Estudo da extração de carotenoides da casca de maracujá assistida por ultrassom
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/183774 |
Resumo: | O maracujá é um dos mais importantes frutos da economia brasileira, gerando renda em inúmeros municípios e destacando-se pelo forte apelo social, por ser uma cultura que requer uso intensivo de mão de obra. O maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa) é a espécie mais cultivada no Brasil e a maior importância econômica desse fruto está no produto industrializado sob a forma de sucos concentrados. As cascas e sementes do maracujá, resíduos do processo de corte e extração no processamento da fruta para obtenção de suco, são ainda, em grande parte, descartadas sem um destino apropriado. Como esses resíduos representam inúmeras toneladas de desperdício, agregar valor a esses subprodutos adquire relevância econômica, ambiental e tecnológica. Além disso, a casca do maracujá, que compreende em torno de 60% do peso total do fruto, possui significativas quantidades de compostos bioativos, que podem se tornar aditivos na indústria alimentícia devido a suas propriedades funcionais. Nesse contexto, destaca-se o interesse pelos carotenoides, compostos bioativos encontrados na casca do maracujá, muito conhecidos por suas propriedades corantes, que conferem diferentes colorações a muitas espécies vegetais, mas também por sua ação antioxidante e atividade pró-vitamina A. O objetivo do presente trabalho foi extrair os carotenoides da casca de maracujá, através da extração assistida por ultrassom, uma tecnologia emergente que vem sendo investigada por diversos pesquisadores, visando, principalmente, uma maior eficiência na extração. Além de estudar o comportamento do ultrassom, também foi avaliada a importância da etapa de saponificação na extração de carotenoides e a relevância da extração exaustiva, que é baseada na maceração, frente à convencional. As amostras resultantes das extrações exaustiva, convencional e assistida por ultrassom foram analisadas em espectrofotômetro, para posterior cálculo do teor de carotenoides totais a partir do valor de absorbância lido no comprimento de onda de 450 nm. Os resultados mostraram que a extração exaustiva pode ser substituída pela extração convencional, pois não houve diferença estatística entre os dois métodos, gerando economia de tempo e financeira. Foi constatado que, nas condições testadas, a técnica de ultrassom não melhora a eficiência da extração. Com base nos dados obtidos, sugere-se que outras condições de tratamento do ultrassom sejam testadas, a fim de investigar possíveis condições que o tornem eficiente na extração de carotenoides da casca do maracujá. |
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Silva, Patricia Kuklinski daMarczak, Ligia Damasceno FerreiraOliveira, Cibele Freitas deRodrigues, Naira Poerner2018-10-20T03:16:10Z2015http://hdl.handle.net/10183/183774000981591O maracujá é um dos mais importantes frutos da economia brasileira, gerando renda em inúmeros municípios e destacando-se pelo forte apelo social, por ser uma cultura que requer uso intensivo de mão de obra. O maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa) é a espécie mais cultivada no Brasil e a maior importância econômica desse fruto está no produto industrializado sob a forma de sucos concentrados. As cascas e sementes do maracujá, resíduos do processo de corte e extração no processamento da fruta para obtenção de suco, são ainda, em grande parte, descartadas sem um destino apropriado. Como esses resíduos representam inúmeras toneladas de desperdício, agregar valor a esses subprodutos adquire relevância econômica, ambiental e tecnológica. Além disso, a casca do maracujá, que compreende em torno de 60% do peso total do fruto, possui significativas quantidades de compostos bioativos, que podem se tornar aditivos na indústria alimentícia devido a suas propriedades funcionais. Nesse contexto, destaca-se o interesse pelos carotenoides, compostos bioativos encontrados na casca do maracujá, muito conhecidos por suas propriedades corantes, que conferem diferentes colorações a muitas espécies vegetais, mas também por sua ação antioxidante e atividade pró-vitamina A. O objetivo do presente trabalho foi extrair os carotenoides da casca de maracujá, através da extração assistida por ultrassom, uma tecnologia emergente que vem sendo investigada por diversos pesquisadores, visando, principalmente, uma maior eficiência na extração. Além de estudar o comportamento do ultrassom, também foi avaliada a importância da etapa de saponificação na extração de carotenoides e a relevância da extração exaustiva, que é baseada na maceração, frente à convencional. As amostras resultantes das extrações exaustiva, convencional e assistida por ultrassom foram analisadas em espectrofotômetro, para posterior cálculo do teor de carotenoides totais a partir do valor de absorbância lido no comprimento de onda de 450 nm. Os resultados mostraram que a extração exaustiva pode ser substituída pela extração convencional, pois não houve diferença estatística entre os dois métodos, gerando economia de tempo e financeira. Foi constatado que, nas condições testadas, a técnica de ultrassom não melhora a eficiência da extração. Com base nos dados obtidos, sugere-se que outras condições de tratamento do ultrassom sejam testadas, a fim de investigar possíveis condições que o tornem eficiente na extração de carotenoides da casca do maracujá.application/pdfporEngenharia químicaEstudo da extração de carotenoides da casca de maracujá assistida por ultrassominfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2015Engenharia Químicagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000981591.pdfTexto completoapplication/pdf1329883http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183774/1/000981591.pdf373641f54200686f37a5e0de4f3e1328MD51TEXT000981591.pdf.txt000981591.pdf.txtExtracted Texttext/plain99140http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183774/2/000981591.pdf.txta59b9ba4300c66d6ab7ae3a2f7d03896MD52THUMBNAIL000981591.pdf.jpg000981591.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1474http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183774/3/000981591.pdf.jpg6f8ac445987a3bce28992e80a091bfc7MD5310183/1837742018-10-22 07:19:02.738oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183774Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T10:19:02Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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