Barreiras e facilitadores à comunicação no atendimento de pessoas com deficiência sensorial na atenção primária à saúde : estudo multinível

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macarevich, Aline
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Giordani, Jessye Melgarejo do Amaral, Neves, Matheus, Hugo, Fernando Neves, Hilgert, Juliana Balbinot
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/219260
Resumo: Objetivo: Barreiras à comunicação são principais dificultadores do acesso de pessoas com deficiência sensorial (visual e auditiva) aos serviços de saúde. Os objetivos do estudo foram analisar a prevalência e os fatores associados à presença de facilitadores à comunicação nas unidades básicas de saúde no Brasil. Métodos: Estudo transversal multinível sobre dados de 38.811 unidades de saúde de 5.543 municípios, entre 2012 e 2013, coletados no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Desfecho criado agrupando facilitadores à comunicação (material em relevo/braille; recurso auditivo; comunicação visual; listagem acessível de ações do serviço; profissional para acolhimento de usuário com deficiência sensorial). As variáveis de exposição do nível I (contextuais) foram: macrorregião, porte populacional e produto interno bruto (PIB) per capita. No nível II, (serviço) foram: equipe ampliada; modelo de atenção; turnos de atendimento; sala de acolhimento; divulgação do horário de atendimento; presença de facilitadores ao acesso físico. Utilizou-se regressão de Poisson multinível com modelagem hierárquica em dois estágios. Resultados: A presença dos facilitadores à comunicação é pequena nas unidades de saúde (32,1%), sendo mais frequentes nas unidades localizadas nos municípios com maior PIB (razão de prevalência — RP = 1,02, intervalo de confiança de 95% — IC95% 0,92 – 1,12) e porte populacional (RP = 1,25, IC95% 1,02 – 1,52). Conclusão: Ter profissional para acolhimento é o principal facilitador ao acesso e deve ser foco de ações para melhorar a atenção à saúde das pessoas com deficiência. Faz-se necessário promover acesso universal, com adequação de serviços, remoção de barreiras à comunicação e estímulo ao acolhimento do usuário
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As variáveis de exposição do nível I (contextuais) foram: macrorregião, porte populacional e produto interno bruto (PIB) per capita. No nível II, (serviço) foram: equipe ampliada; modelo de atenção; turnos de atendimento; sala de acolhimento; divulgação do horário de atendimento; presença de facilitadores ao acesso físico. Utilizou-se regressão de Poisson multinível com modelagem hierárquica em dois estágios. Resultados: A presença dos facilitadores à comunicação é pequena nas unidades de saúde (32,1%), sendo mais frequentes nas unidades localizadas nos municípios com maior PIB (razão de prevalência — RP = 1,02, intervalo de confiança de 95% — IC95% 0,92 – 1,12) e porte populacional (RP = 1,25, IC95% 1,02 – 1,52). Conclusão: Ter profissional para acolhimento é o principal facilitador ao acesso e deve ser foco de ações para melhorar a atenção à saúde das pessoas com deficiência. Faz-se necessário promover acesso universal, com adequação de serviços, remoção de barreiras à comunicação e estímulo ao acolhimento do usuárioObjective: Communication barriers are the main obstacle for people with sensory disabilities (visual and hearing) to access health services. This study aims to describe the presence of facilitators of communication of basic health units in Brazil and to verify its associated factors. Methods: Cross-sectional multilevel study, of 38,811 health units in 5,543 municipalities between 2012 and 2013, collected in the National Program for Improving Access and Quality in Primary Care (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica - PMAQ-AB). The outcome was defined by grouping facilitators of communication (braille material; hearing resources; visual communication; accessible list of service; professionals to welcome users with sensory disabilities). The two levels were structured, using the variables: level I (contextual): macro region, population size, and GDP per capita; and level II (service): extended professional team (psychologist/social worker); service shifts; welcoming room; publishing of service hours; presence of physical access facilitators. Multilevel Poisson regression with hierarchical modeling was used in both stages. Results: The presence of facilitators of communication is small in Brazilian health units (32.1%). It is more frequent in the municipalities with a higher GDP (RP = 1.02, 95%CI 0.92 - 1.12) and population size (RP = 1.25, 95%CI 1.02 - 1.52). Conclusion: Welcoming users is the main access facilitator and should be the focus of initiatives to improve health care for disabled persons. Universal access with adequate services, removal of communication barriers and encouragement to properly welcome users must be promoted.application/pdfporRevista brasileira de epidemiologia. São Paulo. Vol. 23 (Maio 2020), p. 1-14, E200074Barreiras de comunicaçãoAtenção primária à saúdePessoas com deficiênciaAcolhimentoCommunication BarriersPrimary Health CareDisabled PersonsUser EmbracementBarreiras e facilitadores à comunicação no atendimento de pessoas com deficiência sensorial na atenção primária à saúde : estudo multinívelBarriers to and facilitators of communication to care for people with sensory disabilities in primary health care : a multilevel studyinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001118553.pdf.txt001118553.pdf.txtExtracted Texttext/plain41130http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219260/3/001118553.pdf.txt970ee7f0bec5088bdb958aed1d2a1e66MD53001118553-02.pdf.txt001118553-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain40096http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219260/4/001118553-02.pdf.txt5069adac5ed85708c2fb6df2720f208bMD54ORIGINAL001118553.pdfTexto completoapplication/pdf308223http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219260/1/001118553.pdf8f28b65c50ec143a2a0b179735b6deaeMD51001118553-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf295897http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219260/2/001118553-02.pdf60d5a6965ba208d08fba8b16a53797e2MD5210183/2192602021-05-07 04:36:19.096288oai:www.lume.ufrgs.br:10183/219260Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T07:36:19Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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