“História da Inglaterra”, de Jane Austen : comentários sobre um exercício de tradução
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/187884 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é apresentar um comentário sobre “História da Inglaterra”, um texto escrito por Jane Austen quando tinha quinze anos, que integra a coletânea dos primeiros escritos da autora conhecida como Juvenilia. Percebe-se já nesses primeiros textos que Austen começava a desenvolver as habilidades que mais tarde a tornariam conhecida pelo grande domínio do humor e da ironia na língua inglesa. Na Juvenilia, essas técnicas não estão aperfeiçoadas, ainda não servem para montar o painel da vida da pequena nobreza rural do sul da Inglaterra pelo qual Austen seria mais tarde reconhecida. Durante minha graduação, tive a oportunidade de atuar como Bolsista de Iniciação Científica, tendo como foco de estudos a obra de Jane Austen. Pude também traduzir “História da Inglaterra” para a disciplina de Estágio Supervisionado de Tradução I. Essas duas frentes de atuação fizeram com que eu percebesse o quanto da Austen madura já é visível na Juvenilia, e o quanto falta ainda a percorrer até ela apurar a visão tão aguçada da sociedade que se tornaria sua marca registrada. Dessa forma, a presente monografia vem estruturada em duas partes. A primeira apresenta as questões de fundo que surgiram durante o processo de tradução de “História da Inglaterra”, quando me perguntava se as sutilezas do humor de Austen e a apresentação do contexto social estavam claras para meu leitor-alvo, um leitor universitário brasileiro da área das Humanidades. Em que medida a tradução desse humor ainda tosco de Austen viajaria bem em tradução? Para os esclarecimentos sobre o pano de fundo, utilizo dados factuais extraídos de duas biografias de Austen: aquela escrita por seu sobrinho, James Edward Austen-Leigh (1869); e a que é considerada a mais atualizada, de Deirdre Le Faye (2002). Para o trato com a História, recorro ao livro Uma Breve História da Inglaterra (2012), de Elvio Funck, por se tratar de um autor brasileiro muito experiente, que é professor especializado em cultura inglesa. Para verificar como se constrói o humor, busco apoio em artigos de John Lauber (2017) e Candace Nolan-Grant (2017). A segunda parte do trabalho apresenta e comenta a tradução que fiz de “História da Inglaterra” do inglês para o português. As considerações desta seção refletem a preocupação da tradutora em transpor o texto de uma cultura para outra, fazendo o possível para alcançar o mesmo tipo de efeito no leitor do contexto original. Isso inclui até mesmo a questão de como lidar com a forma mais tosca de escrita que temos na fase inicial. Como apoio teórico-crítico para os estudos de tradução, me baseio na Teoria Funcionalista de Christiane Nord (2005). Espero, assim, que este trabalho possa servir como um recurso útil para aproximar os leitores brasileiros que se interessam por Austen e pelos estudos de tradução de mais uma obra escrita por essa grande escritora. |
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Pina, Gabriela SilveiraMaggio, Sandra Sirangelo2019-01-18T02:31:32Z2017http://hdl.handle.net/10183/187884001078777O objetivo deste trabalho é apresentar um comentário sobre “História da Inglaterra”, um texto escrito por Jane Austen quando tinha quinze anos, que integra a coletânea dos primeiros escritos da autora conhecida como Juvenilia. Percebe-se já nesses primeiros textos que Austen começava a desenvolver as habilidades que mais tarde a tornariam conhecida pelo grande domínio do humor e da ironia na língua inglesa. Na Juvenilia, essas técnicas não estão aperfeiçoadas, ainda não servem para montar o painel da vida da pequena nobreza rural do sul da Inglaterra pelo qual Austen seria mais tarde reconhecida. Durante minha graduação, tive a oportunidade de atuar como Bolsista de Iniciação Científica, tendo como foco de estudos a obra de Jane Austen. Pude também traduzir “História da Inglaterra” para a disciplina de Estágio Supervisionado de Tradução I. Essas duas frentes de atuação fizeram com que eu percebesse o quanto da Austen madura já é visível na Juvenilia, e o quanto falta ainda a percorrer até ela apurar a visão tão aguçada da sociedade que se tornaria sua marca registrada. Dessa forma, a presente monografia vem estruturada em duas partes. A primeira apresenta as questões de fundo que surgiram durante o processo de tradução de “História da Inglaterra”, quando me perguntava se as sutilezas do humor de Austen e a apresentação do contexto social estavam claras para meu leitor-alvo, um leitor universitário brasileiro da área das Humanidades. Em que medida a tradução desse humor ainda tosco de Austen viajaria bem em tradução? Para os esclarecimentos sobre o pano de fundo, utilizo dados factuais extraídos de duas biografias de Austen: aquela escrita por seu sobrinho, James Edward Austen-Leigh (1869); e a que é considerada