Considerações paleoceanográficas com base no gênero Poseidonamicus BENSON, 1972 (CRUSTACEA, OSTRACODA) no quaternário final da Bacia do Espírito Santo, Brasil

• Autor(a) principal: Nunes, Lucas de Oliveira
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/257621
• topic: Micropaleontologia marinha; Fauna batíbica; Regra de Bergmann; Ostracoda; Paleoceanografia : Quaternário; Espírito Santo (Estado)

A Classe Ostracoda possui elevada importância para paleontologia, tendo destaque na paleolimnologia, paleoceanografia e bioestratigrafia. Apesar das potencialidades para pesquisas em paleoambientes marinhos, diversas bacias marginais brasileiras carecem de estudos sobre ostracodes batiais, dentre elas a bacia do Espírito Santo, localizada na margem continental sudeste brasileira. O gênero Poseidonamicus Benson, 1972 é um indicador paleobatimétrico confiável devido a suas características criofílicas. O presente trabalho investiga a riqueza e o padrão de ocorrência desse gênero no intervalo Pleistoceno–Holoceno e seu significado paleoceanográfico com base no estudo de um testemunho a pistão (ESP-08) recuperado no talude continental da Bacia do Espírito Santo. A análise taxonômica permitiu a identificação das espécies Poseidonamicus major Benson, 1972 e Poseidonamicus pintoi Benson, 1972, com significativa variação de tamanho nos espécimes adultos. Trabalhos anteriores relacionam variações no tamanho das carapaças de ostracodes à influência da temperatura, efeito conhecido como Regra de Bergmann, contudo não foi possível constatar correlação entre o tamanho corporal e os estágios isotópicos marinhos (EIM) nos espécimes do testemunho ESP-08. Outros fatores, portanto, podem influenciar o tamanho das carapaças em ostracodes batíbicos.