Análise comportamental da associação de exposição pré-natal à lipopolissacarídeo e asfixia intrauterina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/102608 |
Resumo: | A exposição do encéfalo em desenvolvimento a insultos como infecções maternas e asfixia perinatal pode provocar lesões neurológicas permanentes que constituem o substrato da Paralisia Cerebral (PC). Visto que determinadas alterações funcionais comumente observadas em pacientes com PC são pouco mimetizadas nos modelos experimentais desta patologia em ratos, o objetivo desse estudo foi analisar se a combinação da inflamação pré-natal por lipopolissacarídeo (LPS) e asfixia intrauterina reproduz, em ratos, as alterações funcionais encontradas em pacientes com PC. Todos os procedimentos desse estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética da UFRGS (no. 18450). O LPS ou salina foram administrados via i.p. em ratas prenhes entre o 17º e o 21º dia gestacional e no 22º, foi realizada a asfixia intrauterina, através de uma cesariana, obtendo-se neonatos asfixiados e controles. Os animais foram divididos nos seguintes grupos experimentais: Controle, Asfixia, LPS e LPS-Asfixia. Os filhotes foram pesados diariamente entre o 1º e 14º dia pós-natal (P1 ao P14) e no P30. O desenvolvimento motor foi avaliado pela bateria de testes dos marcos do desenvolvimento entre o P3 e P14. Aos 29 dias, os animais foram submetidos às avaliações no rotarod, suspensão na barra e teste de objeto reposicionado para analisar respectivamente, equilíbrio e coordenação, força muscular e memória espacial. Os resultados mostraram que a inflamação gestacional, combinada ou não à asfixia, diminuiu o peso corporal dos filhotes a ela submetidos, bem como atrasou o desenvolvimento da resposta de sobressalto e colocação do membro posterior e acelerou a preensão palmar. Não foi detectado déficit em nenhum dos grupos experimentais nos testes de rotarod, suspensão na barra e teste de objeto reposicionado. Logo, o modelo experimental testado nesse estudo causa alterações sutis do desenvolvimento, mas não provoca disfunções motoras severas como as observadas no âmbito clínico, nem causa danos cognitivos característicos de humanos expostos a esses insultos no período gestacional. |
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