Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Menezes, Mariane Goulart de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235788
Resumo: No processamento do couro a etapa de acabamento molhado visa dar características específicas a pele curtida, para isto, envolve o uso de água e produtos químicos, dentre eles os corantes, gerando efluentes complexos e com cor. A presença de corantes dificulta o tratamento do efluente de acabamento molhado por métodos convencionais. Desta forma, tem-se buscado desenvolver e aperfeiçoar métodos avançados de tratamento deste efluente. Neste trabalho foi estudada a degradação de um corante utilizado na indústria coureira, o Vermelho Ácido 357, por meio da ozonização. Foi verificada a influência de três fatores controláveis sobre a degradação do corante e sobre a redução do carbono orgânico total (COT) após a exposição de soluções aquosas do corante ao ozônio por 30 minutos. Os fatores controláveis, estudados em dois níveis cada, foram: concentração inicial de corante (167 mg/L e 333 mg/L), pH (ajustado para pH 4 e sem ajuste de pH) e presença de bicarbonato de sódio (ausência e 60 mg/L). Os níveis foram escolhidos observando características esperadas para efluentes da etapa de acabamento molhado do couro. Considerando um planejamento fatorial do tipo 2k, foram realizados 8 experimentos em duplicata. A degradação do corante foi avaliada por análise espectrofotométrica e a redução de COT utilizando um analisador de carbono modelo TOC-L da marca Shimadzu. Através de uma análise de variância, os três fatores controláveis se mostraram estatisticamente influentes na degradação do corante, com confiança de 95%. Para a redução de COT apenas o fator pH se mostrou estatisticamente influente, com mesmo intervalo de confiança. Dentre os experimentos realizados, a maior degradação de corante após 30 minutos de ozonização foi de 91,17 ± 1,99 % para aquele que continha 167 mg/L de corante, pH neutro (ou sem ajuste) e na ausência de bicarbonato. Para a redução de COT, o melhor resultado foi de 4,06 ± 1,69 % para o experimento que continha inicialmente 167 mg/L de corante, pH neutro (sem ajuste) e presença de bicarbonato. Os resultados mostram que é possível degradar o corante Vermelho Ácido 357 através a ozonização. Embora tenha sido obtido um bom resultado para a degradação do corante, os resultados para a redução de COT mostram que nestas condições a mineralização do corante é pequena, ou seja, há a presença de subprodutos incolores da degradação da molécula do corante Vermelho Ácido 357.
id UFRGS-2_94d7eb0e435ec2498676d7f1041ee43a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235788
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Menezes, Mariane Goulart deGutterres, MarilizAgustini, Caroline Borges2022-03-09T04:41:47Z2021http://hdl.handle.net/10183/235788001136512No processamento do couro a etapa de acabamento molhado visa dar características específicas a pele curtida, para isto, envolve o uso de água e produtos químicos, dentre eles os corantes, gerando efluentes complexos e com cor. A presença de corantes dificulta o tratamento do efluente de acabamento molhado por métodos convencionais. Desta forma, tem-se buscado desenvolver e aperfeiçoar métodos avançados de tratamento deste efluente. Neste trabalho foi estudada a degradação de um corante utilizado na indústria coureira, o Vermelho Ácido 357, por meio da ozonização. Foi verificada a influência de três fatores controláveis sobre a degradação do corante e sobre a redução do carbono orgânico total (COT) após a exposição de soluções aquosas do corante ao ozônio por 30 minutos. Os fatores controláveis, estudados em dois níveis cada, foram: concentração inicial de corante (167 mg/L e 333 mg/L), pH (ajustado para pH 4 e sem ajuste de pH) e presença de bicarbonato de sódio (ausência e 60 mg/L). Os níveis foram escolhidos observando características esperadas para efluentes da etapa de acabamento molhado do couro. Considerando um planejamento fatorial do tipo 2k, foram realizados 8 experimentos em duplicata. A degradação do corante foi avaliada por análise espectrofotométrica e a redução de COT utilizando um analisador de carbono modelo TOC-L da marca Shimadzu. Através de uma análise de variância, os três fatores controláveis se mostraram estatisticamente influentes na degradação do corante, com confiança de 95%. Para a redução de COT apenas o fator pH se mostrou estatisticamente influente, com mesmo intervalo de confiança. Dentre os experimentos realizados, a maior degradação de corante após 30 minutos de ozonização foi de 91,17 ± 1,99 % para aquele que continha 167 mg/L de corante, pH neutro (ou sem ajuste) e na ausência de bicarbonato. Para a redução de COT, o melhor resultado foi de 4,06 ± 1,69 % para o experimento que continha inicialmente 167 mg/L de corante, pH neutro (sem ajuste) e presença de bicarbonato. Os resultados mostram que é possível degradar o corante Vermelho Ácido 357 através a ozonização. Embora tenha sido obtido