Tratamento não invasivo e microinvasivo na inativação de lesões cariosas incipientes : um estudo retrospectivo de base universitária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borile, Betina Bramraiter
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/253680
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente se a aplicação de selantes em lesões de cárie ativas (não cavitadas e microcavitadas) em dentes decíduos é mais efetivo na inativação comparado ao tratamento não invasivo (OHB/ATF). A amostra foi composta por prontuários clínicos de pacientes atendidos na Clínica Infanto-Juvenil da Faculdade de Odontologia da UFRGS nos anos de 2017 e 2018, e que apresentavam lesões de cárie ativas em esmalte de dentes decíduos (score 1, 2 e 3 do ICDAS). A Regressão de Poisson foi utilizada para avaliar fatores individuais e clínicos potencialmente associados com a inativação das lesões (p<0,05). Foram avaliadas as variáveis clínicas como sexo, idade (≤ 6 anos e >6anos), substância cariogênica entre as refeições (sim/não), lesão de cárie inicial (não cavitada ativa/microcavitada ativa), dentição (decídua/mista), posição dentária (anterior/posterior), superfície dental (lisa/oclusal) ISG (%), IPV (%), CPO-D, tratamento (micro-invasivo/nãoinvasivo), protocolo de aplicação tópica de flúor (sim/não) e orientação de higiene bucal (sim/não). Após aplicar os critérios de elegibilidade, foram avaliados prontuários clínicos de 46 crianças (6,6±2,2 anos) com lesões ativas não cavitadas e microcavitadas e com CPOD médio de 7,1 (±4,8). Das 133 lesões ativas, 15 foram seladas. Noventa e cinco lesões inativaram (71,4%), 81 pelo tratamento não invasivo e 14 através do selamento. O tempo médio entre a primeira e a última avaliação clínica foi de 5,7 (±4,0) meses. Não houve diferença estatisticamente significante na prevalência de inativações quando tratamento não invasivo ou selante foi instituído (RP: 0,21 IC: 0,02; 1,62; p=0,13). Crianças com maior acúmulo de biofilme (IPV) apresentaram uma menor prevalência de inativação (RP: 1,01 IC: 1,00; 1,03; p=0,002). Os resultados demonstraram que o acúmulo de biofilme foi determinante para a manutenção da atividade da lesão cariosa, sendo que os selantes não foram superiores na inativação de lesões cariosas ativas incipientes em dentes decíduos do que estratégia de tratamento não invasivo (OHB/ATF). Contudo, esses dados precisam ser analisados com cautela, devido o número limitado de dentes que receberam o tratamento micro-invasivo (selante).
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Foram avaliadas as variáveis clínicas como sexo, idade (≤ 6 anos e >6anos), substância cariogênica entre as refeições (sim/não), lesão de cárie inicial (não cavitada ativa/microcavitada ativa), dentição (decídua/mista), posição dentária (anterior/posterior), superfície dental (lisa/oclusal) ISG (%), IPV (%), CPO-D, tratamento (micro-invasivo/nãoinvasivo), protocolo de aplicação tópica de flúor (sim/não) e orientação de higiene bucal (sim/não). Após aplicar os critérios de elegibilidade, foram avaliados prontuários clínicos de 46 crianças (6,6±2,2 anos) com lesões ativas não cavitadas e microcavitadas e com CPOD médio de 7,1 (±4,8). Das 133 lesões ativas, 15 foram seladas. Noventa e cinco lesões inativaram (71,4%), 81 pelo tratamento não invasivo e 14 através do selamento. O tempo médio entre a primeira e a última avaliação clínica foi de 5,7 (±4,0) meses. Não houve diferença estatisticamente significante na prevalência de inativações quando tratamento não invasivo ou selante foi instituído (RP: 0,21 IC: 0,02; 1,62; p=0,13). Crianças com maior acúmulo de biofilme (IPV) apresentaram uma menor prevalência de inativação (RP: 1,01 IC: 1,00; 1,03; p=0,002). Os resultados demonstraram que o acúmulo de biofilme foi determinante para a manutenção da atividade da lesão cariosa, sendo que os selantes não foram superiores na inativação de lesões cariosas ativas incipientes em dentes decíduos do que estratégia de tratamento não invasivo (OHB/ATF). Contudo, esses dados precisam ser analisados com cautela, devido o número limitado de dentes que receberam o tratamento micro-invasivo (selante).The aim of this retrospective longitudinal was to investigate the effectiveness of nonand micro-invasive treatments in active enamel carious lesions of primary teeth. Clinical records of high caries risk children treated during a one-year period in a public setting were retrospectively screened for active enamel carious lesions (ICDAS scores 1, 2, and 3). Individual and clinical factors associated with the outcome were analyzed by Poisson regression (p<0,05). Clinical variables were evaluated, such as gender, age (≤ 6 years and> 6 years), cariogenic substance between meals (yes / no), initial caries lesion (active non-cavitated / active microcavitated), dentition (deciduous / mixed) , dental position (anterior / posterior), dental surface (smooth / occlusal) ISG (%), IPV (%), CPO-D, treatment (micro-invasive / non-invasive), topical protocol, fluoride application (yes / no) and oral hygiene guidance (yes / no). After applying the eligibility criteria, clinical records of 46 children (6.6 ± 2.2 years) with active noncavitated and microcavitated lesions and with an average CPO-D of 7.1 (± 4.8) were evaluated. Ninety-five lesions inactivated (71.4%), 81 through non-invasive treatment and 14 through sealing. The average time between the first and the last clinical evaluation was 5.7 (± 4.0) months. There was no statistically significant difference in the prevalence of inactivations when non-invasive or sealant treatment was instituted (PR: 0.21 CI: 0.02; 1.62; p = 0.13). Children with a greater accumulation of biofilm (IPV) had a lower prevalence of inactivation (PR: 1.01 CI: 1.00; 1.03; p = 0.002). The results showed that the accumulation of biofilm was decisive for the maintenance of the activity of the carious lesion, and the sealants were not superior in the inactivation of incipient active carious lesions in primary teeth than the non-invasive treatment strategy (OHB / ATF). However, these data need to be analyzed with caution, due to the limited number of teeth that have received micro-invasive treatment (sealant).application/pdfporCárie dentáriaSelantes de Fossas e FissurasDente decíduoRemineralização dentáriaDental cariesPit and fissure sealantsTooth, deciduousTooth remineralizationTratamento não invasivo e microinvasivo na inativação de lesões cariosas incipientes : um estudo retrospectivo de base universitáriaNon-invasive and microinvasive treatment in the inactivation of incipient carious lesions : a university-based retrospective studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2020Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001127583.pdf.txt001127583.pdf.txtExtracted Texttext/plain50891http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253680/2/001127583.pdf.txt342ff148385436f7eeee44db8bb5e92cMD52ORIGINAL001127583.pdfTexto completoapplication/pdf1186061http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253680/1/001127583.pdf11fabf7581883ef8477492e762ea7b0fMD5110183/2536802023-01-15 06:07:16.991478oai:www.lume.ufrgs.br:10183/253680Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-01-15T08:07:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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