Distribuição da reação NADPH-diaforase em medula espinal lombossacral e gânglio da raiz dorsal de rãs Rana catesbeiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schilling, Rosane Timmers
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/182516
Resumo: A sensação de dor é mediada por diferentes sistemas de transmissão, os quais estão continuamente sendo integrados e modulados por diversos mecanismos neurais, agindo em diferentes períodos de tempo. Para o estudo da dor os mamíferos são preferencialmente os modelos mais utilizados. No entanto, apesar da ausência de um arranjo laminar, a medula espinal de anfíbios apresenta muitas similaridades anatômicas e funcionais com a dos mamíferos. Por isso, o estudo destes animais pode fornecer subsídios adicionais para a compreensão dos mecanismos da transmissão nociceptiva, além de esclarecer os aspectos evolutivos envolvidos na mesma. Um dos fatores que parece envolvido nos mecanismos de codificação e transmissão nociceptiva é o óxido nítrico (NO). Estudos recentes demonstraram que a enzima nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato diaforase (NADPH-diaforase) é uma óxido nítrico sintase, enzima responsável pela síntese de NO. Sabe-se que esta enzima está presente no tecido nervoso de rãs, mas é ainda desconhecida sua distribuição na medula espinal lombossacral e gânglio da raiz dorsal da espécie Rana catesbeiana, cuja medula espinal é amplamente utilizada em estudos morfofuncionais e farmacológicos, inclusive naqueles desenvolvidos no laboratório de Neurobiologia Comparada da UFRGS. Desta forma, este trabalho avaliou, mediante técnica histoquímica, a expressão da atividade NADPH-diaforase em medula espinal lombossacral e gânglio da raiz dorsal (GRD) de rãs Rana catesbeiana , adultas e de ambos os sexos em condições basais. Para isto os animais foram submetidos a uma perfusão intracardíaca para a obtenção dos tecidos os quais, em seguida, foram seccionados (50 J..Lm) e tratados segundo a técnica histoquímica para NADPH-diaforase. Nesses animais, a reação a NADPH-diaforase do GRD localizou-se predominantemente em somas neuronais de grande (35-50 J..Lm) e médio (20-35 J..Lm) diâmetro, sendo esta de forte intensidade nos neurônios de médio diâmetro e de intensidade moderada na maioria dos neurônios grandes. Esta atividade ainda foi observada em somas neuronais de pequeno (10-20 IJ.m) diâmetro, porém esses neurônios foram em pequeno número, mas a atividade quando presente ocorreu com forte intensidade. Já na medula espinal lombossacral a reação a NADPH­ diaforase localizou-se predominantemente em fibras do campo terminal dorsal e na porção dorsal do funículo lateral, sendo esta de forte intensidade. Neurônios intensamente corados foram observados nas regiões da banda mediolateral, do campo terminal ventral e das porções dorsal e ventromedial do corno ventral. Esses neurônios foram do tipo "bitufted" e apresentaram diâmetro médio de 1O Lm. A NADPH-diaforase também ocorreu em fibras localizadas nos funículos laterais e ventrais, as quais tinham intensidade forte. A presença da intensa reação a NADPH-diaforase no GRD e na medula espinal de rãs em estado basal, sugere a participação do NO no processamento de informações somatossensoriais nessa espécie de rã. Como algumas destas regiões reativas a NADPH-diaforase recebem terminações provenientes de receptores nociceptivos, como está demonstrado para o campo terminal dorsal e porção dorsal do funículo lateral, é possível que o NO esteja envolvido nos mecanismos de transmissão nociceptiva em rãs Rana catesbeiana, similar ao que é proposto para os mamíferos. No entanto, estudos adicionais serão necessários para o esclarecime
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