Uma música ao longe : bibliotecas públicas no Plano Estadual do Livro, Leitura e Literatura : lado B

• Autor(a) principal: Almeida, Aliriane Ferreira
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/102312
• topic: Biblioteca pública; Políticas públicas; Public libraries; Public policies; State plan of the book; Reading; Literature

Analisa de que forma as bibliotecas públicas do Estado do Rio Grande do Sul estão representadas no Plano Estadual do Livro, Leitura e Literatura (PELLL), lançado em 2013 como política pública construída de forma colaborativa entre Estado e sociedade civil. O estudo teve uma abordagem qualitativa, com a finalidade de compreender o fenômeno dentro de um contexto. Utiliza a técnica de Análise de Conteúdo para chegar ao objetivo proposto, assim, aplica sobre o texto do PELLL as fases de pré-análise, exploração do material, codificação, categorização e tratamento dos resultados. As etapas do estudo foram divididas em: Leituras iniciais; Memorandos; Codificação/categorização e Redação final. Trabalha as duas partes distintas no Plano: parte 1 e parte 2, onde a parte 1 corresponde à apresentação, introdução, justificativa, princípios norteadores, objetivos e diagnóstico, e a parte 2 corresponde aos quatro eixos e suas respectivas ações. Através da análise do conteúdo, identifica, na dimensão filosófica do Plano (parte 1), as categorias SILENCIO e MICROFONIA relacionadas, respectivamente, com a recorrente ausência e com a confusão e equívocos no uso de conceitos relacionados às bibliotecas públicas. Analisa o reflexo destas duas categorias na parte 2 do Plano (eixos e ações) trazendo destacados em quadros, os trechos e termos principais que nortearam a classificação dos itens do PELLL. Infere, pelas categorias encontradas, que não houve um amadurecimento nas discussões acerca das bibliotecas públicas e sua presença no Plano. Levanta o questionamento sobre a participação dos bibliotecários nesta construção. Verifica que o texto do PELLL não têm coerência com relação à abordagem das bibliotecas públicas e não as vê com a prioridade e importância que a teoria preconiza. Conclui que, apesar de ser uma conquista e iniciativa fundamental na política cultural gaúcha, o PELLL, diante do atraso do Rio Grande do Sul, se mostra como insuficiente para viabilizar um avanço significativo para as bibliotecas públicas do Estado (municipais e estaduais). Propõe como ações: a realização de um efetivo diagnóstico sobre estas instituições, a ampliação da equipe do Sistema Estadual de Bibliotecas Publicas, a realização de concurso público para bibliotecários, o planejamento e implementação de microrregiões bibliotecárias no Estado, a retomada de grupos de trabalho/estudo com bibliotecários e demais profissionais que trabalhem (ou que tenham interesse) na área, e uma discussão efetiva sobre uma politica pública específica para bibliotecas públicas tendo como norteadoras as propostas apresentadas na 3ª Conferencia Estadual de Cultura de São Paulo pelo Movimento Advocacy em Bibliotecas Públicas de Osasco.