Existe correlação entre força muscular respiratória e função pulmonar com o tempo de internação hospitalar em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca?

• Autor(a) principal: Oliveira, Amanda Lino de
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/250507
• topic: Cirurgia torácica; Tempo de internação; Espirometria; Testes de função respiratória

Introdução: Pacientes submetidos a cirurgia cardíaca podem apresentar alterações pulmonares no pós-operatório ocasionando aumento na taxa de complicações pulmonares e com isso, prolongar o tempo de internação hospitalar. Objetivo: Verificar a correlação da força muscular respiratória e função pulmonar pré-operatória com o tempo de internação hospitalar e o tempo de internação no centro de terapia intensiva (CTI) em pacientes após cirurgia cardíaca. Métodos: Trata-se de um estudo observacional de coorte prospectivo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (CAEE: 70213617.6.0000.5327). Foram incluídos pacientes adultos submetidos a cirurgia cardíaca. O desfecho primário foi o tempo de internação hospitalar e o secundário foi o tempo de internação no CTI. Foram avaliadas as variáveis capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a relação VEF1/CVF – para função pulmonar e para força muscular respiratória foram avaliadas pressão inspiratória máxima (PImax) e pressão expiratória máxima (PEmax). Resultados: Foram incluídos 75 pacientes, a maioria homens, com idade média de 65,8 anos, categorizados com sobrepeso e sedentários. Não houve correlação entre a força muscular respiratória com o tempo de internação em CTI e tempo de internação hospitalar. Contudo, houve correlação negativa entre a função pulmonar e o tempo de internação hospitalar (CVF: r= -0,387, p=0,001; VEF1: r= -0,453, p=0,000). Conclusão: Observou-se correlação entre a função pulmonar pré-operatória com o tempo de internação hospitalar, de forma que, quanto menor a função pulmonar pré-operatória, maior o tempo de internação hospitalar de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca.