E se a infância for um lugar? : a ética da infância e a produção de práticas clínico-políticas nas cidades
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/262574 |
Resumo: | Advertência Escrevo bem baixinho, miúdo, sussurrado. Aqui no canto da página, no verso, para que só os atentos vejam. Queria perguntar: Um texto se faz para quê? E com quê? Não queria que esse texto fosse projetado por arquitetos: o quero sem plantas baixas, maquetes ou aprovação legal. Quero, no máximo, esboços. Por isso aqui serão as memórias, surgidas como centelhas, o nosso ponto de partida – narradas com o estranhamento de um narrador-criança. Acho que o texto será mesmo como a memória: fragmentada. E quem me dera que esses fragmentos fossem igualmente distribuídos no tempo. Mas não, não fazem linha reta. Vêm, mais uma vez, como a memória: em fluxos, lapsos, encadeamentos. Recusando a linearidade também da escrita, engendram-se em sua própria geometria. Acho que esse mapa que eu desenhei no outro lado da folha talvez seja furada; pode fazer um ou outro se perderem. Mas se é assim que as minhas memórias andam, que assim seja. Peço licença a elas, então, memórias – para contá-las, revirá-las, inventá-las. Peço ao passado que me abra algum espaço, menor que seja, para que eu passe. Quiçá para que eu permaneça um pouco. Já adianto o aviso: se há exagero, é o jeito da memória de ser. Inventariando lembranças, aqui aposto na ética da infância para, aprendendo com ela a caminhar, revisitar a cidade e a psicologia. |
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