A trajetória e a modulação do Apoio Institucional na Atenção Primária de Porto Alegre/RS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/239045 |
Resumo: | O Sistema Único de Saúde tem como princípios fundamentais a participação popular e a democracia institucional, que foram a base da sua força constituinte. O trabalho na atenção básica deve ser exercido sob forma de equipes multi e interdisciplinares, onde haja o compartilhamento de saberes. A Política Nacional de Humanização nos aponta que os profissionais que compõem equipes de saúde devem se envolver em processos de construção do seu fazer, através da autonomia e a cogestão. Os coletivos são compostos por diferentes atores que mantêm entre si relações de afeto e de poder, elementos estes que incidem sobre a organização e a disposição das práticas dos profissionais. O apoio institucional surge como uma nova tecnologia de gestão para auxiliar as equipes de saúde a lidarem com seus problemas e conflitos cotidianos, através da problematização e análise dos processos de trabalho, na perspectiva de reconstruí-los. Assim como em vários municípios do Brasil, Porto Alegre adota esta ferramenta de gestão, que tem sido experienciada há aproximadamente seis anos no município, tendo uma trajetória marcada por vários momentos de reformulação das práticas dos apoiadores institucionais. Esta pesquisa se propõe a verificar como se deu a trajetória desta ferramenta em POA e nesse percurso como foram moduladas as práticas destes profissionais, buscando identificar, através do arcabouço teórico e metodológico proposto por Campos, principais marcos que influenciaram nas práticas dos apoiadores, métodos utilizados e dispositivos empregados, bem como os frutos e aprendizados deixados para a rede de atenção primária do município. A pesquisa se delineou a partir de uma abordagem qualitativa, do tipo exploratória-descritiva, sendo utilizado como instrumento de coleta de dados entrevistas semiestruturadas, norteadas a partir de um roteiro de perguntas. Fizeram parte da pesquisa apoiadores institucionais e coordenadores da ferramenta no município. Através da pesquisa pode-se retratar a partir de alguns momentos significativos, a história do apoio institucional em Porto Alegre e seus desdobramentos. Obteve-se um panorama geral desta experiência, que permitiu apresentar como se configurou esta ferramenta, indicar fragilidades no processo de implementação do apoio, como se enquadra atualmente as suas práticas e indicar pistas de perspectivas futuras. |
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Lima, Clarissa Einsfeldt dePasche, Dário Frederico2022-05-24T04:45:50Z2019http://hdl.handle.net/10183/239045001107372O Sistema Único de Saúde tem como princípios fundamentais a participação popular e a democracia institucional, que foram a base da sua força constituinte. O trabalho na atenção básica deve ser exercido sob forma de equipes multi e interdisciplinares, onde haja o compartilhamento de saberes. A Política Nacional de Humanização nos aponta que os profissionais que compõem equipes de saúde devem se envolver em processos de construção do seu fazer, através da autonomia e a cogestão. Os coletivos são compostos por diferentes atores que mantêm entre si relações de afeto e de poder, elementos estes que incidem sobre a organização e a disposição das práticas dos profissionais. O apoio institucional surge como uma nova tecnologia de gestão para auxiliar as equipes de saúde a lidarem com seus problemas e conflitos cotidianos, através da problematização e análise dos processos de trabalho, na perspectiva de reconstruí-los. Assim como em vários municípios do Brasil, Porto Alegre adota esta ferramenta de gestão, que tem sido experienciada há aproximadamente seis anos no município, tendo uma trajetória marcada por vários momentos de reformulação das práticas dos apoiadores institucionais. Esta pesquisa se propõe a verificar como se deu a trajetória desta ferramenta em POA e nesse percurso como foram moduladas as práticas destes profissionais, buscando identificar, através do arcabouço teórico e metodológico proposto por Campos, principais marcos que influenciaram nas práticas dos apoiadores, métodos utilizados e dispositivos empregados, bem como os frutos e aprendizados deixados para a rede de atenção primária do município. A pesquisa se delineou a partir de uma abordagem qualitativa, do tipo exploratória-descritiva, sendo utilizado como instrumento de coleta de dados entrevistas semiestruturadas, norteadas a partir de um roteiro de perguntas. Fizeram parte da pesquisa apoiadores institucionais e coordenadores da ferramenta no município. Através da pesquisa pode-se retratar a partir de alguns momentos significativos, a história do apoio institucional em Porto Alegre e seus desdobramentos. Obteve-se um panorama geral desta experiência, que permitiu apresentar como se configurou esta ferramenta, indicar fragilidades no processo de implementação do apoio, como se enquadra atualmente as suas práticas e indicar pistas de perspectivas futuras.The Brazilian Health System has as fundamental principles the popular participation and institutional democracy which were the basis of its constituent force. The work in basic care should be exercised in the form of multi and interdisciplinary teams, where there is the sharing of knowledge. The National Humanization Policy points out that the professionals that make up health teams should be involved in the processes of building their doing, through autonomy and co-management. Collectives are composed of different actors who maintain relations of affection and power between them, elements that affect the organization and the disposition of professionals' practices. Institutional support emerges as a new management technology to help health teams deal with their daily problems and conflicts, through the problematization and analysis of work processes, with a view to rebuilding them. As in several municipalities in Brazil, Porto Alegre adopts this management tool, which has been experienced for approximately six years in the municipality, with a trajectory marked by several moments of reformulation of the practices of institutional supporters. This research proposes to verify how the trajectory of this tool in POA has occurred and in this way how the practices of these professionals were modulated, trying to identify, through the theoretical and methodological framework proposed by Campos, the main landmarks that influenced in the practices of the supporters, and devices used, as well as the fruits and learning left for the primary care network of the municipality. The research was delineated from a qualitative, exploratory-descriptive approach, being used as a data collection instrument semi-structured interviews, guided by a questionnaire. Institutional supporters and coordinators of the tool in the municipality were part of the research. Through the research can be portrayed from a few significant moments, the history of institutional support in Porto Alegre and its unfolding. An overview of this experience was presented, which allowed us to present how this tool was configured, indicate weaknesses in the implementation process of the support, how its current practice fits and indicate future perspectives.application/pdfporApoio institucionalGestão em saúdeAtenção primária à saúde : Porto Alegre (RS)Trabalho : SaúdeInstitutional supportHealth managementPrimary health careHealth workA trajetória e a modulação do Apoio Institucional na Atenção Primária de Porto Alegre/RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2019Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001107372.pdf.txt001107372.pdf.txtExtracted Texttext/plain180091http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239045/2/001107372.pdf.txt78c95048fba401f9cc144c119a7b424cMD52ORIGINAL001107372.pdfTexto completoapplication/pdf1592564http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239045/1/001107372.pdf9129a33247c4887044630ff438967790MD5110183/2390452022-05-24 05:01:20.971oai:www.lume.ufrgs.br:10183/239045Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-24T08:01:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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