Oxidação eletroquímica avançada para tratamento de efluentes contaminados com enterococos resistentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fröhler, Heitor Semler
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/264034
Resumo: A resistência a antimicrobianos tem despertado preocupações da comunidade científica, visto que novas bactérias resistentes, com novos perfis de resistência, surgem de forma mais acelerada que o descobrimento de novos antibióticos, potencializando os riscos associados a infecções bacterianas. Além disso, o aumento no uso de antibióticos para evitar infecções secundárias durante a pandemia da Covid-19 acelerou o processo de aparecimento de cepas resistentes. Ainda assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que o consumo global de antibióticos aumentará aproximadamente 67% até 2030, reforçando que a resistência bacteriana tende continuar a crescer. Devido a esse cenário, buscou-se avaliar a presença de Enterococos resistentes em efluente hospitalar, em afluente e efluente em estação de tratamento de esgoto (ETE) e propor uma alternativa tecnológica de tratamento que viesse a reduzir a recorrência desses organismos resistentes e contaminantes em efluentes. Assim, esse trabalho avalia o processo de oxidação eletroquímica avançada (OEA) como polimento em ETE, visando a remoção de Enterococos resistentes e antibiótico. Os resultados demonstraram que foi constatada em amostras de efluentes provenientes da saída da ETE a presença de cepas de Enterococos resistentes a Tetraciclina. O tratamento avançado proposto garantiu a remoção completa desses microrganismos com o tempo de operação de 15 min, a uma densidade de corrente de 10 mA/cm2 . Nessa mesma condição, o processo foi capaz de remover 75% do antibiótico Sulfametoxazol (SMX) em 60 min, fatores que atestam a eficácia da tecnologia em inativar microrganismos e degradar fármaco. Portanto, infere-se que a OEA pode ser uma alternativa viável para o polimento de efluentes.
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