Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/36911 |
Resumo: | É de conhecimento geral que, atualmente, há a necessidade de aproveitar matéria e energia que seriam desperdiçadas, de economizar recursos naturais e de gerar desenvolvimento econômico concomitantemente com os desenvolvimentos sociais e ambientais. Nesse contexto, o presente trabalho visa a investigar a utilização da cinza de casca de arroz proveniente de uma planta de biomassa industrial na região de Águas Claras - RS na produção de massa cerâmica. No processo produtivo dessa indústria são geradas cascas de arroz como subproduto que, por sua vez, são aproveitadas como biomassa para gerar vapor para a própria indústria, resultando nas cinzas de casca de arroz (CCA) como resíduo. Foram realizados ensaios para a caracterização da cinza de casca de arroz: umidade, massa específica, granulometria e composição química por fluorescência de raios X. Estudaram-se, então, cinco formulações, onde se variou as concentrações de quartzo e CCA e a quantidade de fundente utilizada na massa cerâmica, mais uma formulação padrão de porcelana para comparação. A percentagem em peso de caulim foi mantida constante, a 25% e todas as matérias primas foram oriundas de indústrias locais. Os corpos de prova foram confeccionados com a CCA na forma natural, ou seja, sem passar por processos de diminuição de tamanho, por prensagem, a uma pressão de 75 MPa. As peças foram sinterizadas na temperatura de 1100 °C. Os corpos sinterizados foram caracterizados por absorção de água, perda de massa e resistência à flexão em 4 pontos. As cinzas utilizadas no estudo apresentaram umidade de 4,14 %, em base seca, massa específica de 1221 kg/m³ e os seguintes componentes: oxigênio (68,21 %), silício (27,55 %), carbono (3,14 %), fósforo (0,49 %), cálcio (0,32 %), cloro (0,25 %) e enxofre (0,05 %). As peças preparadas com as cinzas de casca de arroz apresentaram uma maior absorção de água quando comparadas à formulação padrão; além disso, quanto maior a concentração de cinzas e menor a concentração de fundente, maior a perda de massa; quanto maior a concentração de cinzas, maior a resistência mecânica das peças. Ficou comprovado, após análise dos resultados obtidos, que é possível a utilização do resíduo da cinza de casca de arroz “in natura” em massas cerâmicas. |
id |
UFRGS-2_a201140ae1aa0a253ff2a5b5ad53278b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/36911 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Lajara, Tainá TebaldiCassini, Aline SchillingBergmann, Carlos PerezKechinski, Carolina Pereira2012-01-26T01:19:56Z2011http://hdl.handle.net/10183/36911000793128É de conhecimento geral que, atualmente, há a necessidade de aproveitar matéria e energia que seriam desperdiçadas, de economizar recursos naturais e de gerar desenvolvimento econômico concomitantemente com os desenvolvimentos sociais e ambientais. Nesse contexto, o presente trabalho visa a investigar a utilização da cinza de casca de arroz proveniente de uma planta de biomassa industrial na região de Águas Claras - RS na produção de massa cerâmica. No processo produtivo dessa indústria são geradas cascas de arroz como subproduto que, por sua vez, são aproveitadas como biomassa para gerar vapor para a própria indústria, resultando nas cinzas de casca de arroz (CCA) como resíduo. Foram realizados ensaios para a caracterização da cinza de casca de arroz: umidade, massa específica, granulometria e composição química por fluorescência de raios X. Estudaram-se, então, cinco formulações, onde se variou as concentrações de quartzo e CCA e a quantidade de fundente utilizada na massa cerâmica, mais uma formulação padrão de porcelana para comparação. A percentagem em peso de caulim foi mantida constante, a 25% e todas as matérias primas foram oriundas de indústrias locais. Os corpos de prova foram confeccionados com a CCA na forma natural, ou seja, sem passar por processos de diminuição de tamanho, por prensagem, a uma pressão de 75 MPa. As peças foram sinterizadas na temperatura de 1100 °C. Os corpos sinterizados foram caracterizados por absorção de água, perda de massa e resistência à flexão em 4 pontos. As cinzas utilizadas no estudo apresentaram umidade de 4,14 %, em base seca, massa específica de 1221 kg/m³ e os seguintes componentes: oxigênio (68,21 %), silício (27,55 %), carbono (3,14 %), fósforo (0,49 %), cálcio (0,32 %), cloro (0,25 %) e enxofre (0,05 %). As peças preparadas com as cinzas de casca de arroz apresentaram uma maior absorção de água quando comparadas à formulação padrão; além disso, quanto maior a concentração de cinzas e menor a concentração de fundente, maior a perda de massa; quanto maior a concentração de cinzas, maior a resistência mecânica das peças. Ficou comprovado, após análise dos resultados obtidos, que é possível a utilização do resíduo da cinza de casca de arroz “in natura” em massas cerâmicas.application/pdfporEngenharia químicaAnálise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2011Engenharia Químicagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000793128.pdf000793128.pdfTexto completoapplication/pdf962288http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/36911/1/000793128.pdf8047083de3c8b3063b09ade12711d71eMD51TEXT000793128.pdf.txt000793128.pdf.txtExtracted Texttext/plain62324http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/36911/2/000793128.pdf.txt84a7aabd9a993188f33afa4ce7ecc7acMD52THUMBNAIL000793128.pdf.jpg000793128.