Levantamento epidemiológico e análise de biomarcadores em taxistas expostos à poluição atmosférica em Porto Alegre-RS

• Autor(a) principal: Pletsch, Julia Tauana
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234294
• topic: Poluição do ar; Motoristas de táxi; Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos; Air pollution; Taxi drivers; Polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs); Epidemiological survey; Cardiometabolic diseases

Taxistas representam um grupo especialmente vulnerável aos efeitos adversos dos contaminantes presentes na poluição atmosférica, devido à sua exposição ocupacional. Na poluição atmosférica são encontrados diversos poluentes, como o monóxido de carbono (CO), material particulado (MP), dióxido de enxofre (SO2) e de nitrogênio (NO2) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Este estudo objetivou avaliar parâmetros hematológicos e bioquímicos, bem como avaliar o biomarcador de exposição aos HPAs, o 1-hidróxipireno (1-OHP), e realizar um levantamento epidemiológico dos principais sintomas associados à poluição atmosférica em taxistas. Participaram do estudo 142 taxistas, da cidade de Porto Alegre-RS, do sexo masculino e não fumantes. Foram coletadas amostras de sangue, em jejum, e realizado hemograma, dosagem de parâmetros bioquímicos, bem como amostras de urina para a determinação dos níveis de 1-OHP e creatinina. Histórico familiar de doenças cardiovasculares e diabetes foram descritos em um alto percentual de taxistas. Além disso, foi observado aumento dos níveis de glicose, triglicerídeos e Proteína C reativa ultrassensível (PCR-us) séricos. O biomarcador de exposição 1-OHP foi significativamente associado à glicose, às transaminases hepáticas (TGO e TGP) e à ureia (p<0,05). Analisados em conjunto, nossos resultados sugerem uma maior predisposição de taxistas, expostos ocupacionalmente à poluição atmosférica, ao desenvolvimento de doenças, especialmente cardiometabólicas, além do risco hepatotóxico associado à exposição aos HPAs e outros contaminantes presentes na poluição do ar.