Endarterectomia da artéria carótida : análise de 100 casos consecutivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Luiz Francisco Machado da
Data de Publicação: 1998
Outros Autores: Pereira, Adamastor Humberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/254235
Resumo: Os autores relatam sua experiência com as últimas 100 endarterectomias de carótida realizadas no HCPA de janeiro de 1993 a junho de 1997 sob anestesia geral e sem outro procedimento cirúrgico associado. Os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, fatores de risco pré-operatórios, uso de remendo (patch) e derivação temporária (shunt), estenose hemodinâmica ou oclusão contralateral e complicações pós-operatórias imediatas. Foi utilizado o protocolo do Serviço de Cirurgia Vascular. O shunt foi indicado quando a mensuração da pressão retrógrada na carótida interna era < 50% da PAM ou < 40 mmHg e não oscilante; e o patch quando o diâmetro da artéria carótida interna era < 4 mm. Sessenta e dois pacientes eram do sexo masculino. Vinte e três pacientes apresentaram estenose bilateral> 70%. Oitenta e dois casos apresentaram evento isquêmico ipsilateral prévio, e 18 eram assintomáticos. Utilizou-se patch em 13 e shunt em 15 pacientes. Vinte e um pacientes tinham DBPOC e 52 cardiopatia isquêmica, 32 eram diabéticos e 84 tinham HAS. No pós-operatório imediato 2 pacientes previamente sintomáticos (um acidente isquêmico transitório e um acidente vascular cerebral) desenvolveram AVC isquêmico ipsilateral. Para o controle da pressão arterial no pós-operatório, 27 pacientes necessitaram de nitroprussiato de sódio. Observou-se hematoma em 6 casos, cefaléia em 4, sem a presença de convulsões, e uma lesão de nervo periférico. Não ocorreu óbito nesta série. O índice de complicações neurológicas observado (2%), sem óbito, está dentro dos padrões internacionais e justificam o protocolo em uso.
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