Aptidão Cardiorrespiratória de Meninas Púberes Magras e com Excesso de Adiposidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/172025 |
Resumo: | Introdução: O pico de consumo de oxigênio (VO2pico) é um parâmetro da função cardiorrespiratória utilizado para determinar a aptidão cardiorrespiratória (ACR) na população infanto-juvenil. Como o VO2pico está associado ao grau de atividade física, os valores podem ser inferiores em obesos, principalmente em meninas que tendem a ser mais sedentárias. Objetivo: Avaliar e comparar a ACR de meninas púberes magras e com excesso de adiposidade durante um teste máximo em cicloergômetro. Métodos: Foram avaliadas 52 meninas entre 11 e 16 anos púberes (estágios entre 2 e 5 de Tanner). Para classificação da adiposidade, utilizou-se a medida de duas dobras cutâneas conforme Slaughter et al., (1988) e considerou-se com excesso de adiposidade, aquelas meninas com gordura corporal ≥ 25%. Para estimar a ACR, usou-se um teste máximo em cicloergômetro (protocolo da McMaster University), iniciando com a carga de 25W, incrementando 25W a cada 2 minutos em uma velocidade entre 60 e 80 rotações por minuto. O VO2pico foi considerado o maior valor atingido (analisador de O2 e VO2 da Inbramed, modelo VO2000- Porto Alegre - Brasil) ao final do teste sendo corrigido pela massa corporal total e para a massa corporal livre de gordura. Foi aplicado teste T para amostras independentes, considerando-se o nível de significância um ≤0,05 (ou p≤0,05) Resultados: Os grupos apresentaram VO2pico absoluto (1956 ± 435 ml.min-1 para as magras e 2177 ± 424 ml.min-1 para as meninas com excesso de adiposidade; p=0,07) e VO2pico corrigido para massa corporal livre de gordura (54,7 ± 8,7 ml.kg-1.massalivredegordura-1.min-1 para as magras e 53,1 ± 8,6 ml.kg-1.massalivredegordura-1.min-1 para as meninas com excesso de adiposidade; p=0,51) semelhantes. Porém, quando VO2pico foi corrigido pela massa corporal total (ml.kg-1.min-1), as meninas com excesso de adiposidade apresentaram valores mais baixos (37,8 ± 6,7) do que as magras (44,2 ± 7,6; p=0,03). Setenta porcento das meninas magras foram classificadas com ACR entre boa e excelente e 15% com ACR muito fraca ou fraca. No grupo com excesso de adiposidade, os valores foram de 53 e 46%, respectivamente. Conclusões: Meninas magras e com excesso de adiposidade apresentaram valores semelhantes de VO2pico quando esse é ajustado para a massa livre de gordura. Porém, as meninas com excesso de adiposidade se apresentaram em maior número com reduzida ACR, o que talvez justifique a menor adesão dessas meninas à prática de exercícios físicos. |
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Rodrigues, Carolina de ÁvilaMeyer, Flavia2018-01-19T02:22:15Z2017http://hdl.handle.net/10183/172025001056969Introdução: O pico de consumo de oxigênio (VO2pico) é um parâmetro da função cardiorrespiratória utilizado para determinar a aptidão cardiorrespiratória (ACR) na população infanto-juvenil. Como o VO2pico está associado ao grau de atividade física, os valores podem ser inferiores em obesos, principalmente em meninas que tendem a ser mais sedentárias. Objetivo: Avaliar e comparar a ACR de meninas púberes magras e com excesso de adiposidade durante um teste máximo em cicloergômetro. Métodos: Foram avaliadas 52 meninas entre 11 e 16 anos púberes (estágios entre 2 e 5 de Tanner). Para classificação da adiposidade, utilizou-se a medida de duas dobras cutâneas conforme Slaughter et al., (1988) e considerou-se com excesso de adiposidade, aquelas meninas com gordura corporal ≥ 25%. Para estimar a ACR, usou-se um teste máximo em cicloergômetro (protocolo da McMaster University), iniciando com a carga de 25W, incrementando 25W a cada 2 minutos em uma velocidade entre 60 e 80 rotações por minuto. O VO2pico foi considerado o maior valor atingido (analisador de O2 e VO2 da Inbramed, modelo VO2000- Porto Alegre - Brasil) ao final do teste sendo corrigido pela massa corporal total e para a massa corporal livre de gordura. Foi aplicado teste T para amostras independentes, considerando-se o nível de significância um ≤0,05 (ou p≤0,05) Resultados: Os grupos apresentaram VO2pico absoluto (1956 ± 435 ml.min-1 para as magras e 2177 ± 424 ml.min-1 para as meninas