Esofagite eosinofílica em 29 pacientes pediátricos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Cristina Helena Targa
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Vieira, Mário César, Vieira, Sandra Maria Gonçalves, Silva, Giovana Stival da, Yamamoto, Danielle Reis, Silveira, Themis Reverbel da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/38935
Resumo: Racional - A esofagite eosinofílica é uma entidade recentemente descrita, caracterizada por sintomas esofágicos, semelhantes aos da doença por refluxo gastroesofágico e importante eosinofilia esofágica. Objetivo - Apresentação de 29 pacientes com esofagite eosinofílica, discutindo as características clínicas, diagnóstico, tratamento e evolução. Métodos - Foram identificados 29 pacientes (22 do sexo masculino) com idade entre 1 e 18 anos, nos quais as biopsias de esôfago demonstraram contagem de 20 ou mais eosinófilos/campo de grande aumento, sem infiltração eosinofílica em antro e/ou duodeno. Avaliaram-se as manifestações clínicas, achados endoscópicos e histológicos, tratamento e evolução. Resultados - Os sintomas mais freqüentes foram vômitos em 15 pacientes (52%) e dor abdominal em 11 (38%). Os pacientes com idade inferior a 4 anos apresentavam recusa alimentar e baixo peso. Os com idades entre 5 e 8 anos apresentavam predominantemente dor abdominal e/ou pirose e/ou vômitos. Os pacientes com mais de 8 anos apresentavam dor abdominal, disfagia e/ou impactação alimentar eventual. Os achados endoscópicos incluíram estrias verticais em 14 pacientes (48%), pontilhado branco em 12 (41%), anéis circulares em 2 (7%) e esofagite erosiva em 3 (10%). Em sete pacientes a endoscopia foi normal (24%). O tratamento incluiu fluticasona tópica em 19 pacientes e restrição dietética em 7. Os pacientes acompanhados apresentaram resposta favorável ao tratamento, com melhora ou remissão dos sintomas. Onze pacientes que foram submetidos a endoscopia de controle pós-tratamento apresentaram diminuição significativa do número de eosinófilos no esôfago. Conclusões - A esofagite eosinofílica deve ser considerada quando há sintomas de refluxo, que não respondem ao tratamento habitual. Os exames endoscópicos devem ser acompanhados de biopsias com análise detalhada do número de eosinófilos.
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spelling Ferreira, Cristina Helena TargaVieira, Mário CésarVieira, Sandra Maria GonçalvesSilva, Giovana Stival daYamamoto, Danielle ReisSilveira, Themis Reverbel da2012-04-10T01:21:14Z20080004-2803http://hdl.handle.net/10183/38935000718734Racional - A esofagite eosinofílica é uma entidade recentemente descrita, caracterizada por sintomas esofágicos, semelhantes aos da doença por refluxo gastroesofágico e importante eosinofilia esofágica. Objetivo - Apresentação de 29 pacientes com esofagite eosinofílica, discutindo as características clínicas, diagnóstico, tratamento e evolução. Métodos - Foram identificados 29 pacientes (22 do sexo masculino) com idade entre 1 e 18 anos, nos quais as biopsias de esôfago demonstraram contagem de 20 ou mais eosinófilos/campo de grande aumento, sem infiltração eosinofílica em antro e/ou duodeno. Avaliaram-se as manifestações clínicas, achados endoscópicos e histológicos, tratamento e evolução. Resultados - Os sintomas mais freqüentes foram vômitos em 15 pacientes (52%) e dor abdominal em 11 (38%). Os pacientes com idade inferior a 4 anos apresentavam recusa alimentar e baixo peso. Os com idades entre 5 e 8 anos apresentavam predominantemente dor abdominal e/ou pirose e/ou vômitos. Os pacientes com mais de 8 anos apresentavam dor abdominal, disfagia e/ou impactação alimentar eventual. Os achados endoscópicos incluíram estrias verticais em 14 pacientes (48%), pontilhado branco em 12 (41%), anéis circulares em 2 (7%) e esofagite erosiva em 3 (10%). Em sete pacientes a endoscopia foi normal (24%). O tratamento incluiu fluticasona tópica em 19 pacientes e restrição dietética em 7. Os pacientes acompanhados apresentaram resposta favorável ao tratamento, com melhora ou remissão dos sintomas. Onze pacientes que foram submetidos a endoscopia de controle pós-tratamento apresentaram diminuição significativa do número de eosinófilos no esôfago. Conclusões - A esofagite eosinofílica deve ser considerada quando há sintomas de refluxo, que não respondem ao tratamento habitual. Os exames endoscópicos devem ser acompanhados de biopsias com análise detalhada do número de eosinófilos.Background - Eosinophilic esophagitis is a recently described entity with esophageal symptoms like gastroesophageal reflux disease and significant esophageal eosinophilic infiltration. Aim - To present our clinical series of 29 children with eosinophilic esophagitis, describing the clinical and diagnostic features, treatment and outcome. Methods - We describe 29 patients (22 boys), 1-18 years-old, with 20 eosinophils per high-power field in esophageal biopsy specimens and absence of eosinophilic inflammation in the stomach and duodenum. Evaluation of the clinical, endoscopic and histologic findings, treatment and outcome was undertaken. Results - The most common presenting symptoms included vomiting in 15 patients (52%) and abdominal pain in 11 patients (38%). Children under the age of 4 years presented with feeding disorder and failure to thrive. Patients between 5 and 8 years of age presented commonly with abdominal pain or symptoms that may be associated with reflux (heartburn and/or vomiting). Patients over the age of 8 presented most often with abdominal pain, dysphagia and occasional food impaction. Endoscopic features included vertical furrowing in 14 patients (48%), whitish papules in 12 (41%), corrugated rings in 2 patients (7%) and esophageal erosions in 3 patients (10%). In seven patients endoscopy was normal (24%). Treatment included swallowed fluticasone propionate in 19 patients and restriction diet in 7 patients. Patients who returned for follow-up had either improvement or remission of symptoms. After treatment, endoscopic biopsies were repeated in 11 patients, and a significant decrease in esophageal eosinophil counts was observed. Conclusions - The diagnosis of eosinophilic esophagitis must be considered when symptoms of reflux do not respond to conventional treatment. Upper gastrointestinal endoscopy must be complemented by a detailed analysis of histologic findings and eosinophil counts.application/pdfporArquivos de gastroenterologia. São Paulo. Vol. 45, n. 2 (abr./jun. 2008), p. 141-146EsofagiteEosinofiliaCriançaEsophagitisEosinophiliaChildEsofagite eosinofílica em 29 pacientes pediátricosEosinophilic esophagitis in 29 pediatric patients info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000718734.pdf000718734.pdfTexto completoapplication/pdf287748http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/38935/1/000718734.pdf73e78bd421d61e3ca3c84ff42635eb11MD51TEXT000718734.pdf.txt000718734.pdf.txtExtracted Texttext/plain37289http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/38935/2/000718734.pdf.txtc97c979c67e382ca8c7f904bbf826d34MD52THUMBNAIL000718734.pdf.jpg000718734.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1891http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/38935/3/000718734.pdf.jpgcd975133b80388c470c4ab346c538245MD5310183/389352024-10-27 06:51:22.508033oai:www.lume.ufrgs.br:10183/38935Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-10-27T09:51:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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