Em análise a cooperação "Sul-Sul" : ruptura ideológica ou reprodução?
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/95163 |
Resumo: | O modelo Norte-Sul de cooperação internacional para o desenvolvimento, cuja origem remete ao período pós Segunda Guerra Mundial, apoiou-se, historicamente, em um discurso que atribuía aos países centrais, ou do "Norte". dada sua maturidade institucional e superioridade técnica, legitimidade para definirem as regras e os procedimentos a serem observados pelos países na periferia do sistema mundo, para acederem ao propalado "desenvolvimento". Modelo este que, conforme um contingente significativo de pesquisadores (BARBANTI JUNIOR, 2005; SANTOS FILHO. 2005; AFONSO: FERNANDES. 2005; SÁNCHEZ. 2002), contemplaria, essencialmente, objetivos de natureza econômica e política das potências centrais. Todavia, ao conquistarem reconhecimento econômico no plano internacional, países emergentes como o Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul estariam estabelecendo, entre si, assim como com outros países do "Sul", relações de parceria e cooperação às quais, também conforme um contingente expressivo de pesquisadores (XALMA, 2011; PUENTE, 2010; AYLLÓN PINO, 2012), se distinguiriam do modelo anterior pela ênfase atribuída a valores como a solidariedade e a equidade, no que tange à distribuição equitativa dos benefícios entre os países envolvidos nas ações de cooperação. De natureza teórica, o presente artigo questiona, em que medida essa tese se sustenta? Ou, dizendo de outro modo, em que medida o modelo de cooperação internacional Sul-Sul associado à promoção do desenvolvimento constitui-se em uma ruptura paradigmática com o modelo de cooperação Norte-Sul? |
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