Avaliação das referências a uma unidade de cirurgia buco-maxilo-facial em atenção terciária : o impacto da regulação na dinâmica do serviço

• Autor(a) principal: Marques, Bruno Dutra
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/199217
• topic: Regulação sanitária; Acesso aos serviços de saúde; Saúde bucal; Health regulation; Health services accessibility; Oral health

INTRODUÇÃO: As medidas de regulação de serviços de saúde caracterizam-se por um mecanismo de equilíbrio entre a oferta e a demanda. Essas medidas buscam oferecer serviços e recursos assistenciais de acordo com as necessidades da população, objetivando a oferta de uma assistência de qualidade e baseada nos princípios norteadores do SUS, podendo transformar-se em um poderoso dispositivo de equalização social, diminuindo a desigualdade entre as instituições públicas e privadas, além de equilibrar a relação entre a demanda e oferta, tornando-as compatíveis com a realidade dos usuários. OBJETIVO: Determinar a relação entre a presença do cirurgião-dentista no processo de regulação e a conformidade com os critérios de referência e contra referência de pacientes à atenção terciária em Odontologia, e seus impactos dinâmica do serviço. METODOLOGIA: Estudo observacional transversal, de caráter retrospectivo. Os dados foram coletados através da revisão de prontuários de pacientes que foram referenciados à Unidade de Cirurgia Buco-maxilo-facial do HCPA no período de janeiro de 2012 a janeiro de 2017. RESULTADOS: A idade média da amostra é de 39,82 (±31,2) anos. A cidade de Porto Alegre é responsável por 42,3%, das referências. Destas 41,0% são do sexo masculino, e 59,0% do sexo feminino; 57,7% residem em outros municípios do Estado do Rio Grande do Sul, sendo 41,8% do sexo masculino e 58,2% do sexo feminino. A raça mais prevalente é a branca (84,3%), negros somaram 9,9% e pardos 5,7%. Em relação à condição sistêmica dos pacientes, ASA I é mais prevalente entre os pacientes de Porto Alegre, e ASA III a mais comum entre pacientes dos demais municípios. Os pacientes de Porto Alegre têm suas condições diagnosticadas com maior acurácia, pela atenção básica, e 62,3% apresentam quadros clínicos que justificavam o atendimento junto à atenção terciária, entre os pacientes referenciados pelos demais municípios, o índice é de 33,8%. CONCLUSÕES: Os resultados do estudo apontam para a necessidade de uma integração maior da rede, contemplando os diferentes níveis de assistência, e redefinição de fluxos. A regulação da atenção em saúde bucal por um cirurgião-dentista se faz necessária uma vez que, na ausência desta, somente um terço dos pacientes referenciados preenchem os critérios de encaminhamento.