um bom resultado para a degradação do corante, os resultados para a redução de COT mostram que nestas condições a mineralização do corante é pequena, ou seja, há a presença de subprodutos incolores da degradação da molécula do corante Vermelho Ácido 357.application/pdfporCorantes : RemoçãoOzonizaçãoDegradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonizaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2021Engenharia Químicagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001136512.pdf.txt001136512.pdf.txtExtracted Texttext/plain67767http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235788/2/001136512.pdf.txtc550e3a7f5074b134e90314f816905aeMD52ORIGINAL001136512.pdfTexto completoapplication/pdf993399http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235788/1/001136512.pdf2bbefa68141475f0fb7026d4d89d5838MD5110183/2357882022-07-29 04:51:21.883833oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235788Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-07-29T07:51:21Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
title Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
spellingShingle Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
Menezes, Mariane Goulart de
Corantes : Remoção
Ozonização
title_short Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
title_full Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
title_fullStr Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
title_full_unstemmed Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
title_sort Degradação do corante Vermelho Ácido 357 por ozonização
author Menezes, Mariane Goulart de
author_facet Menezes, Mariane Goulart de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Menezes, Mariane Goulart de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gutterres, Mariliz
Agustini, Caroline Borges
contributor_str_mv Gutterres, Mariliz
Agustini, Caroline Borges
dc.subject.por.fl_str_mv Corantes : Remoção
Ozonização
topic Corantes : Remoção
Ozonização
description No processamento do couro a etapa de acabamento molhado visa dar características específicas a pele curtida, para isto, envolve o uso de água e produtos químicos, dentre eles os corantes, gerando efluentes complexos e com cor. A presença de corantes dificulta o tratamento do efluente de acabamento molhado por métodos convencionais. Desta forma, tem-se buscado desenvolver e aperfeiçoar métodos avançados de tratamento deste efluente. Neste trabalho foi estudada a degradação de um corante utilizado na indústria coureira, o Vermelho Ácido 357, por meio da ozonização. Foi verificada a influência de três fatores controláveis sobre a degradação do corante e sobre a redução do carbono orgânico total (COT) após a exposição de soluções aquosas do corante ao ozônio por 30 minutos. Os fatores controláveis, estudados em dois níveis cada, foram: concentração inicial de corante (167 mg/L e 333 mg/L), pH (ajustado para pH 4 e sem ajuste de pH) e presença de bicarbonato de sódio (ausência e 60 mg/L). Os níveis foram escolhidos observando características esperadas para efluentes da etapa de acabamento molhado do couro. Considerando um planejamento fatorial do tipo 2k, foram realizados 8 experimentos em duplicata. A degradação do corante foi avaliada por análise espectrofotométrica e a redução de COT utilizando um analisador de carbono modelo TOC-L da marca Shimadzu. Através de uma análise de variância, os três fatores controláveis se mostraram estatisticamente influentes na degradação do corante, com confiança de 95%. Para a redução de COT apenas o fator pH se mostrou estatisticamente influente, com mesmo intervalo de confiança. Dentre os experimentos realizados, a maior degradação de corante após 30 minutos de ozonização foi de 91,17 ± 1,99 % para aquele que continha 167 mg/L de corante, pH neutro (ou sem ajuste) e na ausência de bicarbonato. Para a redução de COT, o melhor resultado foi de 4,06 ± 1,69 % para o experimento que continha inicialmente 167 mg/L de corante, pH neutro (sem ajuste) e presença de bicarbonato. Os resultados mostram que é possível degradar o corante Vermelho Ácido 357 através a ozonização. Embora tenha sido obtido um bom resultado para a degradação do corante, os resultados para a redução de COT mostram que nestas condições a mineralização do corante é pequena, ou seja, há a presença de subprodutos incolores da degradação da molécula do corante Vermelho Ácido 357.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-03-09T04:41:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/235788
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001136512
url http://hdl.handle.net/10183/235788
identifier_str_mv 001136512
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235788/2/001136512.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235788/1/001136512.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv c550e3a7f5074b134e90314f816905ae
2bbefa68141475f0fb7026d4d89d5838
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224623375777792