Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Blum, Gabriela Brendel
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/117659
Resumo: A resposta inflamatória aguda evolui a partir de uma fase vascular iniciada pelas células residentes no tecido imediatamente após o dano. A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica inflamatória de etiologia desconhecida caracterizada por sinovite crônica, simétrica e erosiva. Os tratamentos utilizados em pacientes com AR ainda apresentam limitações e significativos efeitos adversos, salientando a necessidade de novas estratégias terapêuticas. A Galantamina é um alcaloide extraído da planta Galanthus woronowi, e pode ter um papel anti-inflamatório pois é capaz de interagir especificamente com o receptor nicotínico alfa sete. Com o objetivo de avaliar a eficácia do bromidrato de galantamina como terapia anti-inflamatória, foram testados o modelo de: monoartrite induzido por mBSA in vivo; peritonite induzida por LPS in vivo; viabilidade e invasão de células de fibroblastos sinoviais isolados de camundongo in vitro. Nos modelos in vivo, camundongos Balb/c tiveram inflamação induzida por mBSA através de desafio intra-articular ou por injeção intraperitoneal de LPS, respectivamente. Os animais foram divididos em grupos e receberam os seguintes tratamentos: bromidrato de galantamina, dexametasona ou salina. Em ambos os modelos a migração celular para o local da inflamação foi avaliada e a nocicepção das patas traseiras foi medida somente no modelo de mBSA. No modelo de viabilidade celular, as linhagens de fibroblastos receberam bromidrato de galantamina ou Reminyl em diferentes concentrações para avaliar se esses provocam citotoxicidade. A maior concentração testada que não provocou morte celular foi utilizada para o experimento de invasão, que compara a capacidade dos fibroblastos sinoviais tratados e não-tratados de invadir uma membrana de colágeno atraídas por quimiotaxia. No modelo de mBSA, não houve diminuição da nocicepção nem da migração celular dos tratados em comparação aos que receberam salina. No experimento peritonite, pode-se observar que o número médio de células presentes no líquido peritoneal é maior no grupo que recebeu salina em relação aos grupos que receberam os tratamentos, mas não estatisticamente significante. No modelo de viabilidade, o bromidrato de galantamina e o Reminyl não apresentaram efeito citotóxico nas linhagens e concentrações testadas. Já no experimento de invasão, observou-se a diminuição de 11 a 31% na quantidade de células que invadiram a matriz de colágeno na presença do tratamento, em relação ao controle. Mais estudos precisam ser feitos para que o papel anti-inflamatório e possível uso frente a artrite reumatóide do bromidrato de galantamina seja confirmada.
id UFRGS-2_8f483a9ea60e01cab1394939ab49ac90
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/117659
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Blum, Gabriela BrendelXavier, Ricardo MachadoSpies, Fernanda Sá2015-06-10T02:00:51Z2014http://hdl.handle.net/10183/117659000967941A resposta inflamatória aguda evolui a partir de uma fase vascular iniciada pelas células residentes no tecido imediatamente após o dano. A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica inflamatória de etiologia desconhecida caracterizada por sinovite crônica, simétrica e erosiva. Os tratamentos utilizados em pacientes com AR ainda apresentam limitações e significativos efeitos adversos, salientando a necessidade de novas estratégias terapêuticas. A Galantamina é um alcaloide extraído da planta Galanthus woronowi, e pode ter um papel anti-inflamatório pois é capaz de interagir especificamente com o receptor nicotínico alfa sete. Com o objetivo de avaliar a eficácia do bromidrato de galantamina como terapia anti-inflamatória, foram testados o modelo de: monoartrite induzido por mBSA in vivo; peritonite induzida por LPS in vivo; viabilidade e invasão de células de fibroblastos sinoviais isolados de camundongo in vitro. Nos modelos in vivo, camundongos Balb/c tiveram inflamação induzida por mBSA através de desafio intra-articular ou por injeção intraperitoneal de LPS, respectivamente. Os animais foram divididos em grupos e receberam os seguintes tratamentos: bromidrato de galantamina, dexametasona ou salina. Em ambos os modelos a migração celular para o local da inflamação foi avaliada e a nocicepção das patas traseiras foi medida somente no modelo de mBSA. No modelo de viabilidade celular, as linhagens de fibroblastos receberam bromidrato de galantamina ou Reminyl em diferentes concentrações para avaliar se esses provocam citotoxicidade. A maior concentração testada que não provocou morte celular foi utilizada para o experimento de invasão, que compara a capacidade dos fibroblastos sinoviais tratados e não-tratados de invadir uma membrana de colágeno atraídas por quimiotaxia. No modelo de mBSA, não houve diminuição da nocicepção nem da migração celular dos tratados em comparação aos que receberam salina. No experimento peritonite, pode-se observar que o número médio de células presentes no líquido peritoneal é maior no grupo que recebeu salina em relação aos grupos que receberam os tratamentos, mas não estatisticamente significante. No modelo de viabilidade, o bromidrato de galantamina e o Reminyl não apresentaram efeito citotóxico nas linhagens e concentrações testadas. Já no experimento de invasão, observou-se a diminuição de 11 a 31% na quantidade de células que invadiram a matriz de colágeno na presença do tratamento, em relação ao controle. Mais estudos precisam ser feitos para que o papel anti-inflamatório e possível uso frente a artrite reumatóide do bromidrato de galantamina seja confirmada.application/pdfporGalantaminaAtividade anti-inflamatóriaArtrite reumatóideAvaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantaminainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2014Ciências Biológicas: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000967941.pdf000967941.pdfTexto completoapplication/pdf786933http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/117659/1/000967941.pdf4389d05c20fc20d252c494841bd6a54cMD51TEXT000967941.pdf.txt000967941.pdf.txtExtracted Texttext/plain72668http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/117659/2/000967941.pdf.txtc796c5bac48163254a016bc4afc85759MD52THUMBNAIL000967941.pdf.jpg000967941.