Ceratoplastia penetrante autóloga : relato de casos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/273240 |
Resumo: | Introdução: A ceratoplastia penetrante autóloga (CPA) consiste no transplante autólogo da córnea do olho contralateral. O procedimento é incomum de ser realizado pois é uma opção para casos específicos de pacientes com um olho com potencial visual e córnea opacificada e o olho contralateral com córnea transparente, porém com patologia irreversível em outra estrutura ocular que comprometa a visão. Os estudos demonstraram grande heterogeneidade nos casos descritos. Entretanto, conseguiram demonstrar os benefícios e a viabilidade do procedimento, estabelecer fatores de risco, demonstrar variações nas técnicas cirúrgicas e propor aperfeiçoamentos. No Brasil, a possibilidade de ser empregada uma córnea tectônica no olho doador sem prognóstico visual contribui para o gerenciamento da lista de espera para o transplante de córnea, uma vez que a disponibilidade de córneas tectônicas é maior. Consequentemente, o paciente que necessita do transplante corneano tem acesso ao procedimento de forma mais precoce, além de que a lista de espera para córneas ópticas não é afetada. Adicionalmente, o tratamento imunossupressor no pós-operatório de uma córnea autóloga isogênica é menos agressivo, com doses e duração menores, reduzindo os efeitos colaterais dessas medicações. Objetivo: Descrever uma série de casos de ceratoplastia penetrante autóloga que demonstra a viabilidade e os benefícios do procedimento para os pacientes indicados e para o gerenciamento do banco de olhos. Materiais e métodos: Relato de três casos de CPA realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no ano de 2023. A técnica consiste no transplante de córnea em que a córnea doadora foi a do olho contralateral do paciente. Resultados: Todos os pacientes tiveram melhora da acuidade visual com o procedimento e relataram melhora na qualidade de vida. Foram utilizadas córneas tectônicas para o olho doador em todos os casos. Não foi reportada nenhuma intercorrência no período transoperatório e pós-operatório. 4 Conclusão: A CPA é um procedimento viável em casos específicos, apresenta o pós-operatório com tratamento imunossupressor menos agressivo devido a chance teoricamente nula de rejeição e contribui para o gerenciamento da lista de espera para o transplante de córnea, pois não requer necessariamente um córnea classificada como óptica. |
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