Aspectos da micro e minigeração fotovoltaica aplicados às edificações prediais

• Autor(a) principal: Bussolo, Eduardo Kunz
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/179423
• topic: Engenharia elétrica; Photovoltaic systems; Discounted payback; Photovoltaic minigeneration; Distributed generation; Commercial buildings edifications

Após cinco anos da publicação da Resolução Normativa Nº482/2012 (REN nº482), onde se permitiu ao consumidor de energia elétrica passar a ser gerador de sua própria energia, presencia-se atualmente um crescimento das unidades consumidoras (UCs) atendidas com módulos fotovoltaicos (12.375 unidades). Desse aumento de UCs, a conexão com o sistema possibilitada ao pequeno e médio consumidor modificará o perfil de carga das distribuidoras de energia elétrica. Por outro lado, não sobrecarregará as redes de distribuição que têm nas edificações prediais, relevante parcela de energia requisitada por alimentadores. Tendo em vista esse panorama e a legislação atual, neste trabalho pretende-se apresentar analogias e conceitos recentes que se aplicam à necessidade do aumento da demanda nas redes urbanas, supridas por instalações elétricas com geração distribuída baseadas em micro e minigeração fotovoltaica, uma fonte renovável de energia de prática instalação e de futuro cada vez mais importante, uma vez que as redes de distribuição elétrica nos meios urbanos se encontram limitadas tanto física quanto espacialmente. Partindo dessa premissa, foi feito um estudo de caso em uma edificação comercial localizada no centro de Porto Alegre, analisando os impactos no balanço de consumo de energia e o seu retorno financeiro, caso se adicionassem módulos fotovoltaicos à estrutura Além disso, foram analisados dados reais do mercado de energia elétrica, que já comprovam a importância do tema, auxiliando o consumidor a tomar decisões com base na demanda, localização e custos envolvidos no processo de adequação por meio de propostas comerciais. Mostrou-se que mesmo em um prédio comercial de elevado consumo mensal de energia elétrica, é viável a instalação do projeto fotovoltaico. Como resultado, o investimento com base no modelo da proposta mais cara encontrada foi restituído em 14 anos e 7 meses num período de 20 anos, construído sobre a análise de payback modificado. Uma representação em 3-D da edificação foi feita, e também um diagrama unifilar, mostrando a atual e a futura instalação, que contaria com 326 kWp, 972 módulos fotovoltaicos e 4 inversores. Adicionalmente, também, é importante o registro sobre a redução da emissão de poluentes, que no estudo feito deixariam de ser emitidas cerca de 536 toneladas de gás carbônico.Esse tipo de consumo renovável no meio urbano já demonstrou sucesso em outros países, como exemplo na Alemanha, que mesmo possuindo um potencial fotovoltaico muito inferior ao Brasil já possui diversas unidades adeptas a esse tipo de fonte de energia.