manifestations and possible limitations, 63% reported an active sex life before the event, 60% were in doubt regarding their sex life following hospital discharge, and only 4% received sexual guidance from healthcare providers during their hospital stay. Conclusion: According to our findings, the recommendations patients receive during hospitalization are suboptimal in regard to both AMI and resumption of sexual activity. The updating of healthcare providers may change this situation. This is especially true for the nursing staff, since they spend more time with patients. (Arq Bras Cardiol 2008;90(3):156-159)application/pdfapplication/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 90, n. 3 (set. 2008), p. 172-176.Infarto do miocárdioComportamento sexualMyocardial infarctionSexual behaviorNursesAtividade sexual pós-infarto do miocárdio : tabu ou desinformação?Sexual activity after myocardial infaction : taboo ou lack of knowledge? info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000591254.pdf000591254.pdfTexto completoapplication/pdf298901http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20319/1/000591254.pdfa952b0ab13019635df967d1837d39a1cMD51000591254-02.pdf000591254-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf330238http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20319/2/000591254-02.pdf82a01c5c53a30ef97e48a3d0764f12cbMD52TEXT000591254-02.pdf.txt000591254-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain20568http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20319/3/000591254-02.pdf.txt95b96b7da82265ae0ef36e86b0f267d7MD53000591254.pdf.txt000591254.pdf.txtExtracted Texttext/plain25000http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20319/4/000591254.pdf.txt20574bd65599aecd588b63646de8f34bMD54THUMBNAIL000591254.pdf.jpg000591254.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1825http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20319/5/000591254.pdf.jpg1d8034a35c30740b04976923f8739fb8MD55000591254-02.pdf.jpg000591254-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2084http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/20319/6/000591254-02.pdf.jpgadc13217efb9186343f18ce30071752aMD5610183/203192023-10-22 03:38:58.914909oai:www.lume.ufrgs.br:10183/20319Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-22T06:38:58Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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