A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conte, Daniel
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Lopes, Nádia da Luz, Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/203647
Resumo: A Literatura Indígena cada vez ganha mais força e voz, tanto em livros quanto em um sistema literário invisível ao cânone, manifesto em espaços como feiras de livro indígenas, coleções de livros e encontros de escritores. Essa materialidade artística envereda a Academia de modo que faz com que repensemos como representamos/abordamos o estereótipo do indígena, gestado ao longo dos séculos, desde a chegada dos invasores no Brasil, bem como de sua representação em obras consagradas. Propomos (re)conhecer esse mundo, seus sistemas de educação, os modos como vivem, como enxergam o “branco” e a sociedade brasileira que, agora, exerce o papel colonialista, antes realizado pelo colonizador português, em um claro processo de repetição arquetípica. Este artigo apresenta a obra Todas as vezes que dissemos adeus (2002), de Kaka Werá Jecupé, como uma escrita pós-colonial, a partir do olhar do próprio indígena. Também abordamos essa narrativa como ponte que atravessa as fronteiras do imaginário factual do conhecimento indígena. Enfrentamos, ainda, o desafio de estudar as trilhas indígenas, os saberes ancestrais, a visão ‘holística’ de suas culturas em tradição circular. Para isso, como fonte teórico-crítica, empregaremos autores como Francisco Noa, Daniel Munduruku e Janice Thiél entre outros.
id UFRGS-2_96f10931516f39fc1847559e05a1955e
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/203647
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Conte, DanielLopes, Nádia da LuzTettamanzy, Ana Lúcia Liberato2019-12-21T04:03:13Z20182317-2983http://hdl.handle.net/10183/203647001105733A Literatura Indígena cada vez ganha mais força e voz, tanto em livros quanto em um sistema literário invisível ao cânone, manifesto em espaços como feiras de livro indígenas, coleções de livros e encontros de escritores. Essa materialidade artística envereda a Academia de modo que faz com que repensemos como representamos/abordamos o estereótipo do indígena, gestado ao longo dos séculos, desde a chegada dos invasores no Brasil, bem como de sua representação em obras consagradas. Propomos (re)conhecer esse mundo, seus sistemas de educação, os modos como vivem, como enxergam o “branco” e a sociedade brasileira que, agora, exerce o papel colonialista, antes realizado pelo colonizador português, em um claro processo de repetição arquetípica. Este artigo apresenta a obra Todas as vezes que dissemos adeus (2002), de Kaka Werá Jecupé, como uma escrita pós-colonial, a partir do olhar do próprio indígena. Também abordamos essa narrativa como ponte que atravessa as fronteiras do imaginário factual do conhecimento indígena. Enfrentamos, ainda, o desafio de estudar as trilhas indígenas, os saberes ancestrais, a visão ‘holística’ de suas culturas em tradição circular. Para isso, como fonte teórico-crítica, empregaremos autores como Francisco Noa, Daniel Munduruku e Janice Thiél entre outros.Native Brazilian Literature increasingly gains strength and voice, both in books and in a literary system invisible to the canon, manifested in spaces such as indigenous book fairs, book collections and writers' gatherings. This artistic materiality embarks the Academy in a way that makes us rethink how we represent/approach the stereotype of the native Brazilian people, born over the centuries, since the arrival of the invaders in Brazil, as well as their representation in consecrated works. We propose to (re)congnize this world, its education system, the ways the population lives, as they perceive the "white" and the Brazilian society that now plays the colonialist role previously carried out by the Portuguese colonizer, in a clear process of archetypal repetition. This article presents the work All the times we said farewell (2002), by Kaka Werá Jecupé, as a postcolonial writing, from the gaze of the native Brazilian himself. We approach this narrative as a bridge that crosses the borders of the factual imaginary of indigenous knowledge. We also face the challenge of studying native brazilian trails, ancestral knowledge, a 'holistic' view of their cultures and circular tradition. For this, as a theoretical-critical source, we will employ authors such as Francisco Noa, Daniel Munduruku and Janice Thiél among others.application/pdfporRevista FSA. Teresina, PI. Vol. 15, n. 4 (jul./ago. 2018), p. [228]-245Escrita indígenaLiteratura indígenaCultura indígenaTradiçãoNative Brazilian literatureAncestryCultureTraditionA escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismoThe indigenous writing as arrow : the ancestral talk in post-colonialisminfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001105733.pdf.txt001105733.pdf.txtExtracted Texttext/plain49830http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/203647/2/001105733.pdf.txt1488cb25cc571695f4178cd8d1bd0258MD52ORIGINAL001105733.pdfTexto completoapplication/pdf203994http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/203647/1/001105733.pdf977adf3b5a89e9f615e9fb5dd35199dcMD5110183/2036472023-09-21 03:39:08.579922oai:www.lume.ufrgs.br:10183/203647Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-09-21T06:39:08Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
dc.title.alternative.en.fl_str_mv The indigenous writing as arrow : the ancestral talk in post-colonialism
title A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
spellingShingle A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
Conte, Daniel
Escrita indígena
Literatura indígena
Cultura indígena
Tradição
Native Brazilian literature
Ancestry
Culture
Tradition
title_short A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
title_full A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
title_fullStr A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
title_full_unstemmed A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
title_sort A escrita indígena como flecha : a fala ancestral no pós-colonialismo
author Conte, Daniel
author_facet Conte, Daniel
Lopes, Nádia da Luz
Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato
author_role author
author2 Lopes, Nádia da Luz
Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Conte, Daniel
Lopes, Nádia da Luz
Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato
dc.subject.por.fl_str_mv Escrita indígena
Literatura indígena
Cultura indígena
Tradição
topic Escrita indígena
Literatura indígena
Cultura indígena
Tradição
Native Brazilian literature
Ancestry
Culture
Tradition
dc.subject.eng.fl_str_mv Native Brazilian literature
Ancestry
Culture
Tradition
description A Literatura Indígena cada vez ganha mais força e voz, tanto em livros quanto em um sistema literário invisível ao cânone, manifesto em espaços como feiras de livro indígenas, coleções de livros e encontros de escritores. Essa materialidade artística envereda a Academia de modo que faz com que repensemos como representamos/abordamos o estereótipo do indígena, gestado ao longo dos séculos, desde a chegada dos invasores no Brasil, bem como de sua representação em obras consagradas. Propomos (re)conhecer esse mundo, seus sistemas de educação, os modos como vivem, como enxergam o “branco” e a sociedade brasileira que, agora, exerce o papel colonialista, antes realizado pelo colonizador português, em um claro processo de repetição arquetípica. Este artigo apresenta a obra Todas as vezes que dissemos adeus (2002), de Kaka Werá Jecupé, como uma escrita pós-colonial, a partir do olhar do próprio indígena. Também abordamos essa narrativa como ponte que atravessa as fronteiras do imaginário factual do conhecimento indígena. Enfrentamos, ainda, o desafio de estudar as trilhas indígenas, os saberes ancestrais, a visão ‘holística’ de suas culturas em tradição circular. Para isso, como fonte teórico-crítica, empregaremos autores como Francisco Noa, Daniel Munduruku e Janice Thiél entre outros.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-12-21T04:03:13Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/203647
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2317-2983
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001105733
identifier_str_mv 2317-2983
001105733
url http://hdl.handle.net/10183/203647
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista FSA. Teresina, PI. Vol. 15, n. 4 (jul./ago. 2018), p. [228]-245
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/203647/2/001105733.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/203647/1/001105733.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 1488cb25cc571695f4178cd8d1bd0258
977adf3b5a89e9f615e9fb5dd35199dc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224980695875584