Efeito da infecção pelos vírus das hepatite B e C na sobrevida de pacientes transplantados renais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Fabrício Lazzarin Domingos
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Cauduro, Rafael Lampert, Karohl, Cristina, Gonçalves, Luiz Felipe Santos, Manfro, Roberto Ceratti
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/164781
Resumo: OBJETIVO: avaliar o impacto da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) e pelo vírus da hepatite C (HCV) na sobrevida de pacientes transplantados renais e seus enxertos. MATERIAIS E MÉTODOS: Cento e nove pacientes transplantados renais foram avaliados quanto à presença de anticorpos contra o HCV e presença do antígeno de superfície do HBV. Os pacientes foram divididos em 4 grupos de acordo com os resultados das sorologias e seguidos pelo período de 5 anos para avaliação das sobrevidas. As diferenças de idade, sexo, etiologia da insuficiência renal, tempo de diálise e tempo pós-transplante renal foram avaliados nos grupos. RESULTADOS: Os grupos diferiram apenas nos parâmetros de tempo de diálise prévio ao transplante renal, sendo este significativamente maior nos pacientes anti-HCV positivos. Houve maior número de pacientes retransplantados nos grupos dos anti- HCV e HbsAg positivos. Não houve diferenças significativas nas sobrevidas de pacientes e enxertos, embora tenha havido tendência a menores sobrevidas dos pacientes no grupo anti-HCV positivo (sobrevida de 5 anos: 77,8%; risco relativo: 1,65; IC: 0,66 - 4,15) e no grupo com co-infecção pelos vírus B e C (sobrevida de 5 anos: 75%; risco relativo: 1,86; IC: 0,47 - 7,41), comparado à sobrevida de 5 anos no grupo índice, que foi de 86,5%. CONCLUSÃO: No presente estudo não se evidenciou diferença significativa nas sobrevidas de pacientes transplantados renais infectados pelos vírus das hepatites B e C. É possível que, com maior seguimento, constate-se diferenças significativas entre os grupos.
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