Análise de uma variante gênica do receptor de quimiocinas CCR5 em pacientes do Rio Grande do Sul com lúpus eritomatoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schauren, Juliana da Silveira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/31117
Resumo: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune que tem como características a inflamação em diversos órgãos e a formação de imunocomplexos. O CCR5 é um importante receptor de quimiocinas no processo inflamatório, e sua variante alélica mais conhecida, o CCR5Δ32, gera uma proteína truncada que não chega à superfície celular alterando a resposta destas células durante a inflamação. O objetivo deste estudo foi analisar a frequência alélica e genotípica do CCR5Δ32 em pacientes com LES do Rio Grande do Sul e verificar uma possível associação destas frequências com características clínicas e sintomatologia dos pacientes em questão. Para isto, foram analisados 354 pacientes com LES e 360 controles. Nossos dados não indicaram associação desta variante com a suscetibilidade ao LES, entretanto, uma importante associação entre o alelo e o desenvolvimento de nefrite lúpica foi observada em pacientes afro-descendentes. Além disso, observamos que a maioria dos pacientes que possuíam o CCR5Δ32 e apresentavam nefrite estavam classificados na classe mais severa, a classe IV. Afro-descendentes portadores do alelo variante apresentaram 36,57 vezes mais chance de desenvolver nefrite classe IV em comparação com afro-descendentes sem o alelo. A análise multivariada controlando para presença de anticorpos anti-DNA, hipertensão e idade no diagnóstico resultou em um risco relativo 4,05 vezes maior de um paciente com o alelo CCR5Δ32 desenvolver nefrite classe IV. Nossos dados indicam que o alelo CCR5Δ32 é um importante modificador no LES podendo ser considerado um fator de suscetibilidade à nefrite lúpica, e que em afro-descendentes, talvez devido a uma maior susceptibilidade genética já existente, este fator é mais evidente.
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