Dores e prazeres : a experiência de mulheres com o vaginismo como uma condição de longa duração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ana Paula Oliveira da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206614
Resumo: Este trabalho analisa, sob a ótica da Antropologia do Corpo e da Saúde, o vaginismo, uma condição sexual feminina que gera dor e impossibilidade de penetração vaginal e que impacta não só na satisfação sexual feminina, como também pode interferir em outras esferas da vida de mulheres. A partir de vinte e quatro relatos expostos em blogs e em quatro entrevistas com mulheres que foram diagnosticadas, ou se auto-diagnosticaram com vaginismo, foram analisados diferentes aspectos que a condição suscita, entre eles: o “sentir-se mulher”, as dificuldades da busca por cura, as relações com profissionais da saúde e o impacto da internet na experiência do vaginismo. Observou-se, a partir das falas das mulheres que, além da dor relacionada a condição em si, existe também um sofrimento pelo fato desta ser uma condição prolongada que, é deslegitimada por profissionais da Medicina. Nesse contexto, os blogs e grupos do Facebook tornam-se uma fonte fundamental na busca por informações e, principalmente, pelo reconhecimento do sofrimento. A falas femininas indicam que serem mulheres cisgênero nem sempre é suficiente para o se reconhecerem enquanto mulheres, e que o sentimento do feminino passa pela capacidade de serem penetradas e não sentirem dor na relação sexual.
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