Asma felina : revisão de literatura

• Autor(a) principal: Schifferli, Carolina Turcato Callinir
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/257302
• topic: Asma; Gatos; Diagnóstico; Tratamento; Respiratory disease; Inflammation; Bronchoconstriction; Airways; Felines

A asma felina é uma doença crônica que afeta o sistema respiratório caudal de felinos domésticos. Atinge animais jovens e de meia-idade, de ambos os sexos e de todas as raças. É caracterizada por broncoconstrição reversível das vias aéreas que ocorre após a exposição a alérgenos, pois a inalação desses resulta em modificações inflamatórias. Como consequência da inflamação, ocorre hiperresponsividade das vias aéreas, aumento da secreção de muco e hipertrofia do músculo liso. Os sinais clínicos mais comuns são tosse, sibilos, taquipneia e dispneia. A frequência com que os sinais clínicos estão presentes varia, em casos mais leves podem ser intermitentes, enquanto que em quadros mais graves podem ser diários. Além disso, pode-se apresentar como um quadro emergencial, que ocorre devido a broncoespasmo e ocasiona sintomas mais graves, como dispneia e cianose. O diagnóstico de asma é desafiador e deve-se considerar os sinais clínicos do paciente, histórico, dados de exame físico, exames laboratoriais, de imagem e lavado broncoalveolar. Também se faz relevante considerar e descartar diagnósticos diferenciais. A bronquite crônica felina consiste no principal diagnóstico diferencial, devido à similaridade dos sinais clínicos e achados radiográficos, porém são causadas por diferentes etiologias, o que exige a diferenciação para que seja instituído o melhor tratamento e se possa definir o prognóstico. O tratamento tem como objetivo reduzir a broncoconstrição e inflamação das vias áreas, por isso recomenda-se o uso de broncodilatadores e glicocorticoides a longo prazo. O manejo ambiental também compõe parte fundamental da prevenção de crises, deve-se reduzir a exposição a alérgenos. É importante esclarecer ao tutor que o tratamento não é curativo, mas é essencial para o controle da doença e consequentemente leva a redução da ocorrência de quadros de desconforto respiratório. Em pacientes que são acompanhados por médicos veterinários e recebem tratamento adequado o prognóstico é favorável. Através dessa revisão de literatura se objetiva abordar epidemiologia, etiopatogenia, sinais clínicos, métodos diagnósticos, diagnósticos diferenciais, tratamento e prognóstico da asma felina.