Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Makdisse, Marcia Regina Pinho
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Pereira, Alexandre da Costa, Brasil, David de Pádua, Borges, Jairo Lins, Machado-Coelho, George Luiz Lins, Krieger, Jose Eduardo, Nascimento Neto, Raimundo Marques do, Chagas, Antonio Carlos Palandri, Moreira, Leila Beltrami
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/116912
Resumo: Fundamentos: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) está associada ao maior índice de risco cardiovascular. No Brasil, faltam dados sobre sua prevalência e fatores de risco. Objetivos: Avaliar prevalência e fatores de risco associados à DAOP nas cidades brasileiras com < cem mil habitantes. Método: Estudo transversal, multicêntrico, que avaliou 1.170 indivíduos (<! 18 anos), em 72 centros urbanos, participantes do Projeto Corações do Brasil. O diagnóstico de DAOP baseou-se na medida do índice tornozelo-braquial (ITB) 0,90. A análise estatística utilizou teste Qui-quadrado (Pcarson) corrigido para amostras complexas e intervalos de confiança. P < 0,05 foi considerado significativo. Resultado: A prevalência de DAOP foi de 10,5% e apenas 9% dos portadores da doença apresentaram claudicação. A DAOP esteve associada à presença de diabetes, obesidade total e abdominal, acidente vascular cerebral (AVC) e doença isquêmica do coração (010. Houve tendência a maior prevalência de DAOP na presença de hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal dialítica e tabagismo >20 anos/maço. Mulheres coronariopatas apresentaram risco 4,9 vezes maior de ter DAOP, do que aquelas sem coronariopatia e, entre homens diabéticos, o risco de DAOP foi 6,6 maior em comparação aos não diabéticos. Conclusão: A prevalência de DAOP foi elevada, considerando-se a baixa média de idade da população avaliada (44±14,7 anos). A minoria dos portadores apresentava claudicação, o que denota o grande contingente de indivíduos assintomáticos. Os fatores mais fortemente associados à doença foram diabetes, obesidade, AVC e DIC. Os autores concluíram que a medida do ITB deve ser considerada na avaliação de pacientes de moderado e alto risco cardiovascular. (Arq Bras Cardiol 2008;91 (6):402-414)
id UFRGS-2_9e6aa37766fccceaa2676f9ee229cb00
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/116912
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Makdisse, Marcia Regina PinhoPereira, Alexandre da CostaBrasil, David de PáduaBorges, Jairo LinsMachado-Coelho, George Luiz LinsKrieger, Jose EduardoNascimento Neto, Raimundo Marques doChagas, Antonio Carlos PalandriMoreira, Leila Beltrami2015-05-22T02:00:21Z20080066-782Xhttp://hdl.handle.net/10183/116912000939102Fundamentos: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) está associada ao maior índice de risco cardiovascular. No Brasil, faltam dados sobre sua prevalência e fatores de risco. Objetivos: Avaliar prevalência e fatores de risco associados à DAOP nas cidades brasileiras com < cem mil habitantes. Método: Estudo transversal, multicêntrico, que avaliou 1.170 indivíduos (<! 18 anos), em 72 centros urbanos, participantes do Projeto Corações do Brasil. O diagnóstico de DAOP baseou-se na medida do índice tornozelo-braquial (ITB) 0,90. A análise estatística utilizou teste Qui-quadrado (Pcarson) corrigido para amostras complexas e intervalos de confiança. P < 0,05 foi considerado significativo. Resultado: A prevalência de DAOP foi de 10,5% e apenas 9% dos portadores da doença apresentaram claudicação. A DAOP esteve associada à presença de diabetes, obesidade total e abdominal, acidente vascular cerebral (AVC) e doença isquêmica do coração (010. Houve tendência a maior prevalência de DAOP na presença de hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal dialítica e tabagismo >20 anos/maço. Mulheres coronariopatas apresentaram risco 4,9 vezes maior de ter DAOP, do que aquelas sem coronariopatia e, entre homens diabéticos, o risco de DAOP foi 6,6 maior em comparação aos não diabéticos. Conclusão: A prevalência de DAOP foi elevada, considerando-se a baixa média de idade da população avaliada (44±14,7 anos). A minoria dos portadores apresentava claudicação, o que denota o grande contingente de indivíduos assintomáticos. Os fatores mais fortemente associados à doença foram diabetes, obesidade, AVC e DIC. Os autores concluíram que a medida do ITB deve ser considerada na avaliação de pacientes de moderado e alto risco cardiovascular. (Arq Bras Cardiol 2008;91 (6):402-414)application/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 91, n. 6 (dez. 2008), p. 402-414Arteriopatias oclusivasFatores de riscoClaudicação intermitenteArterial occlusive diseasesPrevalenceRisk factorsBrazilIntermittent claudicationPrevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do BrasilPrevalence and risk factors associated with peripheral arterial disease in the Hearts of Brazil Project info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000939102.pdf000939102.pdfTexto completoapplication/pdf329907http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116912/1/000939102.pdf247586872eaf386014d793e2730cd90fMD51TEXT000939102.pdf.txt000939102.pdf.txtExtracted Texttext/plain52947http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116912/2/000939102.pdf.txtd274f671e62e9eadbc7dfa5b0326aceeMD52THUMBNAIL000939102.pdf.jpg000939102.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1717http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116912/3/000939102.pdf.jpg6d4e45d464ce963d2ec9edd388ad432eMD5310183/1169122019-01-11 04:08:36.926224oai:www.lume.ufrgs.br:10183/116912Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-01-11T06:08:36Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Prevalence and risk factors associated with peripheral arterial disease in the Hearts of Brazil Project
title Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
spellingShingle Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
Makdisse, Marcia Regina Pinho
Arteriopatias oclusivas
Fatores de risco
Claudicação intermitente
Arterial occlusive diseases
Prevalence
Risk factors
Brazil
Intermittent claudication
title_short Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
title_full Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
title_fullStr Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
title_full_unstemmed Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
title_sort Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil
author Makdisse, Marcia Regina Pinho
author_facet Makdisse, Marcia Regina Pinho
Pereira, Alexandre da Costa
Brasil, David de Pádua
Borges, Jairo Lins
Machado-Coelho, George Luiz Lins
Krieger, Jose Eduardo
Nascimento Neto, Raimundo Marques do
Chagas, Antonio Carlos Palandri
Moreira, Leila Beltrami
author_role author
author2 Pereira, Alexandre da Costa
Brasil, David de Pádua
Borges, Jairo Lins
Machado-Coelho, George Luiz Lins
Krieger, Jose Eduardo
Nascimento Neto, Raimundo Marques do
Chagas, Antonio Carlos Palandri
Moreira, Leila Beltrami
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Makdisse, Marcia Regina Pinho
Pereira, Alexandre da Costa
Brasil, David de Pádua
Borges, Jairo Lins
Machado-Coelho, George Luiz Lins
Krieger, Jose Eduardo
Nascimento Neto, Raimundo Marques do
Chagas, Antonio Carlos Palandri
Moreira, Leila Beltrami
dc.subject.por.fl_str_mv Arteriopatias oclusivas
Fatores de risco
Claudicação intermitente
topic Arteriopatias oclusivas
Fatores de risco
Claudicação intermitente
Arterial occlusive diseases
Prevalence
Risk factors
Brazil
Intermittent claudication
dc.subject.eng.fl_str_mv Arterial occlusive diseases
Prevalence
Risk factors
Brazil
Intermittent claudication
description Fundamentos: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) está associada ao maior índice de risco cardiovascular. No Brasil, faltam dados sobre sua prevalência e fatores de risco. Objetivos: Avaliar prevalência e fatores de risco associados à DAOP nas cidades brasileiras com < cem mil habitantes. Método: Estudo transversal, multicêntrico, que avaliou 1.170 indivíduos (<! 18 anos), em 72 centros urbanos, participantes do Projeto Corações do Brasil. O diagnóstico de DAOP baseou-se na medida do índice tornozelo-braquial (ITB) 0,90. A análise estatística utilizou teste Qui-quadrado (Pcarson) corrigido para amostras complexas e intervalos de confiança. P < 0,05 foi considerado significativo. Resultado: A prevalência de DAOP foi de 10,5% e apenas 9% dos portadores da doença apresentaram claudicação. A DAOP esteve associada à presença de diabetes, obesidade total e abdominal, acidente vascular cerebral (AVC) e doença isquêmica do coração (010. Houve tendência a maior prevalência de DAOP na presença de hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal dialítica e tabagismo >20 anos/maço. Mulheres coronariopatas apresentaram risco 4,9 vezes maior de ter DAOP, do que aquelas sem coronariopatia e, entre homens diabéticos, o risco de DAOP foi 6,6 maior em comparação aos não diabéticos. Conclusão: A prevalência de DAOP foi elevada, considerando-se a baixa média de idade da população avaliada (44±14,7 anos). A minoria dos portadores apresentava claudicação, o que denota o grande contingente de indivíduos assintomáticos. Os fatores mais fortemente associados à doença foram diabetes, obesidade, AVC e DIC. Os autores concluíram que a medida do ITB deve ser considerada na avaliação de pacientes de moderado e alto risco cardiovascular. (Arq Bras Cardiol 2008;91 (6):402-414)
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-05-22T02:00:21Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/116912
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0066-782X
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000939102
identifier_str_mv 0066-782X
000939102
url http://hdl.handle.net/10183/116912
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Arquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 91, n. 6 (dez. 2008), p. 402-414
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116912/1/000939102.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116912/2/000939102.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/116912/3/000939102.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 247586872eaf386014d793e2730cd90f
d274f671e62e9eadbc7dfa5b0326acee
6d4e45d464ce963d2ec9edd388ad432e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487287969873920