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1071http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/117659/3/000967941.pdf.jpg5c93b89e4d06c0000b967c9e5785c7f0MD5310183/1176592018-10-23 08:43:31.745oai:www.lume.ufrgs.br:10183/117659Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-23T11:43:31Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
title Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
spellingShingle Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
Blum, Gabriela Brendel
Galantamina
Atividade anti-inflamatória
Artrite reumatóide
title_short Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
title_full Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
title_fullStr Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
title_full_unstemmed Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
title_sort Avaliação da atividade anti-inflamatória do bromidrato de galantamina
author Blum, Gabriela Brendel
author_facet Blum, Gabriela Brendel
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Blum, Gabriela Brendel
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Xavier, Ricardo Machado
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Spies, Fernanda Sá
contributor_str_mv Xavier, Ricardo Machado
Spies, Fernanda Sá
dc.subject.por.fl_str_mv Galantamina
Atividade anti-inflamatória
Artrite reumatóide
topic Galantamina
Atividade anti-inflamatória
Artrite reumatóide
description A resposta inflamatória aguda evolui a partir de uma fase vascular iniciada pelas células residentes no tecido imediatamente após o dano. A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica inflamatória de etiologia desconhecida caracterizada por sinovite crônica, simétrica e erosiva. Os tratamentos utilizados em pacientes com AR ainda apresentam limitações e significativos efeitos adversos, salientando a necessidade de novas estratégias terapêuticas. A Galantamina é um alcaloide extraído da planta Galanthus woronowi, e pode ter um papel anti-inflamatório pois é capaz de interagir especificamente com o receptor nicotínico alfa sete. Com o objetivo de avaliar a eficácia do bromidrato de galantamina como terapia anti-inflamatória, foram testados o modelo de: monoartrite induzido por mBSA in vivo; peritonite induzida por LPS in vivo; viabilidade e invasão de células de fibroblastos sinoviais isolados de camundongo in vitro. Nos modelos in vivo, camundongos Balb/c tiveram inflamação induzida por mBSA através de desafio intra-articular ou por injeção intraperitoneal de LPS, respectivamente. Os animais foram divididos em grupos e receberam os seguintes tratamentos: bromidrato de galantamina, dexametasona ou salina. Em ambos os modelos a migração celular para o local da inflamação foi avaliada e a nocicepção das patas traseiras foi medida somente no modelo de mBSA. No modelo de viabilidade celular, as linhagens de fibroblastos receberam bromidrato de galantamina ou Reminyl em diferentes concentrações para avaliar se esses provocam citotoxicidade. A maior concentração testada que não provocou morte celular foi utilizada para o experimento de invasão, que compara a capacidade dos fibroblastos sinoviais tratados e não-tratados de invadir uma membrana de colágeno atraídas por quimiotaxia. No modelo de mBSA, não houve diminuição da nocicepção nem da migração celular dos tratados em comparação aos que receberam salina. No experimento peritonite, pode-se observar que o número médio de células presentes no líquido peritoneal é maior no grupo que recebeu salina em relação aos grupos que receberam os tratamentos, mas não estatisticamente significante. No modelo de viabilidade, o bromidrato de galantamina e o Reminyl não apresentaram efeito citotóxico nas linhagens e concentrações testadas. Já no experimento de invasão, observou-se a diminuição de 11 a 31% na quantidade de células que invadiram a matriz de colágeno na presença do tratamento, em relação ao controle. Mais estudos precisam ser feitos para que o papel anti-inflamatório e possível uso frente a artrite reumatóide do bromidrato de galantamina seja confirmada.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-10T02:00:51Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/117659
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000967941
url http://hdl.handle.net/10183/117659
identifier_str_mv 000967941
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/117659/1/000967941.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/117659/2/000967941.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/117659/3/000967941.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 4389d05c20fc20d252c494841bd6a54c
c796c5bac48163254a016bc4afc85759
5c93b89e4d06c0000b967c9e5785c7f0
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224487344013312