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1450http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/36911/3/000793128.pdf.jpg75ebd070ef079dfc5844295736dcbfbdMD5310183/369112018-10-11 08:48:16.391oai:www.lume.ufrgs.br:10183/36911Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-11T11:48:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas |
title |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas |
spellingShingle |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas Lajara, Tainá Tebaldi Engenharia química |
title_short |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas |
title_full |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas |
title_fullStr |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas |
title_full_unstemmed |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas |
title_sort |
Análise de viabilidade técnica da utilização de cinzas de casca de arroz na fabricação de porcelanas |
author |
Lajara, Tainá Tebaldi |
author_facet |
Lajara, Tainá Tebaldi |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lajara, Tainá Tebaldi |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Cassini, Aline Schilling |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Bergmann, Carlos Perez Kechinski, Carolina Pereira |
contributor_str_mv |
Cassini, Aline Schilling Bergmann, Carlos Perez Kechinski, Carolina Pereira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Engenharia química |
topic |
Engenharia química |
description |
É de conhecimento geral que, atualmente, há a necessidade de aproveitar matéria e energia que seriam desperdiçadas, de economizar recursos naturais e de gerar desenvolvimento econômico concomitantemente com os desenvolvimentos sociais e ambientais. Nesse contexto, o presente trabalho visa a investigar a utilização da cinza de casca de arroz proveniente de uma planta de biomassa industrial na região de Águas Claras - RS na produção de massa cerâmica. No processo produtivo dessa indústria são geradas cascas de arroz como subproduto que, por sua vez, são aproveitadas como biomassa para gerar vapor para a própria indústria, resultando nas cinzas de casca de arroz (CCA) como resíduo. Foram realizados ensaios para a caracterização da cinza de casca de arroz: umidade, massa específica, granulometria e composição química por fluorescência de raios X. Estudaram-se, então, cinco formulações, onde se variou as concentrações de quartzo e CCA e a quantidade de fundente utilizada na massa cerâmica, mais uma formulação padrão de porcelana para comparação. A percentagem em peso de caulim foi mantida constante, a 25% e todas as matérias primas foram oriundas de indústrias locais. Os corpos de prova foram confeccionados com a CCA na forma natural, ou seja, sem passar por processos de diminuição de tamanho, por prensagem, a uma pressão de 75 MPa. As peças foram sinterizadas na temperatura de 1100 °C. Os corpos sinterizados foram caracterizados por absorção de água, perda de massa e resistência à flexão em 4 pontos. As cinzas utilizadas no estudo apresentaram umidade de 4,14 %, em base seca, massa específica de 1221 kg/m³ e os seguintes componentes: oxigênio (68,21 %), silício (27,55 %), carbono (3,14 %), fósforo (0,49 %), cálcio (0,32 %), cloro (0,25 %) e enxofre (0,05 %). As peças preparadas com as cinzas de casca de arroz apresentaram uma maior absorção de água quando comparadas à formulação padrão; além disso, quanto maior a concentração de cinzas e menor a concentração de fundente, maior a perda de massa; quanto maior a concentração de cinzas, maior a resistência mecânica das peças. Ficou comprovado, após análise dos resultados obtidos, que é possível a utilização do resíduo da cinza de casca de arroz “in natura” em massas cerâmicas. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-01-26T01:19:56Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/36911 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000793128 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/36911 |
identifier_str_mv |
000793128 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/36911/1/000793128.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/36911/2/000793128.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/36911/3/000793128.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8047083de3c8b3063b09ade12711d71e 84a7aabd9a993188f33afa4ce7ecc7ac 75ebd070ef079dfc5844295736dcbfbd |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224421670649856 |