Erosão nos campos sulinos : arenização no sudoeste do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/273038 |
Resumo: | O sudoeste do Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de áreas sem cobertura vegetal que formam, visualmente, extensas áreas de solo exposto (areais). Para sintetizar a explicação deste processo, Suertegaray (1987,1992,1994) desenvolveu o termo arenização, sendo este entendido como o retrabalhamento de depósitos areníticos (pouco consolidados) ou arenosos (não consolidados), que dificulta a fixação da vegetação devido à constante mobilidade dos sedimentos. O retrabalhamento resulta da dinâmica de chuvas torrenciais. Os processos hídricos superficiais, particularmente o escoamento concentrado do tipo ravina ou voçoroca, expõem, transportam e depositam areia, dando origem à formação de areais que, em contato com o vento, tendem a uma constante remoção. Novos estudos permitem construir a seguinte interpretação sobre a formação de areais: uma fase inicial de instabilidade de determinados lugares, associada às condições estruturais da área (fraturas, diaclases e depressões), instabilizando determinados locais; a segunda fase de intensificação da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial, facilitada pelas características estruturais que promovem nas médias encostas a formação de degraus de abatimento; a terceira fase de continuidade dos processos hídricos com intensificação de escoamento concentrado e formação de ravinas e voçorocas e, consequentemente, depósitos de areia, em forma de leques aluviais, em suas bases. A quarta fase é a evolução erosiva de ravinas e voçorocas, lateralmente e a remontante, promovendo a coalescência de depósitos arenosos e originando os areais. |
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Suertegaray, Dirce Maria Antunes2024-03-08T04:59:29Z20111519-1540http://hdl.handle.net/10183/273038000825691O sudoeste do Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de áreas sem cobertura vegetal que formam, visualmente, extensas áreas de solo exposto (areais). Para sintetizar a explicação deste processo, Suertegaray (1987,1992,1994) desenvolveu o termo arenização, sendo este entendido como o retrabalhamento de depósitos areníticos (pouco consolidados) ou arenosos (não consolidados), que dificulta a fixação da vegetação devido à constante mobilidade dos sedimentos. O retrabalhamento resulta da dinâmica de chuvas torrenciais. Os processos hídricos superficiais, particularmente o escoamento concentrado do tipo ravina ou voçoroca, expõem, transportam e depositam areia, dando origem à formação de areais que, em contato com o vento, tendem a uma constante remoção. Novos estudos permitem construir a seguinte interpretação sobre a formação de areais: uma fase inicial de instabilidade de determinados lugares, associada às condições estruturais da área (fraturas, diaclases e depressões), instabilizando determinados locais; a segunda fase de intensificação da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial, facilitada pelas características estruturais que promovem nas médias encostas a formação de degraus de abatimento; a terceira fase de continuidade dos processos hídricos com intensificação de escoamento concentrado e formação de ravinas e voçorocas e, consequentemente, depósitos de areia, em forma de leques aluviais, em suas bases. A quarta fase é a evolução erosiva de ravinas e voçorocas, lateralmente e a remontante, promovendo a coalescência de depósitos arenosos e originando os areais.The southwest of Rio Grande do Sul has a group of areas without vegetation that form, visually, extensive areas of exposed soil (areais or sand deposits). To summarize the explanation of this process, Suertegaray (1987,1992,1994) developed the concept of arenização (sandization), which is understood as the reworking of sedimentary sand deposits (little consolidated) or sandy deposits (unconsolidated), which hinders the establishment of vegetation due to the constant mobility of the sediments. New studies allow to build the following interpretation about the formation of sand deposits. An initial phase of instability of some places associated with the structural conditions of the area (fractures, diaclases and depressions). The second phase of intensification of superficial and subsuperficial water dynamics, facilitated by the underlying structural characteristics and promoting in the medium hill slopes the formation of steps. The third phase of continuous processes with increased stream flow, formation of gullies and, consequently, sand deposits, in alluvial fans shape in their bases. The fourth phase is the erosive development of gullies, sidelong and retrograde, promoting the coalescence of sandy deposits and originating the sand deposits.application/pdfporRevista Brasileira de Geomorfologia, Uberlândia. Vol. 12, nesp (2011), p. 61-74GeomorfologiaArenizaçãoAreaisRio Grande do Sul, SudoesteSandizationSand depositsErosão nos campos sulinos : arenização no sudoeste do Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000825691.pdf.txt000825691.pdf.txtExtracted Texttext/plain57616http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273038/2/000825691.pdf.txtc59a95b11222703faeb2a617d92be1f7MD52ORIGINAL000825691.pdfTexto completoapplication/pdf5266101http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/273038/1/000825691.pdff236d8445f6603bef1bc4596c1c28783MD5110183/2730382024-03-10 04:53:05.692161oai:www.lume.ufrgs.br:10183/273038Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-10T07:53:05Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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