Distribuição da família Didelphidae (Mammalia, Didelphimorphia) no Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ávila, Maurício Cendon do Nascimento
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/72392
Resumo: Os marsupiais são um importante componente da fauna de mamíferos sul-americanos e suas adaptações a diversos tipos de hábitat lhes permitiram ocupar diferentes nichos ecológicos. A família Didelphidae é a única família pertencente à ordem Didelphimorphia e compreende a maioria das espécies viventes de marsupiais americanos. Atualmente a família inclui 95 espécies reconhecidas, distribuídas em 19 gêneros recentes, das quais somente quatro não ocorrem na América do Sul. A sua distribuição é ampla e ocorre naturalmente do sudeste do Canadá até o sul da Argentina. As espécies ocupam todos os grandes biomas e quase todos os tipos de hábitats dentro deles com exceção de altitudes muito elevadas e das regiões extremamente desertificadas. No Brasil ocorrem 55 espécies de marsupiais da família Didelphidae divididas em quatro subfamílias, Glironiinae, Caluromyniae, Hyladelphinae e Didelphinae, distribuídas em 16 gêneros, das quais possivelmente 14 espécies ocorrem no Rio Grande do Sul. Ainda existem lacunas no que diz respeito à distribuição e taxonomia de muitas espécies de marsupiais e a falta de estudos focando esse grupo no extremo sul do Brasil dificulta ainda mais a compreensão da sua diversidade nessa região. Neste contexto, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre a ocorrência dos marsupiais didelfídeos no RS através da literatura especializada, onde se buscou informações de estudos taxonômicos, genéticos e faunísticos. Obteve-se registro de 14 espécies, distribuídas em 10 gêneros. Chegou-se a um total de 134 registros na literatura onde Didelphis albiventris e Lutreolina crassicaudata destacaram-se como as espécies com maior número de registros, e Monodelphis iheringi a espécie com o menor número de registros. Cryptonanus guahybae é a única espécie endêmica para o RS, aparentando afinidade com ambientes úmidos, como áreas de transição entre matas palustres e ciliares e campos alagados. Caluromys lanatus e Chironectes minimus são as únicas espécies classificadas como ameaçadas-vulneráveis no RS, sendo dependentes de formações florestais como hábitat de vida preferencial. A taxonomia e a sistemática do grupo ainda não estão bem resolvidas, apesar dos avanços realizados recentemente, e o número aqui apresentado de 14 espécies não pode ser tratado como um dado final, uma vez que esse número pode aumentar ou diminuir ao passo que as lacunas forem sendo preenchidas por futuros trabalhos. No que diz respeito à biologia e ecologia das espécies, se faz necessário também o desenvolvimento de estudos populacionais, preferência de habitat, hábitos alimentares e reprodutivos e área de vida dos representantes da família Didelphidae para que se possa identificar sua real distribuição no RS e traçar planos de manejo e conservação adequados e eficazes para todas as espécies.
