Heresia nos trópicos : o impacto social da inquisição no nordeste do Brasil colônia (1591-95)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/115785 |
Resumo: | A pesquisa realizada revela como se deu a chegada do Santo Ofício ao Brasil e como este atuou impondo seus dogmas justificando uma suposta defesa da moral e dos bons costumes. Mas o que acaba se sobressaindo, através das fontes estudadas, é o peso do fator político e como o Santo Ofício utilizava-se dos mais diversos recursos para manter-se enquanto instituição. Outro fato importante é que, independente da posição social, todos poderiam ser submetidos às regras e punições inquisitoriais. Inclusive membros do clero. Embora o principal alvo inquisitorial fossem os cristãos-novos. Estes judeus conversos ao catolicismo, muitas vezes procuravam uma maneira de fugir da discriminação sofrida não apenas na metrópole, mas diversas vezes na colônia também. A confissão acabou se tornando um importante meio de informação sobre as relações pecaminosas dos fiéis e da vida na sociedade colonial. Através do medo da punição divina, muitos eram coagidos a confessar seus pecados. A confissão seria o caminho do fiel para se livrar de sua culpa, ou encaminhá-lo a severas punições por ter pecado contra a Igreja. A partir das confissões realizadas durante a primeira visitação do Santo Ofício na Bahia e depois em Pernambuco, o trabalho procura expor as relações Igreja/sociedade do período colonial e como as duas regiões analisadas se encontraram perante o espectro do Tribunal do Santo Ofício em solo brasílico. O contexto colonial mostra que, embora se tenha imposto um conjunto de regras com o objetivo de regular os comportamentos dos membros da Igreja com o objetivo de moldar a sociedade a partir destes, não foi possível exercer um total controle sobre uma população tão diversificada em uma terra que para muitos era símbolo de fuga dos dogmas eclesiásticos que assombravam o Velho Mundo. |
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