Caracterização do conhecimento de pecuaristas gaúchos da serra do sudeste do Rio Grande do Sul sobre o carrapato Rhipicephalus microplus

• Autor(a) principal: Krause, Karine Moreira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271977
• topic: Percepção; Produtores rurais; Carrapato bovino; Carrapaticidas; Bovinocultura de corte; Agricultural census; Beef cattle; Cattle ranching; Stewardship; Tick control products; Rhipicephalus microplus

O manejo sanitário reflete diretamente na produção do gado de corte, sendo esse um fator importante e merecedor de total atenção dentro do sistema da pecuária brasileira e do agronegócio. O objetivo deste trabalho foi determinar o conhecimento de pecuaristas sobre o manejo contra o carrapato bovino dos municípios de Caçapava do Sul e Lavras do Sul, Rio Grande do Sul. Foi aplicado um questionário com questões objetivas e dissertativas para 70 produtores rurais, priorizando conhecimentos sobre o controle do carrapato Rhipicephalus microplus. Em 75% das propriedades predomina a criação de mais de 100 bovinos. Dessas propriedades, 27 % têm acima de 500 hectares, 26 % têm entre 150 a 300 hectares, 21,5% de 300 a 500 hectares, 20% de 50 a 150 hectares e 5,5% até 50 hectares. Quanto ao nível de infestação de carrapatos por animal a percepção dos produtores correspondeu a 30% com pouca infestação (cerca de 5 teleóginas/animal), 37,5% citaram uma infestação média (6 a 20 teleóginas/animal), 28% acreditam numa infestação alta (20 a 50 teleóginas/animal), enquanto 4,5% relataram uma infestação incontável de teleóginas nos animais. No quesito conhecimento da transmissão de doenças pelo R. microplus, 81,14 % dos produtores rurais relataram que a principal doença transmitida pelo carrapato é a Tristeza Parasitária Bovina (TPB). A maioria dos produtores (76%) realiza compra de carrapaticidas por indicação de médico veterinário e 18,5% pedem indicação para os balconistas das agropecuárias. Foram citadas 13 formulações e/ou associações de carrapaticidas, com predomínio de Cipermetrina + Clorpirifós + Citronelal, seguido de Fluazuron, entre outros como Fipronil e Amitraz e; 58,6% dos produtores rurais nunca utilizaram o teste de biocarrapaticidograma e 17% não sabem da importância de fazê-lo. No quesito cruzamento com zebuíno para diminuir a infestação por carrapatos, 60% já usou ou usa esse recurso para amenizar os ectoparasitos em suas propriedades, mas 10,5% acreditam que esta prática não irá diminuir o R. microplus. Recomenda-se para o controle mais eficiente considerar o conhecimento do ciclo de vida do carrapato e suas relações com as variações ambientais, a dinâmica populacional, a sazonalidade, permite identificar quando a população de carrapato está na fase mais vulnerável ao controle, fazer o manejo da pastagem e o biocarrapaticidograma.