a mais atualizada, de Deirdre Le Faye (2002). Para o trato com a História, recorro ao livro Uma Breve História da Inglaterra (2012), de Elvio Funck, por se tratar de um autor brasileiro muito experiente, que é professor especializado em cultura inglesa. Para verificar como se constrói o humor, busco apoio em artigos de John Lauber (2017) e Candace Nolan-Grant (2017). A segunda parte do trabalho apresenta e comenta a tradução que fiz de “História da Inglaterra” do inglês para o português. As considerações desta seção refletem a preocupação da tradutora em transpor o texto de uma cultura para outra, fazendo o possível para alcançar o mesmo tipo de efeito no leitor do contexto original. Isso inclui até mesmo a questão de como lidar com a forma mais tosca de escrita que temos na fase inicial. Como apoio teórico-crítico para os estudos de tradução, me baseio na Teoria Funcionalista de Christiane Nord (2005). Espero, assim, que este trabalho possa servir como um recurso útil para aproximar os leitores brasileiros que se interessam por Austen e pelos estudos de tradução de mais uma obra escrita por essa grande escritora.The aim of this work is to comment “The History of England”, a text written by Jane Austen when she was fifteen years old, which integrates the collection of the first writings of the author known as Juvenilia. In these first texts, it is evident that Austen was beginning to develop the skills that would later make her famous for her mastery of humor and irony in the English language. In the Juvenilia, these techniques are not ripe, they are not yet used to set up the panel of the life of the rural gentry of the South of England for which Austen would later be recognized. During my undergraduate years, I had the opportunity to act as a junior researcher [Bosista de Iniciação Científica], focusing on Jane Austen studies. I also translated “The History of England” for the discipline of trainee practice Estágio Supervisionado de Tradução do Inglês I. These two fronts of action made me realize how much the mature Austen is already perceptible in her Juvenilia, and how much remains to be perfected until she acquires the sharp vision of society that later would become her main trait. Thus, this monograph is structured in two parts. The first poses the questions that emerged during the translation process of “The History of England”, when I wondered if Austen's subtleties in the use of humor and her presentation of the social context were clear to my target reader, a Brazilian university reader from the area of Humanities. To what extent the translation of such a puerile humor would work well in translation? For clarification on the background, I used factual data extracted from two biographies: the one written by Austen’s nephew, James Edward Austen-Leigh (1869); and the one considered the most updated, Deirdre Le Faye’s (2002). To refer to history, I turned to Elvio Funck's book Uma Breve História da Inglaterra (2012), as he is a very experienced Brazilian professor specialized in English culture. To check the use of humor, I looked for support in articles by John Lauber (2017) and Candace Nolan-Grant (2017). The second part of the monograph poses the comments on my translation of “The History of England” from English to Portuguese. The considerations in this section present my translator’s concern to transpose the text from one culture to another, aiming at achieving the same kind of effect it had on the reader from the original context. This includes the question of how to deal with the rougher form of writing we have in the initial phase of Austen’ work. As a theoretical-critical support in translation studies, I aligned with Christiane Nord’s Functionalist Theory (2005). I hope that this work serves as a useful resource for bringing together Brazilian readers who are interested in Austen and in translation studies.application/pdfporAusten, Jane, 1775-1817 : Crítica e interpretaçãoAusten, Jane, 1775-1817. Juvenilia : Crítica e interpretaçãoTraduçãoLiteratura e HistóriaTranslation exerciseLiterature and historyHumorThe History of England“História da Inglaterra”, de Jane Austen : comentários sobre um exercício de traduçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2017Letras: Habilitação em Tradutor Português e Inglês: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001078777.pdf.txt001078777.pdf.txtExtracted Texttext/plain127299http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/187884/2/001078777.pdf.txt4ebd16c4ebc29b436d004185a4a70ab2MD52ORIGINAL001078777.pdfTexto completoapplication/pdf1407044http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/187884/1/001078777.pdfe1022830274de25ac7a0e9a2b1a1a1bfMD5110183/1878842022-08-06 04:44:01.673165oai:www.lume.ufrgs.br:10183/187884Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:44:01Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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