Análise ultra-estrutural do miocárdio usando solução cardioplégica cristalóide com e sem procaína em pacientes submetidos à troca valvar aórtica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dussin, Luiz Henrique
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Moura, Leandro de, Gib, Marcelo Curcio, Saadi, Eduardo Keller, Barbosa, Gilberto Venossi, Wender, Orlando Carlos Belmonte
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/61514
Resumo: Objetivo: Avaliar as alterações ultra-estruturais de dois tipos de cardioplegia (com e sem procaína) em corações de pacientes submetidos a troca valvar aórtica eletiva. Métodos: Foram estudados 18 pacientes submetidos a circulação extracorpórea para troca valvular aórtica eletiva, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre num período de 10 meses. Cada paciente foi distribuído aleatoriamente em dois grupos: grupo A - oito pacientes que receberam solução cardioplégica sem procaína; grupo B - Dez pacientes que receberam solução cardioplégica com procaína. Em ambos os grupos, o saco pericárdico foi irrigado com solução salina hipotérmica. As biópsias miocárdicas foram realizadas em três momentos: I - antes da parada isquêmica, II- no final do período isquêmico e III-15 minutos após a reperfusão. Resultados: A avaliação ultra-estrutural comparando os grupos nos três momentos não demonstrou diferenças significativas, sendo a média dos escores no grupo A, nos momentos I, II, e III, de 0,1 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,4 ± 0,4. No grupo B, a médio dos escores foi 0,2 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,7 ± 0,2, respectivamente), nos momentos I, II, e III. A curva de CK-MB foi similar entre os dois grupos. O retorno espontâneo do ritmo cardíaco, pós-despinçamento, ocorreu em 70% dos pacientes no grupo B e, em 12,5% no grupo A (p=0,024). Conclusão: As duas soluções testadas protegeram o miocárdio de forma eficaz e não foi possível demonstrar, em nível ultra-estrutural, a superioridade da solução contendo procaína. Constatou-se que o retorno ao ritmo espontâneo do coração após o despinçamento aórtico foi significativamente maior no grupo que utilizou procaína adicionada à solução.
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spelling Dussin, Luiz HenriqueMoura, Leandro deGib, Marcelo CurcioSaadi, Eduardo KellerBarbosa, Gilberto VenossiWender, Orlando Carlos Belmonte2012-11-28T01:39:43Z20081678-9741http://hdl.handle.net/10183/61514000688312Objetivo: Avaliar as alterações ultra-estruturais de dois tipos de cardioplegia (com e sem procaína) em corações de pacientes submetidos a troca valvar aórtica eletiva. Métodos: Foram estudados 18 pacientes submetidos a circulação extracorpórea para troca valvular aórtica eletiva, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre num período de 10 meses. Cada paciente foi distribuído aleatoriamente em dois grupos: grupo A - oito pacientes que receberam solução cardioplégica sem procaína; grupo B - Dez pacientes que receberam solução cardioplégica com procaína. Em ambos os grupos, o saco pericárdico foi irrigado com solução salina hipotérmica. As biópsias miocárdicas foram realizadas em três momentos: I - antes da parada isquêmica, II- no final do período isquêmico e III-15 minutos após a reperfusão. Resultados: A avaliação ultra-estrutural comparando os grupos nos três momentos não demonstrou diferenças significativas, sendo a média dos escores no grupo A, nos momentos I, II, e III, de 0,1 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,4 ± 0,4. No grupo B, a médio dos escores foi 0,2 ± 0,2; 0,4 ± 0,3 e 0,7 ± 0,2, respectivamente), nos momentos I, II, e III. A curva de CK-MB foi similar entre os dois grupos. O retorno espontâneo do ritmo cardíaco, pós-despinçamento, ocorreu em 70% dos pacientes no grupo B e, em 12,5% no grupo A (p=0,024). Conclusão: As duas soluções testadas protegeram o miocárdio de forma eficaz e não foi possível demonstrar, em nível ultra-estrutural, a superioridade da solução contendo procaína. Constatou-se que o retorno ao ritmo espontâneo do coração após o despinçamento aórtico foi significativamente maior no grupo que utilizou procaína adicionada à solução.Objective: The aim of this study was to assess whether the presence of procaine in crystalloid cardioplegic solution increases myocardial protection at the ultra structural level. Methods: Eighteen patients that underwent aortic valve replacement in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre over a 10-month period were studied. They were randomly allocated into two groups: group A - eight patients receiving cardioplegia without procaine; group B - ten patients receiving cardioplegia with procaine. Myocardial biopsies were performed in three different periods: 1st - before ischemic arrest, 2nd - at the end of ischemic arrest, and 3rd - 15 minutes after reperfusion. Results: The ultra structural analysis comparing the groups in the three moments did not show any statistically significant difference. The mean score in group A at moment I, II and III was 0.1 ± 0.2; 0.4 ± 0.3; 0.4 ± 0.4, and group B 0.2 ± 0.2; 0.4 ± 0.3; 0.7 ± 0.2. Comparative analysis of CK-MB was similar. The spontaneous return to sinus rhythm after aortic declamping in group B occurred in 70% and in group A 12.5% (p=0.024). Conclusion: Both cardioplegic solutions tested were equally effective in myocardial preservation, and we could not demonstrate at the ultrastructural level any benefit when procaine was added. The spontaneous return to sinus rhythm after aortic declamping was significantly greater when procaine was added.application/pdfporRevista brasileira de cirurgia cardiovascular. São José do Rio Preto, SP. Vol. 23, n. 3, (jul./set. 2008), p. 389-395Soluções cardioplégicasProcaínaMiocárdioPróteses valvulares cardíacasMicroscopia eletrônicaCirurgia torácicaAortaCardioplegic solutionsProcaineMyocardium/ultrastructureHeart valve prosthesisAortic valve/surgeryMicroscopy, electronAnálise ultra-estrutural do miocárdio usando solução cardioplégica cristalóide com e sem procaína em pacientes submetidos à troca valvar aórticaUltrastructural study of the myocardium using cardioplegic crystalloid solution with and without procaine in patients undergoing aortic valve replacement info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000688312.pdf000688312.pdfTexto completoapplication/pdf385333http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61514/1/000688312.pdf76c9f0b17e89d35a84ea1abd5e6a4112MD51000688312-02.pdf000688312-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf383909http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61514/2/000688312-02.pdf63c7c050291d44cc490ecc8b7190f813MD52TEXT000688312-02.pdf.txt000688312-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain30008http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61514/3/000688312-02.pdf.txtb12232e5ca7edc2497d5bc97aa7b6c9bMD53000688312.pdf.txt000688312.pdf.txtExtracted Texttext/plain31122http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61514/4/000688312.pdf.txt4d983c18a99b76a48c50b40129445bb3MD54THUMBNAIL000688312.pdf.jpg000688312.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2120http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61514/5/000688312.pdf.jpgfaf6ac81dddf42c60cb3f9cec4d7edb4MD55000688312-02.pdf.jpg000688312-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2043http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61514/6/000688312-02.pdf.jpg052906df11d143b1d957674cba35f75fMD5610183/615142023-10-08 03:34:02.365638oai:www.lume.ufrgs.br:10183/61514Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-08T06:34:02Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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