com excesso de adiposidade; p=0,07) e VO2pico corrigido para massa corporal livre de gordura (54,7 ± 8,7 ml.kg-1.massalivredegordura-1.min-1 para as magras e 53,1 ± 8,6 ml.kg-1.massalivredegordura-1.min-1 para as meninas com excesso de adiposidade; p=0,51) semelhantes. Porém, quando VO2pico foi corrigido pela massa corporal total (ml.kg-1.min-1), as meninas com excesso de adiposidade apresentaram valores mais baixos (37,8 ± 6,7) do que as magras (44,2 ± 7,6; p=0,03). Setenta porcento das meninas magras foram classificadas com ACR entre boa e excelente e 15% com ACR muito fraca ou fraca. No grupo com excesso de adiposidade, os valores foram de 53 e 46%, respectivamente. Conclusões: Meninas magras e com excesso de adiposidade apresentaram valores semelhantes de VO2pico quando esse é ajustado para a massa livre de gordura. Porém, as meninas com excesso de adiposidade se apresentaram em maior número com reduzida ACR, o que talvez justifique a menor adesão dessas meninas à prática de exercícios físicos.Introduction: Oxygen consumption peak (VO2peak) is a cardiorespiratory function parameter used to determine cardiorespiratory capacity (CRC) in the infant and youth population. Because VO2peak is associated with the degree of physical activity, values may be lower in obese, especially in girls who tend to be more sedentary. Objective: To evaluate and compare CRC in lean and adiposity excess pubescent girls during a maximal test in cycloergometer. Methods: Fifty-two pubescent girls between 11 and 16 years of age (stages 2 and 5 of Tanner) were evaluated. To classify adiposity, two skin folds were measured according to Slaughter et al., (1988), and girls with body fat ≥ 25% were considered with adiposity excess. To estimate CRC, a maximum test on cycloergometer (McMaster University protocol) was used, starting at 25W, increasing 25W every 2 min at a speed between 60 and 80 rpm. The VO2peak was considered to be the highest value attained (O2 and VO2 analyzer, Inbramed, model VO2000, Porto Alegre, Brazil) at the end of the test, corrected for total and fat free body mass. A T-test was applied for independent samples, considering the level of significance of ≤0.05 (or a p≤0,05) Results: Groups presented similar absolute VO2peak (1956 ± 435 ml.min-1 for lean and 2177 ± 424 ml.min-1 for adiposity excess girls, p = 0.07), and corrected VO2peak for fat-free mass (54.7 ± 8.7 ml.kg-1.fatfreemass-1.min-1 for lean and 53.1 ± 8.6 ml.kg-1.fatfreemass-1.min-1 for adiposity excess girls; p=0,51). However, when VO2peak was corrected for total body mass (ml.kg-1.min-1), girls with adiposity excess had lower values (37.8 ± 6.7) than lean girls (44.2 ± 7.6, p = 0.03). Seventy percent of lean girls were rated with good to excellent CRC and 15% with very low or low CRC. In the group with adiposity excess, CRC values were 53 and 46%, respectively. Conclusions: Lean and adiposity excess girls presented similar VO2peak values when adjusted for fat-free mass. However, adiposity excess girls were classified with worse CRC, which may justify the lower adhesion of these girls to the practice of physical exercises.application/pdfporExercício físicoAdolescentesConsumo de oxigênioOxygen volumeExerciseAdolescentAptidão Cardiorrespiratória de Meninas Púberes Magras e com Excesso de Adiposidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2017Educação Física: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001056969.pdf001056969.pdfTexto completoapplication/pdf309430http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172025/1/001056969.pdf600a1ede0483bb1ab70c48894264b962MD51TEXT001056969.pdf.txt001056969.pdf.txtExtracted Texttext/plain31945http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172025/2/001056969.pdf.txta7a573701e4d902e09e40b7b6422290aMD52THUMBNAIL001056969.pdf.jpg001056969.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1059http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172025/3/001056969.pdf.jpga1d5e7af70a0fc10cff9594bbdee09c3MD5310183/1720252019-04-20 02:35:20.425381oai:www.lume.ufrgs.br:10183/172025Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-04-20T05:35:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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