Cercamento do Parque Farroupilha Porto Alegre/RS : redenção ou prisão?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/188374 |
Resumo: | A paisagem é um ponto de partida interessante para descobrir as relações de uma sociedade com seu meio, bem como suas controvérsias e conflitos que lhes são inerentes. Ela é uma imagem que expressa os aspectos subjetivos da natureza e da vida cotidiana e que revela as heterogeneidades e as homogeneidades complexas das formas e do seu entrelaçamento com as ações de apropriação e transformação pela(s) sociedade(s) humana(s). Tendo isso em vista, os pesquisadores do Laboratório da Paisagem (PAGUS – Departamento de Geografia – IGEO – UFRGS) buscaram experimentar diferentes ferramentas teórico-metodológicas ao realizar uma intervenção efêmera in loco em uma paisagem urbana, e assim, estimular o debate sobre as controvérsias que lhe são inerentes. A problemática escolhida foi a proposta de cercamento do Parque da Redenção, oficialmente denominado Parque Farroupilha, discutida na Câmara de Vereadores de Porto Alegre (RS) e na mídia local desde a década de 1990. Em uma área próxima ao lago Guaíba e ao Centro Histórico da cidade, os 40 hectares de área verde com diversos ambientes são um importante marco da paisagem de Porto Alegre Caso fossem cercados, quais os aspectos da paisagem e outros que se agregam a ela que estariam sendo alterados? Como realizar uma intervenção para sensibilizar a população sobre as implicações do cercamento, ou não, do parque? Desde essas questões realizouse uma intervenção em 08 de novembro de 2014, cujos registros orientaram o debate e a produção deste texto e de um vídeo. Neste artigo, procuramos inicialmente realizar uma contextualização sobre a paisagem estudada e a tensão evocada pela proposta de alterá-la mediante a instalação de uma cerca. A seguir relatamos a intervenção realizada no local pelo grupo, como ferramenta metodológica para estimular diferentes reações e assim registrar as sensações e opiniões da população frente à alteração provocada naquela paisagem. Posteriormente, apresentamos reflexões sobre diferentes aspectos e implicações que o fechamento do parque poderá acarretar. |
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Verdum, RobertoCaron, Daniele2019-01-30T02:33:24Z20152446-7251http://hdl.handle.net/10183/188374001083716A paisagem é um ponto de partida interessante para descobrir as relações de uma sociedade com seu meio, bem como suas controvérsias e conflitos que lhes são inerentes. Ela é uma imagem que expressa os aspectos subjetivos da natureza e da vida cotidiana e que revela as heterogeneidades e as homogeneidades complexas das formas e do seu entrelaçamento com as ações de apropriação e transformação pela(s) sociedade(s) humana(s). Tendo isso em vista, os pesquisadores do Laboratório da Paisagem (PAGUS – Departamento de Geografia – IGEO – UFRGS) buscaram experimentar diferentes ferramentas teórico-metodológicas ao realizar uma intervenção efêmera in loco em uma paisagem urbana, e assim, estimular o debate sobre as controvérsias que lhe são inerentes. A problemática escolhida foi a proposta de cercamento do Parque da Redenção, oficialmente denominado Parque Farroupilha, discutida na Câmara de Vereadores de Porto Alegre (RS) e na mídia local desde a década de 1990. Em uma área próxima ao lago Guaíba e ao Centro Histórico da cidade, os 40 hectares de área verde com diversos ambientes são um importante marco da paisagem de Porto Alegre Caso fossem cercados, quais os aspectos da paisagem e outros que se agregam a ela que estariam sendo alterados? Como realizar uma intervenção para sensibilizar a população sobre as implicações do cercamento, ou não, do parque? Desde essas questões realizouse uma intervenção em 08 de novembro de 2014, cujos registros orientaram o debate e a produção deste texto e de um vídeo. Neste artigo, procuramos inicialmente realizar uma contextualização sobre a paisagem estudada e a tensão evocada pela proposta de alterá-la mediante a instalação de uma cerca. A seguir relatamos a intervenção realizada no local pelo grupo, como ferramenta metodológica para estimular diferentes reações e assim registrar as sensações e opiniões da população frente à alteração provocada naquela paisagem. Posteriormente, apresentamos reflexões sobre diferentes aspectos e implicações que o fechamento do parque poderá acarretar.The landscape is an interesting departure point to undercover the relations between a society and its environment, with its inherent controversies and conflicts. The landscape is an image that expresses subjective aspects of nature and daily life and that reveals the complex heterogeneities and homogeneities of the shapes and its entanglement with appropriation and transformation actions performed by human society(ies). Bearing that, researchers from the Landscape Laboratory (PAGUS – Geography Department – IGEO – UFRGS) tried to experiment different theoretical and methodological tools when doing a temporary intervention at a specific urban landscape. In doing so, the group expected to stimulate the debate on the controversies inherent to that particular landscape. The chosen issue was the argument around the proposal of putting a fence around Porto Alegre’s (Brazil) main urban park (Parque da Redenção), raised by the city’s legislative and by the local media since the 1990’s. In a 40 green hectares area with different settings, the park, which is near Lake Guaíba and the city’s historic district, is an important attribute of Porto Alegre’s landscape Supposing the park was to be bounded, which are the aspects of its landscape and correlated features that would be modified? How to perform an intervention to raise the population’s awareness about the park is fencing, or not fencing? Deriving from these questions the intervention was performed on November 8 2014. Its records guided the discussion and the making of this text and of a video. This particular work is structured as it follows: firstly, the group presents a contextualization of the studied landscape and the tension evoked by the proposal of changing its dynamic through its bounding. Secondly, we report a site intervention performed by this research group, as well as the record of population’s feelings and opinions about that momentary landscape change. Finally, we present reflections about the implications that the park’s fencing may cause.application/pdfporBoletim geografico do Rio Grande do Sul. n. 25 (ago. 2015), p. 123-148Parques publicosPaisagemIntervençãoCercamentoParque Farroupilha (Porto Alegre, RS)LandscapeBoundingUrban parkInterventionParque da RedençãoCercamento do Parque Farroupilha Porto Alegre/RS : redenção ou prisão?Fencing Parque Farroupilha Porto Alegre/RS : redemption or prision?info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001083716.pdf.txt001083716.pdf.txtExtracted Texttext/plain71331http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188374/2/001083716.pdf.txtac971c793d6cc6d07ee74efebc786190MD52ORIGINAL001083716.pdfTexto completoapplication/pdf773283http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188374/1/001083716.pdfc7bc0a49e35ef376b3adfe788032e43aMD5110183/1883742019-01-31 02:33:24.64263oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188374Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-01-31T04:33:24Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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