Segurança do trabalho no cultivo de tabaco sob a percepção dos agentes-chave da cadeia produtiva no município de Canguçu/RS

• Autor(a) principal: Pereira, Rerbert Lessa
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/256264
• topic: Desenvolvimento rural; Tabaco; Cadeia produtiva; Canguçu (RS); Agrochemical; Personal protective equipment; Occupational risks; Tobacco

O Brasil é o segundo maior produtor de tabaco e líder de exportações de tabaco em folha desde 1993. O cultivo do produto tem relevância econômica e social para o país, gerando emprego e renda e contribuindo para a balança comercial. Além disso, essa produção centenária oportuniza rentabilidade para pequenas propriedades rurais, o que viabiliza a permanência das famílias no campo. Nesse contexto se destaca o município de Canguçu/RS, cuja economia essencialmente agrícola, sobretudo baseada na agricultura familiar, congrega cerca de 16 mil pequenas propriedades rurais. Atualmente, a cadeia produtiva do tabaco no município conta com cerca de 5.378 produtores em uma área de aproximadamente 8.767 hectares, cuja produtividade média corresponde a 2.389 quilos por hectare. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a percepção dos agentes-chave da cadeia produtiva de tabaco do município de Canguçu/RS no que se refere às condições de trabalho dos produtores rurais quanto à segurança e a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Para tanto, empregou-se uma pesquisa de campo por meio da coleta de dados primários junto a seis agentes-chave da referida cadeia produtiva, que se caracteriza como o objeto de estudo analisado. Por meio da análise do conteúdo das entrevistas realizadas, constatou-se que existem múltiplas lacunas a serem preenchidas em relação a forma como as empresas do setor fumageiro transmitem as orientações e os treinamentos aos produtores rurais, principalmente no que concerne aos riscos inerentes ao cultivo, a exposição à agentes ocupacionais e ao uso adequado de EPIs. Por fim, elencaram-se proposições com vistas à segurança no cultivo de tabaco, a efetividade dos treinamentos, a fiscalização e a utilização dos equipamentos de proteção individual, bem como acerca da aplicação de agrotóxicos e seus riscos.