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No Brasil ocorrem 55 espécies de marsupiais da família Didelphidae divididas em quatro subfamílias, Glironiinae, Caluromyniae, Hyladelphinae e Didelphinae, distribuídas em 16 gêneros, das quais possivelmente 14 espécies ocorrem no Rio Grande do Sul. Ainda existem lacunas no que diz respeito à distribuição e taxonomia de muitas espécies de marsupiais e a falta de estudos focando esse grupo no extremo sul do Brasil dificulta ainda mais a compreensão da sua diversidade nessa região. Neste contexto, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre a ocorrência dos marsupiais didelfídeos no RS através da literatura especializada, onde se buscou informações de estudos taxonômicos, genéticos e faunísticos. Obteve-se registro de 14 espécies, distribuídas em 10 gêneros. Chegou-se a um total de 134 registros na literatura onde Didelphis albiventris e Lutreolina crassicaudata destacaram-se como as espécies com maior número de registros, e Monodelphis iheringi a espécie com o menor número de registros. Cryptonanus guahybae é a única espécie endêmica para o RS, aparentando afinidade com ambientes úmidos, como áreas de transição entre matas palustres e ciliares e campos alagados. Caluromys lanatus e Chironectes minimus são as únicas espécies classificadas como ameaçadas-vulneráveis no RS, sendo dependentes de formações florestais como hábitat de vida preferencial. A taxonomia e a sistemática do grupo ainda não estão bem resolvidas, apesar dos avanços realizados recentemente, e o número aqui apresentado de 14 espécies não pode ser tratado como um dado final, uma vez que esse número pode aumentar ou diminuir ao passo que as lacunas forem sendo preenchidas por futuros trabalhos. No que diz respeito à biologia e ecologia das espécies, se faz necessário também o desenvolvimento de estudos populacionais, preferência de habitat, hábitos alimentares e reprodutivos e área de vida dos representantes da família Didelphidae para que se possa identificar sua real distribuição no RS e traçar planos de manejo e conservação adequados e eficazes para todas as espécies.Marsupials are an important component of the South America mammals fauna and their adaptations to different types of habitat have allowed them to occupy different ecological niches. The family Didelphidae is the only family belonging to the order Didelphimorphia and includes most of the species of living american marsupials. Currently the family includes 95 recognized species, distributed in 19 recent genera of which only four do not occur in South America. Their distribution is wide and occurs naturally in southeastern Canada to southern Argentina. The species occupies all major biomes and almost all habitat types within them except for very high altitudes and extremely desertified regions. In Brazil there are 55 species of marsupials of the Didelphidae family divided into four subfamilies, Glironiinae, Caluromyniae, Hyladelphinae and Didelphinae distributed in 16 genera, of which possibly 14 species occur in Rio Grande do Sul. There are still some gaps regarding the distribution and taxonomy of many species of marsupials and the lack of studies focusing on this group in southern Brazil further complicates the understanding of diversity in this region. In this context, we carried out a literature survey on the occurrence of didelphid marsupials in Rio Grande do Sul through the literature with taxonomic, genetic and wildlife information. We obtained 14 species of marsupials for the Rio Grande do Sul, distributed in 10 genera. It reached a total of 134 records in the literature where Didelphis albiventris and Lutreolina crassicaudata stood out as the species with the highest number of records, and Monodelphis iheringi, the species with smaller number of records. Cryptonanus guahybae is the only endemic species of RS, demonstrating an affinity for humid environments, such as transitional areas between forests and marshes and flooded fields. Caluromys lanatus and Chironectes minimus are the only species considered vulnerable in RS and both are dependent on forest formations as preferred habitat. The taxonomy and systematics of the group are not well resolved despite the advances made recently, and the number of 14 species presented here cannot be treated as a final data, since this number may increase or decrease while the gaps are being filled by future work. Regarding the biology and ecology of the species, it is necessary the development of studies concerning population structure, habitat preference, food and reproductive habits and area of life of the representatives of the Didelphidae family to be able to identify their actual distribution in the RS in the intention to trace conservation and management plans adequate and effective for all the species.application/pdfporMarsupiaisRio Grande do SulCaluromyinaeDidelphinaeMarsupialsSouthern brazilDistribuição da família Didelphidae (Mammalia, Didelphimorphia) no Rio Grande do Sul, BrasilDistribution of didelphidae family (Mammalia, Didelphimorphia) in Rio Grande do Sul, Brazil info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2012especializaçãoCurso de Especialização em Diversidade e Conservação da Faunainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000877623.pdf000877623.pdfTexto completoapplication/pdf22654239http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/72392/1/000877623.pdf4fef6514b009b3953e90489c1c19ef09MD51TEXT000877623.pdf.txt000877623.pdf.txtExtracted Texttext/plain78622http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/72392/2/000877623.pdf.txt8aadbdcf770b2b888dd24d9ef38aa6dcMD52THUMBNAIL000877623.pdf.jpg000877623.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1400http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/72392/3/000877623.pdf.jpgaf28409a579e79c660de68559a93b53bMD5310183/723922018-10-15 09:31:41.037oai:www.lume.ufrgs.br:10183/72392Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T12:31:41Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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