Interposição de flap peritoneal em linfadenectomia pélvica assistida por robótica : técnica simplificada e resultados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/274146 |
Resumo: | Introdução: A prostatectomia radical assistida por robô (PRAR) associada à linfadenectomia pélvica (LP) é o tratamento cirúrgico padrão para o câncer de próstata localizado com risco intermediário ou alto. A literatura sugere que a linfadenectomia per se tem morbidade agregada que pode chegar a 18 %, decorrente, por exemplo, da formação de linfocele sintomática no pós-operatório. Em 2015, Lebeis et al. demonstraram redução de linfocele sintomática com o uso de uma técnica envolvendo a confecção de um flap peritoneal. A explicação para isso é que o flap peritoneal não permite o bloqueio da loja da linfadenectomia pela gordura perivesical já que fica interposto entre a gordura perivesical e a parede pélvica lateral, além de permitir drenagem de linfa para a cavidade abdominal para ser reabsorvida. Objetivo: Apresentar uma técnica simples e rápida de confecção de flap peritoneal baseada na técnica descrita em 2015 e avaliar os resultados referentes à linfocele sintomática. Métodos: Foram avaliados 102 pacientes submetidos à PRAR com LP e interposição de flap peritoneal de 2018 a 2023 com vistas a detectar a presença de linfocele sintomática no seguimento pós-operatório. O flap peritoneal foi confeccionado fixando o flap de peritônio redundante na gordura perivesical com sutura contínua utilizando 18 cm de Caprofyl 3.0, agulha de 26mm e com alça ou Hem-o-Loc® na extremidade. Resultados: 1 dos 102 pacientes se apresentou com linfocele sintomática durante o seguimento, que foi em média de 14,5 meses. Nossa análise foi ao encontro dos dados da literatura, porém não foram realizados exames de imagem de controle nestes pacientes a fim de avaliarmos a presença de linfocele assintomática. Conclusão: A confecção do flap peritoneal é uma técnica simples. Nesta série de pacientes, apenas 1 paciente apresentou quadro de linfocele sintomática no seguimento. Os resultados vão ao encontro com grande parte dos estudos disponíveis. Essa estratégia mostra-se promissora na prevenção da linfocele sintomática dos pacientes submetidos a PRAR e LP, reduzindo a morbidade relacionada ao procedimento. |
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